quarta-feira, 30 de julho de 2014

Cresce, Xavante! adquire novo trator de cortar grama

Chega ao estádio Bento Freitas o novo trator de cortar grama adquirido pela Associação Cresce, Xavante!


Na tarde da última segunda (28), chegou ao Bento Freitas o novo trator de cortar grama adquirido pela Associação Cresce, Xavante! A máquina é de última geração, possui uma largura de corte de 1,38m e altura mínima de 1,5cm. O equipamento ficará a disposição de utilização no gramado do estádio Bento Freitas, e futuramente no campo suplementar que está em construção. Foto: Carlos Insaurriaga



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Xavante Munhoso num momento de grande felicidade, registrou a chegada dessa importante aquisição da Associação Cresce Xavante:





sexta-feira, 25 de julho de 2014

Fato 250714

Todo dia é dia de índio e, numa confraternização fabulosa, guaranys e Xavantes estarão em oração hoje às 21hs na rua Lobo da Costa, 849. Entrada selecionada e só os abençoados poderão participar da cerimônia. Presentes no momento rostos felizes e sorridentes totalmente dominados pela emoção que lembrarão conquistas e bravuras da Maior e Mais Fiel num período de fortes emoções. De 2009 a 2014, um grito só ecoa assinando um período marcado pelo caos e pela homérica vitória do Campeão do Interior. Em síntese: "Eêh! Eêh! Eêh! Eêh! Rubro Negro vem aí! Eêh! Eêh! Eêh! Eêh! Rubro Negro vem aí!



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Informação para Sócios na partida em Gravataí

Confira os detalhes que os associados Xavantes devem proceder para o acesso na partida de domingo (27), às 16h, no estádio Vieirão, contra a Cabofriense

A Central de Relacionamento do Sócio Xavante informa:
Sócios em dia, com a mensalidade do mês de julho, vão ter acesso liberado ao jogo no domingo (27).

Documentos necessários à entrada:
- Carteira de Sócio + documento oficial com foto OU
- Recibo da mensalidade + documento oficial com foto OU
- Apenas documento oficial com foto (sócios que quitam a mensalidade através de boleto ou débito em conta).

A equipe da Central estará presente no estádio para recepção de todos, e também para receber os pagamentos dos associados. O horário de atendimento da Central na Baixada: Segunda à Sexta das 9h às 18h, sem fechar pra almoço. Sábado até o meio dia (podendo ser estendido caso seja necessário)

Negociações de volta só serão feitas na Baixada até sábado (26).
Informações outras serão repassadas durante a semana.
Fone da Central: (53) 3229-3999

Ma. Socorro Antero
Gerente Central do Sócio
Grêmio Esportivo Brasil



Considerações de Vinicius Sinott sobre os times gaúchos

Muito importante esta manifestação do Vinicius Sinotti e vem somar a tantas outras que reconhecem o excelente trabalho da defesa Xavante. Acredito que o ataque Rubro Negro também se sairia bem numa análise dessas visto que Rogério Zimmermann pensa o Time como um todo.

"Apenas para registrar, de todos os gaúchos que disputam campeonato brasileiro de todas as séries em relação a gols sofridos no ano de 2014:
Pelotas, 1,81 gol por jogo, Juventude 1,13 gol por jogo, Caxias 1,04 gol por jogo, Inter0,81 gols por jogo Grêmio 0,75 gol por jogo, Brasil 0,44 gol por jogo. O Brasil jogou 18 partidas e sofreu apenas 8 gols sendo que destes 4 foram para a dupla Grenal no gauchão, considerando times do mesmo nível a média cai para 0,27 gols por jogo, ou seja 1 gol tomado a cada 4 partidas. Tem 3 derrotas no ano Grêmio, Inter e uma para o Esportivo.Estou considerando apenas jogos oficiais, estadual, brasileiro,copa do Brasil e Libertadorres. Antes que algum mal intencionado ou imbecil mesmo venha dizer que os adversários são diferentes, é óbvio que estou falando em "aproveitamento" "percentual" para ficar bem claro, cada um dentro das suas respectivas realidades. É uma excelente performance, aliás as cornetas contra o Rogério Zimmermann cessaram, claro que estão apenas esperando uma oportunidade para se manifestarem, o oportunista sempre age assim. Este levantamento é apenas para mostrar um trabalho de um grupo que joga junto praticamente a 3 anos. Tem que dar mérito a quem merece pois se fosse o contrário as críticas apareceriam rapidamente. Parabéns pelo trabalho!!!"

