sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Conexão Xavante – O Canal do Torcedor

Tche! Não está fácil organizar a agenda de entrevistas. Chamar de entrevista é meio forte eu sei. Na verdade trata-se de uma conversa ao pé da orelha onde cada um dos que por aqui passam contam um pouco de sua História na sublime jornada de acompanhar o G. E. Brasil País afora.

As recordações, às vezes, atravessam gerações. Netos e bisnetos narram o que ouviram no seio da família. Tios e amigos também passam oralmente as façanhas há tanto tempo vividas. Hoje muitos jovens sabem de onde vem esta paixão que sentem pelo Xavante e acrescentam ao que receberam na família suas próprias aventuras e assim contribuem também para o crescimento da fé no “Clube do Povo”.

Mais de um século se passou desde que Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito deram o seu grito de liberdade e fundaram o G. E. Brasil naquele sete de setembro de mil novecentos e onze. Títulos vieram e derrotas aconteceram sedimentando uma força rara nos campos do continente.

A partir da Princesa do Sul, conquistou o Estado gaúcho sendo o primeiro Campeão depois de uma sensacional vitória contra o Grêmio Foot Ball Portoalegrense por cinco a um em pleno Porto Alegre. Era o ano de mil novecentos e dezenove e a saga Rubro Negra estava só começando.

Ainda no século passado singrou mares até a antiga Capital Federal. No Rio de Janeiro, disputou aquela que talvez seja a primeira competição nacional. Foi em mil novecentos e vinte, quando juntamente com o Fluminense F. C. (campeão carioca) e o C. A. Paulistano (campeão Paulista) o G. E. Brasil participou de um torneio organizado pela então Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da hoje CBF.

O resultado maior dessa disputa, além do troféu recebido e da consagração natural que tamanho convite gerou, foi a convocação para a Seleção Brasileira do atleta Alvariza, do G. E. Brasil. No jogo Chile zero Brasil um em Viña del Mar, Ismael Alvariza marcou o gol da vitória brasileira entrando para a história. Além de ser o primeiro gaúcho convocado para defender a “Canarinho” foi também o primeiro jogador do Rio Grande do Sul a marcar pela Seleção Brasileira.

E por aí vai esta História repleta de feitos.

Em mil novecentos e cinquenta e seis o G. E. Brasil sacode o continente americano com a épica “Excursão pelas Américas”. Foram vinte e oito partidas em nove países, das quais ganhou dezesseis, empatou seis e perdeu apenas seis jogos. Fez setenta e cinco gols e sofreu cinquenta.

Até hoje nenhum time brasileiro fez tamanha façanha e incluo aqui o fabuloso Santos de Pelé. De lambuja, no dia quinze de julho o Xavante venceu o Olímpia do Paraguai, que não perdia há dezoito anos para clubes estrangeiros em seu estádio, por três a dois.

Com início em quatorze de julho, esta façanha do G. E. Brasil terminou em quatro de outubro de mil novecentos e cinquenta e seis, totalizando cento e quatro dias de excursão numa maratona até hoje não igualada por clube algum no País.

E por aí vai: em cinquenta, o Brasil ganhou por dois a um da “Celeste” em pleno estádio Centenário, no Uruguai; em oitenta e cinco, sacudiu a Nação naquela espetacular vitória contra o Flamengo de Zico, Zagalo e uma infinidade de craques; e, no ainda quentinho dois mil e quinze, calou o Castelão trazendo para o Bento Freitas a tão sonhada classificação para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Estes são versos de um Clube guerreiro. Forjado na luta e no amor de sua Torcida. E é isto que nos empolgou a ponto de enfrentar o desafio de procurar outras histórias. Aquela história guardada no coração de cada um que participou um pouquinho que seja da metamorfose que transformou aquele clube surgido após uma “briga” na cervejaria no autêntico representante do Interior gaúcho.

“Conexão Xavante – O Canal do Torcedor” vem somar aos inúmeros canais do youtube e páginas do facebook e narrar, história a história, a emoção vivida pelo ente maior dos acontecimentos que consagraram o G. E. Brasil. O Torcedor Xavante, este ser profetizado por boca adversária e que fez jus a analogia com a guerreira tribo dos Xavantes lá das bandas mato-grossenses.

Curta, compartilhe, prestigie; numa dessas, você é o centro das atenções testemunhando mais uma façanha daquela que é disparada “A maior e a mais fiel” Torcida do Interior do Rio Grande do Sul.



Xavante Munhoso em entrevista a RBS (17.04.15)
logo após a demolição das velhas Arquibancadas
do Estádio Bento Freitas.


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Adeus peixe Dourado!

