quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Trânsito em Pelotas - Saideira de agosto

Tche! Olhem o absurdo da coisa! Esta foto fiz hoje na Anchieta com Senador Mendonça onde há um "prolongamento em madeira" da calçada devido a uma obra. Caso típico para guincho sumário. Dois, eu disse dois, carros estacionados em cima do tabuado por onde os pedestres "podem" passar. Tem deputado que é anjo perto do que fazem no trânsito de Pelotas.


Correio on-line

Me adesculpem os facebookianos que me mandam mensagens com plantinhas, florzinhas, livrinhos, estrelinhas e uma série de coisas lindas. Se, de arrancada diz que devo passar adiante para dez, vinte ou cem amigos, aí mesmo que empaco e viro a cara. Acho até que se eu morrer hoje vou direto para o Inferno porque nem as bíblicas eu abro. É que eu tenho um problema. Vejam só, em tempos de kkkkkk e outros cacoetes, eu ainda me presto a escrever, escrever e escrever sem parar. Sou da antiga, inveterado e renitente a dar com pau. Não tenho jeito. Talvez nem minhas desculpas sejam aceitas ou mesmo ajudem a salvar a minha pele. Mas, fazer o quê?


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Um olhar lá na frente

Após completar um mês no comando do Brasil, técnico Clemer avalia como positiva arrancada na frente do Xavante e quer rubro-negro brigando na parte de cima da tabela.

Técnico vai aproveitar a parada para acertar a equipe
(Foto: Jô Follha - DP)

A carreira vitoriosa de inúmeros títulos como atleta é o reflexo da própria postura de Clemer. Um profissional que visa conquistas e quer deixar marcas por onde passa. Foi assim como goleiro e é assim que quer ser como treinador. Não se contenta em apenas passar pelo estádio Bento Freitas. Quer escrever seu nome na Baixada, como está escrito no Beira-Rio. É com essa postura que ele resgatou a confiança do elenco xavante e iniciou o processo de retomada das boas atuações e vitórias. 

"Passa pelo que foi minha vida como atleta. Pelas conquistas que tive e o profissional que eu fui. É um espelho para eles, como eu tive vários quando atleta. Ninguém é perfeito. Eu tive meus erros. Mas acredito que 99% eu tentei fazer o meu melhor. E não se pode passar aqui só por passar, tem que fazer história. Para os outros atletas quando estiverem aqui verem quem conquistou. E isso deixa raiz e deixa marca", afirmou o técnico em entrevista exclusiva para o Diário Popular.

Para deixar essa marca, Clemer irá usar a parada de 15 dias entre a vitória frente ao Goiás e o confronto contra o Náutico no próximo dia 6. A comissão técnica prioriza a evolução física da equipe. O diagnóstico é que falta ao elenco uma maior resistência para encarar as maratonas de dois jogos por semana. 

O treinador e o preparador físico João Goulart admitiram que o percentual de gordura e a baixa massa muscular de boa parte do grupo preocupam. A pouca treinabilidade que o elenco vinha tendo antes da nova comissão assumir é apontada como um dos fatores principais. Além do foco físico, a parte técnica e tática também será aprimorada nestes dias de treinamentos. 

"A parada é muito importante. Vamos trabalhar a parte técnica, tática. Vão aparecer coisas novas. É repetição. Por isso o dia a dia é importante. Pode ter certeza de que vamos tirar bastante proveito", avaliou. 

Um mês 
São quatro vitórias, um empate e duas derrotas desde que Clemer assumiu o clube. Porém, o principal fator foi a mudança de postura da equipe dentro dos confrontos e a evolução técnica e tática que foi vista. Algo que tem agradado o comandante. 

"Um mês bem produtivo, pelo desempenho da equipe. Eles conseguiram assimilar o que viemos passando. A gente vê uma evolução e um crescimento dentro das dificuldades que temos. Bastante organização e conscientização dos jogadores. Da entrega deles e sabendo o que querem. Para poder chegar em campo e desenvolver um bom futebol." 

Logo na chegada. Clemer havia destacado que o clima do vestiário "parecia velório". Após a vitória frente ao Goiás já foi possível ouvir os atletas fazendo pagode no vestiário. A retomada da confiança dos jogadores foi o primeiro pilar erguido pelo técnico. 