sábado, 19 de julho de 2014

Palavras que valem

Inicio este tópico trazendo um pouco daquilo que pensa nosso Treinador Rogério Zimmermann em relação a um campo suplementar reduzido junto ao Estádio Bento Freitas. Para isso, aproveitei um vídeo publicado pela TV Xavante em 10.06.14.




Já somos 5.533


O primeiro passo foi dado e o fruto de um trabalho persistente e apaixonado deu resultado: Ituano 0 X 1 Brasil no estádio Novelli Júnior – São Paulo. Ganhar do campeão paulista não acontece todo o dia e a hora é de felicidade.

Segunda-feira começa uma nova etapa, o jogo seria no Bento Freitas, mas uma punição nos tirou este prazer e teremos que jogar em Gravataí dia 27 de julho. Além de perder renda, o Clube passa a ter despesas. Mais uma vez a bola passa para a Torcida e vamos fazer a nossa parte lotando o estádio Vieirão.

5.533 guerreiros já assinaram sua ficha e fazem parte do Quadro Social do Grêmio Esportivo Brasil e estes não pagam ingresso porque o mando de campo é nosso. É aí que, como Torcedores, temos que fazer valer o impulso de nosso coração buscando a Central do Sócio para somar aos já existentes.

Repito insistentemente que, "Já não basta-me ser Xavante, eu sou Sócio!". E você? Dê o seu recado e vamos fazer uma corrente para que todos os Rubro Negros somem nessa verdadeira guerra. 10.000 Sócios, eu acredito e é por isso que luto!

Chegando a este número fabuloso, daremos o suporte necessário para que nosso Clube tenha fôlego financeiro para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.








Estreia fantástica

Brasil vence o Ituano, atual campeão paulista, em São Paulo e arranca com forças na Série D do Brasileirão

Nena teve grande chance de marcar no primeiro tempo, mas a bola explodiu no travessão.
Foto: Luciano Claudino/Ag. Código 19

Não poderia ser uma estreia melhor para o Brasil. No duelo de rubro-negros, melhor para os gaúchos. Vitória por 1 a 0 sobre o Ituano, o atual campeão paulista. A partida, realizada neste sábado (19), no Estádio Novelli Júnior, em Itu, marcou a estreia das duas equipes na Série D do Campeonato Brasileiro. Cirilo, aos 35 minutos do segundo tempo, fez o gol Xavante na primeira façanha do Clube do Povo no certame nacional. Agora, a equipe pelotense se prepara para enfrentar a Cabofriense, no próximo domingo (27), em Gravataí, às 16h, em virtude de uma suspensão que restringe a atuação do time no Bento Freitas.
O Brasil não quis tomar conhecimento de estar jogando fora de casa e diante do atual campeão paulista. Mostrou sua força e apresentou aquilo que buscará na Série D: se impor diante dos adversário. E o equilíbrio do jogo foi prova de que não haverá vida fácil aos adversários Xavantes.
Com um primeiro tempo bastante disputado, o Brasil conseguiu as melhores chances e, por pouco, não saiu com a vitória na primeira etapa. Aos 19 minutos, Raulen cruzou e Nena subiu alto para cabecear a bola e o goleiro Diego defender. Já aos 35, após cobrança de escanteio, Washington desviou a bola na primeira trave e Nena, no segundo poste, cabeceou certo, mas a bola caprichosamente explodiu no travessão e a zaga do Ituano conseguiu afastar. 

