segunda-feira, 26 de março de 2012

Amanhã devo estar melhor

Estava decidido a não blogar nada durante algum tempo para manter em destaque o transcrito no dia 18 de março intitulado "Rebaixamento do Brasil de Pelotas: uma ímpia e injusta guerra", mas o mundo é uma roda viva e os avanços e retrocessos do Rubro Negro da Princesa do Sul fazem parte desta maravilha criada por Deus.
Primeiro cutucaram-me na questão do Emblema Xavante e não deixei por menos manifestando o meu desejo em 23 de março com "A evolução do Distintivo do G. E. Brasil" onde apresento o meu entendimento sobre este assunto.
Agora recebo um e-mail de uma Torcedora que não conheço pessoalmente, mas que tocou fundo em meu coração. Marlene é seu nome e encerra a mensagem na esperança de que eu tenha alguma palavra para animá-la. Quem sou eu para tal. Também estou acabrunhado, quase envergonhado. Tabu contra o Camaquã? Com todo o respeito que merece o Guarany F. C., o Bugre Camaquense, fundado em 1946 após uma reunião na casa de Edmundo Souza e Dona Mocinha Souza (segundo http://ligeirinhosena.blogspot.com.br/2012/01/guarany-camaquars.html ). Quem se der ao trabalho de ler o blog citado, perceberá que o motivo da criação deste clube pampeano foi exatamente o que o G. E. Brasil tinha de sobra no passado, a prata da casa.
Sou apenas um louco, fanático e sem vergonha de ser Xavante que tem uma imensa esperança de ver a campanha deste ano ser infinitamente superior a 2010 e 2011. E é isto que atrevo-me a dizer para a Marlene: nosso Clube vem de um ciclo desastroso e negativo, mas mesmo assim tem a paixão confirmada por seus Torcedores no dia a dia. Seja nos solaços escaldantes ou nas chuvaradas tormentosas, sempre estaremos a gritar com toda a alma "Rubro-Negroooooô!". Acredito realmente que o pior já passou e derrotas como esta de domingo servem apenas para cutucar-nos, manter-nos alerta para que possamos empurrar os atletas que hoje vestem este Manto Sagrado a que dêem o melhor de si para um dia fazer jus de poder dizer: "tirei forças de onde não tinha e venci; fiz parte da Nação Xavante". Sabemos do nosso ponto fraco, mas isto pouco importa pois nosso forte é a PAIXÃO.
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"Olá Sr Munhoso, foi com muito prazer que fiquei conhecendo um pouco do seu trabalho junto ao Brasil-Pel.
Minha irmã, Maria, falou-me do Senhor, quando tiver um jogo, fim de semana, em Pelotas então poderemos nos conhecer.  Fui a Camaquã, infelizmente perdemos e o próximo jogo sendo no meio de semana ou segunda a noite fica inviável para eu ir.
O Brasil é uma paixão, sem explicação, quando ganha é só alegria e quando perde tenho vontade de xingar mas ao mesmo tempo dá vontade de abraçá-los e chorar com eles, prá mim é como se fossem meus filhos. Acho que todo XAVANTE é igual, embora cada um aja de maneira diferente nas derrotas, porque nas Vitórias a sensação de alegria é a mesma. 
Nossa paixão é como diz minha filha, é genético, vem desde meus avós, eles diziam serem Xavantes desde quando se conheciam por gente e eu digo o mesmo, em roda de família sempre em conversa de futibol falavam no Brasil e quando surgia um contrário diziam "time da negrada" eu pensava time
de raça e vontade, coisa que hoje não estamos tendo no Xavante, restam poucos, vejo vontade no Galego e no Juninho, cadê os outros? Adianta trazer jogador de fora? Se buscarmos jovens da Colônia, Canguçu ou arredores terão muito mais raça e vontade, é isso que fala nosso Hino, é disso que vive nossa torcida, de raça pois até pra torcer temos que nos deslocar  de longe e pra quê, ver um time caminhando em campo deixando o outro time jogar e os nossos só olhando?  Adianta chingar treinador se não tem opção?  Não tem dinheiro? E como os outros times se viram e formam grupos de jogadores esforçados se nem torcida tem?
Hoje não vou lhe falar sobre as camisas, estou desanimada em vista do que vi ontem em Camaquã. Amanhã devo estar melhor então mandarei outro e-mail.
Desculpe o desabafo mas prefiro desabafar com outro Xavante pois sei que vai me entender e talvez tenha alguma palavra que possa me animar.  
Um grande abraço
Marlene Xavante"
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Não sei se o que escrevi serviu de alento Marlene. Mas isto pouco importa, sei que tanto eu quanto você estaremos a mil pelo Brasil no próximo jogo. Somos assim, aliás, a Nação Xavante é assim. Aquele verso de nosso Hino gravado em nosso coração diz tudo: "Nós este ano, vamos vencer".
Um abraço.
Xavante Munhoso


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