"Um bom ambiente é fundamental. Tudo dentro de um profissionalismo. Na minha vida foi assim onde eu passei, fui líder e capitão. Um vestiário tem que ter vários capitães e todos ter sua participação. A aqui tem que ser equipe e não 'euquipe'. Todos têm que querer juntos. Com pé no chão tem muita coisa pela frente." 

Sonhando alto? 
Em meio à avaliação do treinador, é possível notar um grau de confiança. Clemer não quer uma equipe que apenas deixe o Xavante na Série B. O treinador sonha em disputar o acesso. 

"Jogos muitos parelhos. Tirando o Internacional que está acima dos outros times devido à qualidade técnica e estrutura. Era só questão de tempo que encaixasse. Agora vai ser campeão com folga. Os outros a tendência é dar uma caída. E nesse período que você tem que tá forte, dar uma arrancada pra sair dessa zona de desconforto. Aí quando foge, a tendência é olhar lá para a frente." 

Uma arrancada é vista como fundamental para trazer o torcedor outra vez em peso ao estádio. "Precisamos contar muito com o nosso torcedor. Sem a presença dele fica muito difícil para nós." - Por Vinicius Guerreiro - Diário Popular



terça-feira, 29 de agosto de 2017

O fim está próximo

Não sou nenhum analista político, muito pelo contrário, avesso à política vejo-me como um cego em tiroteio de bêbados. Mas isto não me tira o direito de dar meus pitacos nesta balburdia previamente denominada como Congresso Nacional do Brasil.

Na minha avaliação está bem clara a ação dos nossos “representantes” lá em Brasília, nas capitais e centenas de cidades Brasil afora.

Preveem a ruptura do status quo logo ali e, por isto mesmo, tratam de abocanhar o máximo que puderem enquanto é tempo. O suborno é apenas uma moeda de troca onde o superfaturamento grassa em obras de qualidade duvidosa e fins desvirtuados. Anistia a dívidas milionárias e aumento da carga tributária ao cidadão e empresas sérias é outra prática neste caos administrativo nacional.

Desmascaradas as coalizões (vejam o caso do PT com o PMDB) estão à cata de uma saída para se manterem perpetuamente no poder uma vez que sempre vão comer-se uns aos outros. PT, PSDB, PMDB e tantos outros partidos espelham a essência do jeitinho brasileiro e o novel “centrão” vem na tentativa de uma sobre vida de corruptos consagrados em lava-jatos e tantos outros processos que engatinham na tentativa de limpar a Nação.

Com um mínimo de inteligência, percebe-se que esses tais de “centrão” são os maiores vira-casacas e um punhado de dólares a mais determina o lado em que irão apoiar. Coitada da Dilma porque o “centrão” dela debandou inteirinho zarpando aos braços do Temer e neste vai-e-vem quem realmente se ferra é o Brasil brasileiro.

Sublimemente, campanhas partidárias no rádio e na tv enche o saco de telespectadores e de rádio ouvintes num amontoado de mentiras repetidas dia após dia. Aja grana para pagar tudo isto que, nada mais é do que castrar investimentos da educação, saúde e segurança para apresentar um deboche milimetricamente pensado por marqueteiros de plantão.

No comando, ou a reboque, de tudo sua “santidade” o presidente/ta. Suprassumo da inocência, nunca sabem nada, mas nada escapa de suas garras quando o progresso é para si ou para o “partido” de plantão na cadeira maior.

Que partido se escapa desse lamaçal e que tenha condições de governar a todos os brasileiros? Vai ser brabo o próximo pleito...


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Futebol holográfico

Em isto acontecendo eu vejo os clubes de futebol guspindo no prato que os sustentou durante décadas. Não tenho dúvidas em afirmar que, sem as rádios, o futebol brasileiro não seria a metade do que se tornou em termos de “preferência nacional”. Soma-se a essa força os jornais. Agora, essa nova mídia que hoje banca as grandes competições futebolísticas está dando um novo arranjo ao esporte e trazendo à baila outros que outrora nem passava pelas nossas ideias em assisti-los entre eles o vôlei para citar apenas um. Soma-se a essa avalanche televisiva o fato de que meia dúzia de clubes ganham centenas de milhões a mais do que outros criando um buraco negro onde muitos sucumbirão numa partilha desigual e discriminatória. Sinal dos tempos, onde penteados, tatuagens e chuteiras coloridas dão o ar da graça numa viagem sem volta porque “o futebol moderno” realmente vai desbancar a garra, o improviso e a paixão. E ainda tem a questão do Torcedor. O verdadeiro motivo de tudo isso, aconchega-se mais e mais às poltronas e camas residenciais perdendo a verdadeira emoção, o delírio e a sensação de ser parte integrante do espetáculo. Escrevam aí: “o futebol do futuro será holográfico e os resultados ditados por quem pagar mais”. Imagens balançando daqui prá li enquanto os verdadeiros robots assistirão hipnotizados até a alma. Uma pena!