Após cobrança de falta, o zagueiro Cirilo pulou com a zaga do Ituano, e a bola foi parar no fundo da rede.
Foto: Luciano Claudino/Ag. Código 19

O segundo tempo começou com o Brasil sacudindo os Xavantes que se fizeram presentes em São Paulo. Logo aos 6, Alex Amado cruzou pela esquerda e a zaga conseguiu afastar antes de ela chegar a Nena, que estava preparado para balançar as redes. Aos 29, depois de cobrança de falta, a bola sobra para Zotti chutar de fora da área e a bola sair por cima do gol de Diego. 
Aos 35, o domínio Xavante se converteu em gol. Após cobrança de falta na área, Cirilo subiu alto e, de cabeça, fuzilou o gol do Ituano. Brasil na frente. Alegria da nação rubro-negra em São Paulo. Brasil 1 a 0.
E depois do gol Xavante, o Ituano, zonzo, não tinha forças para bater a equipe pelotense. Aos 49, com o apito do árbitro da partida, o duelo entre os rubro-negros encerrou-se com a vitória dos gaúchos. Não poderia ser uma estreia melhor para o Brasil na Série D. Vitoria diante do campeão paulista e três pontos na tabela.

Torcida Xavante esteve presente em Itu. Foto: Carlos Insaurriaga




sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vida ao IMP

Caminhando pelo Calçadão da XV nesta sexta-feira (17.07.14), deparei-me com uma exposição de fotos que a UCPel faz periodicamente no Quiosque Nelson Nobre Magalhães.

De cara, lembranças maravilhosas ao ver uma foto do Instituto de Menores de Pelotas. Dezenas de mestres, centenas de irmãos tomaram conta de meus pensamentos. É incrível como em poucos segundos toda uma vida vem à tona como um filme bendito. Uma vontade inexplicável de ali ficar apesar dos compromissos que me empurravam para a realidade.

Realidade! Êta vida! Dá pena ver o estado em que se encontra o prédio do IMP. Caindo pelas beiradas à espera duma decisão cruel que decerto o desativará em definitivo. A Casa que outrora abrigava uma média de duzentas e cincoenta crianças agoniza apesar do valoroso esforço daqueles que lá laboram nos dias atuais.

Meu querido "Abrigo de Menores", ainda sinto a leveza das orações entoadas em tua Capela após um dia de estudo, trabalho e lazer a confortar meu coração. Sempre, sempre, terminava na prece: "Santo Antonio, padroeiro desse Instituto, rogai por nós!". E por ti Instituto, quem rogará?





SBT - Conexão Repórter - Os Porões do Futebol

Parte 1

Parte 2


Parte 3


Com força e com raça

Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu Xavantão.

Tomando de assalto os versos de Chico Buarque, festejo o início de mais uma competição do G. E. Brasil. Uma adrenalina positiva invade a todos que torcem pelo Rubro Negro da Princesa do Sul e não há como ficar alheio às batalhas de mais este campeonato.

Os adversários não serão apenas Ituano, Cabofriense, Maringá ou Guarani porque nas fases seguintes outros clubes medirão forças com o nosso Time. Tem ainda as questões “extra-campo” e não podemos esquecer o que nos aconteceu tempos atrás quando ainda jogávamos a Série C. Curvas ardilosas, federações do café com leite, tribunais maneados e viciosos, deputadas, ministros e até mães estarão à espreita de uma brecha para pôr o dedo em nossa moleira. Sabemos de ante-mão que não é só nas quatro linhas que a consagração do campeão acontece e temos que ir com tudo para conquistar o nosso desiderato. Sem dar vida ao adversário e cuidando de nossos próprios passos recuperaremos o patamar que tão ardilmente nos foi surrupiado.

Nada nos ajudará. Federação Gaúcha e políticos de nosso Estado são nada diante do poderio da turma lá de cima. É a Nação Xavante contra tudo e contra todos.

Mas não podemos dar armas ao inimigo e a Torcida Xavante tem um papel fundamental nesta batalha. Torcer, gritar e sambar ao som da Garra Xavante, da Esquadrão ou de qualquer batucada que ritmar nosso coração é o suficiente. Na ordem e na lei vamos empurrar nossos atletas para as vitórias necessárias e buscar mais essa Taça.

É isso aí! “Roda mundo, roda-gigante/ Roda moinho, roda pião/ O tempo rodou num instante/ Nas voltas do meu Xavantão” dirá Caetano Veloso no dia em que vier ao Bento Freitas assistir o Brasil empurrado pela Torcida Xavante. 