Lamentavelmente, às vezes, a notícia é terrível e difícil de ser anunciada. Faleceu um dos Xavantes mais importantes nessa contenda do Novo Bento Freitas. Conhecido como "Peixe Dourado" por sua façanhas nos grandiosos tempos do parquet deslizou brilhantemente na História do G. E. Brasil. O sepultamento de Milton da Silva Peil será hoje às 14h no Cemitério São Francisco de Paula. Deixo aqui os meus pêsames à família do Peixe e à toda Nação Xavante.




quarta-feira, 14 de setembro de 2016

"Esquema Brasil"

Juiz Sérgio Mora confirma e elogia, o "Esquema Brasil". Cautelosamente, não quis apontar o celebro por trás de tudo isso embora, de maneira escancarada, a Torcida Xavante aponte Rogério Zimmermann como o grande mandante lá no Bento Freitas. Vejam, na foto em anexo, a equalização da façanha.


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Na Torcida Xavante_10.09.16ALM_1517

Xavante Munhoso conta algumas de suas Histórias a Cesar Porto, dando início à série “Na torcida Xavante” que vem para oportunizar aos Rubro-Negros passar um pouco de suas experiências e emoção ao lado do G. E. Brasil e sua maravilhosa Torcida.

Este primeiro vídeo serviu de teste e, para as próximas histórias vamos melhorar a apresentação do trabalho.

A certeza é uma só, a cada entrevista será convidado um Torcedor diferente e a manifestação de integrantes de Núcleos e de Torcidas Organizadas fará parte dos vídeos que vem para mostrar às novas gerações um pedacinho da contribuição que cada um deu para a grandeza do nosso Clube e da Torcida Xavante.

Prestigie e passe adiante essa ideia. Você também poderá contar suas aventuras e experiências, ao lado da maior e mais fiel Torcida do Interior do Rio Grande do Sul.

Xavante Munhoso
xavantche@gmail.com


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

G. E. Brasil – 105 anos de glórias


Tche! Ontem foi mais um dia maravilhoso na companhia da Torcida Xavante. A data, prá lá de especial, assinalou os cento e cinco anos de fundação do G. E. Brasil. Para falar a verdade, este aniversário vem sendo comemorado há muito tempo. Que ano! Que loucura! Que felicidade! É bem por aí, diante do momento especial que vivemos. Alheios às dificuldades e tropeços políticos do País, “Os Negrinhos da Estação” estão deitando e rolando dia após dia nesse ano de dois mil e dezesseis.



Numa organização da Associação Cresce Xavante, a programação constou de mateada, exposição de Camisetas do Brasil, brinquedos infláveis, visitação às Obras da nova arquibancada e, claro, samba; muito samba porque ninguém é de ferro e sambar está no nosso sangue.



A ideia da exposição das Camisas partiu de William Cezimba e num piscar de olhos aderiram Maiclen Wasieleski, Maicon Wasieleski, Thiago Miranda Colecionador e Xavante Munhoso. De fora ficou Marcelo Barboza e João Cris Brasil, justamente os dois maiores colecionadores de Camisetas do G. E. Brasil. O Marcelo, que mora em Santa Catarina e o João, de São Leopoldo/RS, já avisaram que da próxima vez podemos contar com a presença deles. Além das Camisas, livros, fotografias, recortes de jornais antigos, medalhas e até uma sunga da época de Caçapava e Birinha estavam ali para a velha e a nova geração de Xavantes recordarem um pouco da História maravilhosa do “Clube do Povo”.


Sem juiz para xingar, desde cedo Rubro Negros de todos os rincões chegavam e partiam logo para o abraço porque realmente o dia foi de grande festa. Entre um aperto de mão e outro, vá cerveja, chimarrão, churrasquinho e lanches em geral porque saco vazio não para em pé.


Nem deu para ver o tempo passar diante de tanta conversa e Histórias contadas e recontadas a cada amigo que chegava. Tudo sob o embalo de César Lascano, Pagode na Calçada, Matheus Almeida e Xavabanda que animaram a festa até à noite. O friozinho da época e aquela chuvinha fraca tentaram atrapalhar, mas não deu nem cócegas porque quando Xavante cai no samba não há juiz que separe.


É isto aí! Após o tombo de dois mil e nove e aquele intervalo de dois ou três anos, a caminhada da Torcida Xavante vem sendo abençoada numa recompensa justa à maior e mais fiel Torcida do Interior do Rio Grande do Sul.