domingo, 27 de agosto de 2017

Adeus guerreiro

Infelizmente tenho a triste notícia do falecimento de um grande amigo/irmão, o Adão Barbosa. De apelido Cinderela, era um cara de grande caráter e coração amanteigado e puro como flor do campo. Nos criamos junto a centenas e centenas de crianças no bom e velho Instituto de Menores de Pelotas. Como não poderia deixar de ser, liderava os ex-alunos do IMP com amor e dedicação exemplar organizando o nosso encontro anual. Graças a estes encontros, muitos eram os abraços e a confraternização de pessoas ligadas aquela Instituição bendita. Laços rompidos pelo tempo voltaram a unir-se após dez, vinte, cincoenta anos com a soma dos familiares. Através disso, nossos filhos e netos tiveram a certeza de um tempo onde, apesar das vicissitudes, o amor e a irmandade venceram barreiras criando seres do bem.


O enterro será hoje às 17h e levará também um pedaço de cada um que teve o privilégio de conviver com este grande amigo e irmão de coração. Que Deus te receba de braços abertos e acalente o coração de tua família.













sábado, 19 de agosto de 2017

O ingresso acessível e o horror do brasileiro ao que é popular

Luciane de Castro

Há um exercício interessante a se fazer nos transportes coletivos da cidade: a observação. Mais interessante ainda é colocar fones de ouvido em altura razoável com o fim único de captar a conversa alheia.
Num dia de locomoção pela cidade, mais especificamente na Linha Amarela do Metrô, me sentei perto de dois homens. Bem vestidos eles. Bem apessoados, como diriam os antigos. E a resenha que desenrolava era mais ou menos assim:
“Eu acho que você poderia melhorar a presença, sabe?”
“Mas melhorar como? Você acha que essa beca não tá legal?”
“Sim, está legalzinha, mas de repente uma camisa da ~marca x~, um relógio mais pá, sabe? Essas coisas chamam a atenção dos ~fulanos de não sei onde~.”
“Ah, entendi. É, e o sapato? O que você achou?”
“Ah, o sapato tá perfeito. Caiu direitinho com a bainha da calça.”
“Tô pensando em comprar o perfume ~tal~. Ví por um preço razoável, tipo 400 paus.”
“Mesmo que estivesse custando mais, tem que comprar. Essas paradas caras fazem a diferença na hora que as pessoas olham pra você. Camisa da marca ~tal~, relógio ~tal~. Coisa cara é o que há!”
Minha feição deve ter passado de indiferente para “what the hell!!”
Neste momento fiz um exercício de memória e retornei aos meus 15, 16 anos e a busca dos adolescentes por calças de marca, casacos, sapatos e tênis, tudo o que tivesse valor não compatível com o que eu já ganhava como trabalhadora. Claro que olhando praqueles dois barbados, com seus, sei lá, 30 anos, pensei no absurdo da conversa e revivi algumas “necessidades”.
O tempo passa, mudamos, crescemos, amadurecemos. Vivemos, sobrevivemos e reconhecemos que, o básico para nos manter na ativa nos é dado ~aos minimamente privilegiados~ e que qualquer necessidade de parecer ser o que não é, não passa de infantilidade.
A essa altura, alguém deve estar perguntando “mas que porcaria a Lu tá falando que não tem a ver com futebol?!”.
Primeiro se engana, porque o futebol se relaciona com tudo nessa vida e, segundo, que essa necessidade da classe trabalhadora em ascender e se equiparar às classes mais altas, não é fato recente.
Acontece que entre ser de um patamar economicamente mais alto e trabalhar duro para conseguir comprar um carrinho popular, há um salto de tempo que muitas vezes nem três gerações são capazes de transpor.
Quando obrigado a observar a classe a qual pertence, o brasileiro refuta o espelho. Ele não se gosta, ele não se tolera, não se aceita. Ser pobre é um defeito. Pechinchar é feio. Pagar caro é o que há!
E foi mais ou menos dentro deste contexto, na noite da segunda-feira pós jogo entre os tricolores paulista e gaúcho, que li montes e montes de comentários desdenhando o número de torcedores presentes no Morumbi em razão do baixo valor cobrado pelo ingresso.
Isso me trouxe dois tipos de sentimentos:
Um – Não estou entendendo qual o problema no baixo valor do ingresso; e
Dois – Mas que bando de gente burra, que ao invés de enaltecer a ação de um clube que quer manter o povo perto do time e exigir isso também do seu, acha que é mais legal pagar MAIS CARO!
Como se o fato de pagar mais caro pelo ingresso de AR-QUI-BAN-CA-DA, tornasse seu time mais valioso ou qualquer equiparação falaciosa que o valha.
Torcedores se acomodam no estádio do Morumbi
Foto: Pedro Martins/Mowa Press.