Alguém pode me dizer qual é a fortuna crítica do trabalho de Gilmar para merecer o cargo?

17/07/2014 às 12:54
Gilmar Rinaldi é o novo Coordenador de Seleções da CBF. Aqui e ali, há um muxoxo porque era empresário de jogadores. Huuummm… Não por isso necessariamente. O meu ponto principal é outro. Desconheço a fortuna crítica que seu trabalho tenha gerado que o habilite ao cargo. Alguém conhece? Em algum nicho, seu trabalho e seu pensamento na área do futebol servem de referências? Conversei com alguns jornalistas esportivos, por exemplo, e eles me disseram que não.
É aquela história: pode dar certo, e já estou torcendo desde já por 2018. Do que sei até agora… Ele era, por exemplo, o administrador da carreira de… Adriano. Vá lá, né? Bom para vender o peixe, ao menos, ele era. O problema estava no peixe, não no vendedor, como sabem o Flamengo, o Corinthians…
As palavras iniciais deixam a desejar. Diz que é preciso pensar numa filosofia, voltada para o coletivo. Sei. As palavras parecem pautadas pela análise que explica o sucesso da Seleção da Alemanha. É só um consenso miúdo. Afinal, é preciso dizer alguma coisa. Diz também que cessou a sua carreira de empresário de jogador. Ele mesmo acha que a atividade gera certa suspeição sobre sua isenção.
Entre outras coisas, afirmou: “O mais importante agora é definir o que queremos. Temos amistosos em breve, não temos muito tempo pra pensar”.
Não temos tempo para pensar? Isso não é bom.
A propósito: quando escolheram Felipão, por exemplo, queriam o quê? É evidente que Gilmar chega lá em razão de afinidades eletivas ainda não muito claras. Tomara que se revele e que surpreenda para o bem. Não dá para saber, por enquanto, o que eles querem. 
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 12 de julho de 2014

Dia de estréia no Bento Freitas

Aproximando-se da marca de 20 (vinte) "Carteirinhas", Xavante Munhoso participará de mais um jogo do G. E. Brasil apresentando seu novo documento de Identidade. Este vínculo começou lá pelos idos de 1953 quando, ao invés de dar seu primeiro choro este louco, fanático e sem vergonha de ser Xavante cantou: 

"Eheeeeêêeeeeêêh! Rubro Negro vem aí! Eheeeeêêeeeeêêh! Rubro Negro vem aí!" para espanto da parteira que lhe dava a primeira palmada.







sexta-feira, 11 de julho de 2014

Para onde eu vou?

Eis que o domingo se aproxima trazendo pomposamente a Grande Final. Não cheguei aos soluços, mas meu coração está amargurado. Está bem, está bem, em momento algum aderi à massa oba-oba que festejava esta Copa. Mas, diachos, eu não estava preparado para esta hecatombe.

Sem aprovar a turma “do contra”, fui deslizando entre uma crítica ou um aplauso. De quase alienado, cresci à medida que a bola rolava. Com o coração saltando pela boca vi-me embretado de corpo e alma na torcida pelo Hexa imaginário.

De repente, quatro ou cinco minutos desfazem um sonho quase real. Cai a máscara e uma cascata de erros mostra o porquê do vexame. Causas futebolísticas, administrativas e governamentais pesam na balança inexorável do perdedor.

Entre todas as dores, a maior foi ver crianças chorando inocentemente sem entender as artimanhas dos adultos que a tudo manobram e “valorizam” conforme interesses nem sempre confessáveis.

Uma pena! Foi isso que o adversário sentiu de nós.

E agora?

O domingo vem aí para premiar com os louros da vitória os grandes finalistas e estamos fora. Uma cadência enjoada tem balançado o País como um mantra nefasto. Por favor, Alemanha, não deixa meu próximo século piorar. Se não, para onde eu vou?