Difícil agradecer a todos que lutaram para este momento chegar. Então o negócio é seguir em frente e honrar o prognóstico profético daquele adversário que, sabiamente, falou: “Eles são uns Xavantes!”.




























quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A Nação Xavante está em festa 070916

Tche! Este texto de 2014 continua atual e por muito e muito tempo assim permanecerá. Neste ano de 2016, acrescento nas lutas e conquistas do G. E. Brasil a reconstrução do Estádio Bento Freitas e esta excepcional campanha que o Time faz no Campeonato Brasileiro – Série B. É mais uma epopeia na vida deste Clube guerreiro. Num recomeço contínuo, a metamorfose em busca da perfeição continua. Esta perfeição pode até não existir, mas e daí? O que conta é a busca, a luta, a certeza de que nada é impossível para quem tem “A maior e mais fiel Torcida” do Interior do Rio Grande do Sul. Enfim, Brasil País e Brasil Clube continuam sua senda em busca da felicidade plena. Ora se alcança, ora não, mas o que importa realmente é a luta. Parabéns Pátria amada! Parabéns Xavantes!

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A Nação Xavante está em festa

Sete de Setembro, data gloriosa para o País e para o G. E. Brasil. 1822 e 1911 estão intimamente ligados para os Torcedores do Xavante da Princesa do Sul. Embalados pelo orgulho de ser brasileiro, cultuam esta data a cada ano que passa. Não é por acaso que os tremores da Nação assemelham-se aos tropeços desse Rubro Negro tão festejado. Mas também salta aos olhos a alegria que cada Torcedor sente na hora da festa. Tal qual o País, batucam e sambam como ninguém. Inúmeras são as semelhanças onde cor e religião, transitam naturalmente como se todos fossem um só. Da ostentação da vitória à cura das feridas de guerra Brasil – Nação e Brasil – Clube, vivem o dia a dia na maior algazarra.
Numa sentença abençoada, um torcedor do maior adversário taxou: “Eles são uns Xavantes!”. Não deu outra, tal qual os guerreiros do Mato Grosso, os Índios de Pelotas partem em busca das vitórias como se fosse a última coisa a fazer. Por onde andam fica a certeza de que realmente esta é “A Maior e a Mais Fiel”. Manchetes e mais manchetes de jornais, rádios e televisão registram as façanhas dos “Negrinhos da Estação”.
Os Xavantes galhardamente estufam o peito quando falam do Primeiro Campeão Gaúcho. Mas é difícil afirmar que essa é a maior glória porque, além das centenas de Taças, marcaram terreno no Campeonato Nacional de 1985 com um honroso terceiro lugar. Flamengo, Santos, Cruzeiro e Atlético, entre outros sentiram a força do Estádio Bento Freitas e testemunharam a grandeza dessa paixão desenfreada que cada Torcedor tem pelo Brasil. Na verdade, a Baixada é um verdadeiro Caldeirão a dissolver os oponentes que por aqui passam.
Não pense que este Clube vive apenas de jogos local e nacional. Não. A Seleção do Uruguai que o diga, porque está marcada com um homérico 2X1 em pleno Centenário de Montevidéu no dia 19 de maio de 1950. Esta partida carimbou o passaporte para jogos no continente e, em 1956, aconteceu a maior excursão que um clube brasileiro já fez em solo latino. Foram mais de 100 dias e milhares de quilômetros pelo continente com jogos em nove países. Em 28 partidas, a “Excursão pelas Américas” reafirmou o espírito aventureiro das equipes formadas pelo G. E. Brasil e trouxe na bagagem um saldo de 16 vitórias, 6 empates e apenas 6 derrotas. 75 gols a favor e 50 contra atestaram a qualidade do futebol apresentado pela equipe treinada por Gastão Leal. Numa época em que o meio de transporte primava por navios a vapor e trens, o “Trem Pagador” passou por Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, países da América do Sul e Panamá, Costa Rica, Honduras, El Salvador, países da América Central. A ressaltar nessa verdadeira epopeia, o jogo Olímpia 2 X 3 Brasil. Esta vitória acabou com uma imensa invencibilidade do time portenho que fazia 20 anos que não perdia para um clube estrangeiro e estava prestes a se tornar campeão nacional.
Poderia passar dias e dias escrevendo sobre o Brasil – País e o Brasil – Clube e não conseguiria destacar todas as semelhanças desses gigantes. Numa mensagem resumida, destaco as palavras que Tufi Salomão repetia diariamente em seu programa radiofônico Manhã Alegre: “Se o Brasil não fosse o Brasil; o Brasil não seria o Brasil. Mas como o Brasil é o Brasil; então o Brasil é o Brasil”.
Salve Sete de Setembro de 1822!
Salve Sete de Setembro de 1911!
Salve o Brasil – o Campeão do bem querer!

Xavante Munhoso 070914