O torcedor, deslumbrado com as arenas e o padrão FIFA que arremessou seu clube num mar de dívidas em nome da elitização, esquece que para além dos réis que pagam os caros ingressos, o transporte coletivo não lhe traz conforto, nem segurança quanto ao horário numa grade de transmissão estabelecida por quem é seu credor para mais alguns anos, quiçá décadas! Ele também esquece que, ainda que não dependa do transporte coletivo, aquele estacionamento fatura alto em dias de jogos. E o picolé dentro da arena? E o copo d’água? O refri? Ou vai passar a seco?
Continha de matemática básica: preço majorado do ingresso + gasolina + estacionamento + comes e bebes = um belo percentual de seu suado salário como TRABALHADOR.
Sim, em outra conta: preço majorado do ingresso + jogo às 21h45 (tiraram 15 minutos para tentar passar um pano) + falta de transporte coletivo para além da meia noite + pagar um Uber (também majorado em dias de evento na região) + chegar em casa tarde + levantar cedo para TRABALHAR = levantar cansado/destruído para continuar produzindo a riqueza de meia dúzia.
Pensando nisso tudo, cheguei à conclusão de que boa parte dos brasileiros se amarram em pagar de playboy. Ostentar o que não pode e viver de desmerecer quem tenta fazer a coisa ficar mais justa, mais acessível.
Temos batido consistentemente na questão dos valores absurdos dos ingressos que limam a presença do povão. Temos batido consistentemente na questão dos horários dos jogos em detrimento do conforto do cidadão que quer e tem todo o direito de acompanhar seu time de coração, e vem meia dúzia de passa fome metido a Mark Zuckerberg, desmerecer o bom público presente em um jogo com o argumento do baixo preço do ingresso?
O Santa Cruz teve excelente presença de público no Arruda ao colocar ingressos no valor de R$ 10,00. Tentou realizar outra ação popular com ingressos a R$ 5,00, mas foi impedido em razão das taxas que garantem as burras cheias de federações e CBF.
Não há, por parte da massa, nenhum posicionamento efetivo e ostensivo como ferramenta para as mudanças mais que urgentes no universo futebolístico.
Cartolas seguem indiciados, mandando e desmandando e o povão? Calado.
Ingressos à preços abusivos e fora da realidade do brasileiro comum e o povão? Calado.
Passa todo tipo de dificuldade para acompanhar in loco seu time de coração e continua como? Calado.
Dignidade não é se sacrificar para pagar uma fábula em algo que deve ser acessível. Postura digna e consciente, é batalhar para que todos tenham o direito de estar presentes nas bancadas fazendo festa. O futebol é do povo e não orna com ingresso caro.
Por

Lu Castro

Jornalista especializada em futebol feminino. É colaboradora do Portal Vermelho e é parceira do Sesc na produção de cultura esportiva.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Às vésperas do Centenário

Uma das melhores fotos que já fiz. Uma pena não ser com minha máquina atual.

Modéstia à parte, foto antológica de Xavante Munhoso

G. E. Brasil 1 X 0 E. C. Pelotas em 04.09.11, juntamente com o jogo do Flamengo e o jogo do Grêmio são os três maiores públicos no Bento Colosso de Freitas. Para mim, este Bra-Pel passa a ser nosso record.

Mais um Sócio Xavante


Taí dr. Cláudio De Andrea!

O Érick todo faceiro com a Carteirinha de Sócio do G. E. Brasil.

E tudo começou a partir de pontos de vistas aparentemente conflitantes. De um lado, Janaína dos Santos Motta, Arthur Costa e outros Torcedores que se organizaram na busca de uma alternativa para trazer de volta os excluídos do Bento Freitas pela impossibilidade de pagar R$ 60,00 por jogo ou mesmo de assumir igual valor na mensalidade social. Para tanto criaram o Ingresso Compartilhado Xavante.