A derrota do futebol de condomínio

Por: Marcos Sergio Silva11/07/2014 às 12:50 - Atualizado em 11/07/2014 às 12:50

Torcedora brasileira chora após derrota para a Alemanha em Belo Horizonte | Crédito: Laurence Griffiths/Getty Images

Torcedores acostumados a assistir jogos pela TV e jogadores descontrolados: a Era Mimimi afundou a seleção brasileira

Pense na seguinte situação: a Copa do Mundo é na Argentina. Há uma invasão de brasileiros, a maior parte sem ingresso. Eles acampam nas ruas de Buenos Aires, de Córdoba, de Mendonza, de Rosário, de La Plata, de Mar Del Plata... enfim, de todas as sedes. Promovem uma barulheira infernal e não conseguem deixar de ser notados. Pensou?
Pois bem, agora imagine se isso seria real. Esse afinco com que os nossos vizinhos torcem por sua seleção, na vitória ou na derrota (lembrem-se de como eles receberam os derrotados de 2006, com uma invasão no aeroporto de Ezeiza, e compare com a nossa reação, queimando bandeiras e destruindo uma estátua de Ronaldinho Gaúcho naquele mesmo ano), nada tem a ver com a torcida pela nossa. Isso não é culpa só dela, mas de como a CBF a manteve longe do time nacional há, no mínimo, 18 anos.
O torcedor que a acompanha é, sobretudo, um chato. O jogo, para ele, é mais uma balada em que foi convidado pelo “amigo diretor de marketing de uma empresa amiga da CBF”. Ele não tem o costume de assistir ao que é uma partida de futebol. Talvez tenha a mesma impressão dos norte-americanos que o odeiam: é um jogo chato em que dificilmente sai um gol.
É a grande lógica do condomínio. Quer todas as facilidades e o conforto que ele proporciona. O jogo na TV a cabo, se não estiver bom, abandona e vai na padaria – de carro, de preferência. Se ele estiver bom, e a favor do seu clube, o larga do mesmo jeito e vai para as redes sociais contar vantagem de como seu time é bom. A torcida da seleção é exatamente dessa maneira. Enquanto o jogo rola, tira selfies, sai de seus lugares caros para comprar comidas e bebidas e os deixam vazios, sobretudo na volta do intervalo. Se está ruim, ou se está perdendo, em vez de apoiá-lo, vaia e tenta encontrar culpados: os jogadores, o técnico, a presidente...
Mas ela não cabe apenas no estádio. Temi, depois do jogo contra o Chile, que esta virasse a Copa da vitória do futebol de garotos de condomínio. Não discuto aqui a origem deles – muitos nem sequer viveram em condomínios antes de ir para o futebol –, mas a reação. Não acho que é ter culhões pedir para não bater um pênalti. Também não concordo que o descontrole emocional signifique ter brios ou uma ponta qualquer de patriotismo. Como exemplo, só coloco que dificilmente trabalharia com alguém que largasse o fechamento da revista (que é o nosso prazo fatal, quando ela tem que ir para a gráfica e, se perdermos o tempo certo, arcamos com custos extras) porque não aguentou a pressão. Homens choram, mulheres também, todo mundo chora. Descontrole é algo completamente diferente.
É a lógica do futebol de meninos do condomínio. Na primeira dificuldade, um garoto chora e o pai ou mãe vai consolá-lo. Ele dá chutes ruins, mas o pai deixa que a bola entre no gol, para não desagradá-lo. Nunca ouviram deles um “engole esse choro e vai fazer o que tem que ser feito”. O mundo vai girando, e esse garoto, já adulto, jamais vai sair da infância. E nunca vai perder essa vocação por chorar antes de tentar novamente e conseguir.
Não estou poupando o desastre comandado por Luiz Felipe Scolari, com análises ultrapassadas e baseadas em livro de auto-ajuda e vídeos motivacionais de caráter duvidoso, como já escrevi anteriormente. A seleção foi um horror tático e técnico durante a Copa. Mas, se aqueles atletas vencessem, seria para sempre ressaltada a “emoção”. Aliás, o tempo todo tivemos que flertar com ela. As reportagens da emissora oficial da seleção antes de a Copa começar eram todas chorosas, um apresentador de TV famoso pela “amizade” com os caras do time nacional interrompeu um treino na concentração, em Teresópolis, para levar um garoto de 17 anos com uma doença congênita. Muitos jogadores caíram em prantos. Sério, para que isso?
Jornalistas adoram rotular eras. A Era Pelé, a Era Zico. Em 1990, nosso fracasso foi apelidado de Era Dunga. Eu arrisco um palpite: o fiasco de 2014 se deve à Era do Mimimi.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Romário desabafa e diz que Marin e Del Nero deveriam estar presos