De outro lado o Presidente do Conselho Deliberativo do Brasil, dr. Claudio De Andrea que entende ser o melhor para o Clube que, aqueles que têm condições, adotem Torcedores e os associem pagando sua mensalidade.

O debate foi formado com cada um puxando a brasa para o seu assado. Entendo isto como bom e salutar porque, de um modo ou de outro, quem ganha é o Brasil e sua maravilhosa Torcida.

Conhecedor e admirador da história do Érick, aproveitei o gancho e contei para o dr. Claudio Andrea e este, de bate-pronto, disse: “Pode deixar que este eu adoto associando-o”.

Espero que a atitude do Xavante Claudio Andrea motive outros tantos a seguir este exemplo digno de registro.

Quanto ao Érick, bem nem preciso falar da felicidade do guri. Conheço-o já de há um bom tempo. Época braba quando a famigerada Segundona teimava em puxar o Brasil cada vez mais para baixo.

Não raramente, eu vinha pela av. Ferreira Viana. Ora alegre e esperançoso, ora buzina das ideias após os jogos do Brasil. De dia ou de noite, sob o sol ou encharcado pela chuva, castigado pelo Minuano ou abençoado pelo luar e lá estava o Érick tremulando uma Bandeira do Brasil.

Tche! Aquilo batia forte no meu coração e a procura por respostas matutava minha cabeça. O que este mandinho faz sozinho a esta hora? Nesta chuva... Não sente frio? Certa noite não resisti, atravessei a avenida e fui falar com ele. Sei lá o que disse. Na verdade eu só queria cumprimenta-lo, abraça-lo, falar que o Xavante voltaria para a Primeira Divisão.

Acabei fazendo amizade com a família dele e me prontifiquei a leva-lo aos jogos do Brasil comigo. Num certo domingo como o combinado fui pegá-lo. Para surpresa minha, ele já tinha ido para o jogo.

O Érick é dessas pessoas cativantes. De uma sinergia transbordante, faz feliz a quem estiver do lado dele e por isso mesmo de uma estrela muito brilhante. Um casal vizinho dele passou a leva-lo a todos os jogos e eu feliz dei-me por satisfeito.

O tempo passou e aquele garotinho de nove ou dez anos cresceu. Hoje com quatorze anos continuava ali, no muro da casa dele a olhar eu passar em minhas idas e vindas ao Bento Freitas.

Um dia perguntei se não estavam mais levando ele para ver o Brasil jogar e ele disse que não. “Eu rodei e este ano não vão me levar mais”. Porra meu! Castigo de um ano sem ver o Brasil? Tenha a santa paciência! Isto é demais!

Surfista de internet, claro que eu já tinha lido algo sobre o tal de Ingresso Compartilhado Xavante. Entrei em contato com a Janaína e salvei a pele do Érick.

Mas, como eu disse, o Érick tem estrela e daí surgiu o meu amigo Claudio Andrea e seu coração generoso. Pronto! A matemática é simples e com um pouco de cada um o bem se espalha mundo afora.

Vê se não roda mais Érick. O teu santo é forte, mas não abusa.





sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Eder Show Sciola

Tche!
Perdão Sciola! Perdão!
O cara é um cavalo!
Um monstro!
Me enganou direitinho!
Perdão Sciola! Perdão!







quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Ingresso Compartilhado salva a pele de alguns Torcedores

Pior do que o empate foi a ausência de alguns milhares de Torcedores reféns do ingresso a R$ 60,00 e do famigerado check-in. Em contra-partida, surge um movimento visando resgatar "A Maior e a Mais Fiel" nesses dias de penúria salarial.

É pouco, eu sei, mas é uma resposta positiva diante de uma política que deu errado e está afastando os marcolas do Bento Freitas.

Refiro-me ao "Ingresso Compartilhado" que, com a colaboração de alguns, junta o dinheiro (moeda a moeda, real a real) necessário para a compra de ingressos para distribuir a alguns sortudos que assim podem voltar ao Bento Freitas para ver o Brasil jogar.

Minha câmera fumegou ontem mas ainda deu para salvar algumas fotos do momento em que a Janaína Dos Santos Motta distribuía os ingressos ao Erick, ao Ezequiel Drews e a outros abençoados por esta ação exemplar. Dá-lhe Brasil!