Após a goleada histórica sofrida pelo Brasil diante da Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo, o ex-jogador e deputado federal Romário desabafou. Através das redes sociais, afirmou que José Maria Marin, presidente da CBF, e seu vice e sucessor eleito, Marco Polo Del Nero, deveriam estar na cadeia. O parlamentar fez duras críticas à corrupção e à gestão no futebol brasileiro, e falou em "falência" do esporte no país.
"Passado o luto das primeiras horas seguidas da derrota, vamos ao que verdadeiramente interessa! Quem tem boa memória, vai lembrar da minha frase: Fora de campo, já perdemos a Copa de goleada!
Infelizmente, dentro de campo, não foi diferente.
Ontem foi um dia muito triste para nosso futebol. Venceu o melhor e ninguém há de questionar a superioridade do futebol alemão já há alguns anos. Ainda assim, o mundo assistiu com perplexidade esta derrota, porque nem a Alemanha, no seu melhor otimismo, deve ter imaginado essa vitória histórica.
Porém, se puxarmos da memória, vamos lembrar que nossa seleção já não vinha apresentando nosso melhor futebol há muito tempo. Jogamos muito mal. Infelizmente, levamos sete e, por mais que isso cause mal-estar, devemos admitir que a chuva de gols foi apenas reflexo do pânico, da incapacidade de reação dos nossos jogadores e da falta de atitude do treinador de mudar o time.
Vivemos uma crise no nosso esporte mais amado, chegamos ao auge dela. Acha que isso é problema só dos jogadores ou do Felipão? Nem de longe.
Nosso futebol vem se deteriorando há anos, sendo sugado por cartolas que não têm talento para fazer sequer uma embaixadinha. Ficam dos seus camarotes de luxo nos estádios brindando os milhões que entram em suas contas. Um bando de ladrões, corruptos e quadrilheiros!
O meu sentimento é de revolta.
Estou há quatro anos pregando no deserto sobre os problemas da Confederação Brasileira de Futebol, uma instituição corrupta gerindo um patrimônio de altíssimo valor de mercado, usando nosso hino, nossa bandeira, nossas cores e, o mais importante, nosso material humano, nossos jogadores. Porque não se iludam, futebol é negócio, business, entretenimento e move rios de dinheiro. Nunca tive o apoio da presidenta do País, Dilma Rousseff, ou do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Que todos saibam: já pedi várias vezes uma intervenção política do Governo Federal no nosso futebol.
Em 2012, eu apresentei um pedido de CPI da CBF, baseado em um série de escândalos envolvendo a entidade, como o enriquecimento ilícito de dirigentes, corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e desvio de verba do patrocínio da empresa área TAM. O pedido está parado em alguma gaveta em Brasília há dois anos. Em questionamento ao presidente da Câmara dos Deputados, sr. Henrique Eduardo Alves, mas ouvi como resposta que este não era o melhor momento para se instalar esta CPI. Não concordei, mas respeitei a decisão. E agora, presidente, está na hora?
Exceto por um vexame como o de ontem, o Brasil não precisaria se envergonhar de uma derrota em campo, afinal, derrotas fazem parte do esporte. Mas vergonha mesmo devemos sentir de ter uma das gestões de futebol mais corruptas do mundo. A arrogância dessa entidade é tão grande que até o chefe da assessoria de imprensa chega ao absurdo de bater em um atleta de outra seleção, como fez o Rodrigo Paiva contra um jogador do Chile Pinilla. Paiva pegou quatro jogos de suspensão e foi proibido de acessar o vestiário dos jogadores. Este ato foi muito simbólico e diz muito sobre eles. O presidente da entidade, José Maria Marin, é ladrão de medalha, de energia, de terreno público e apoiador da ditadura. Marco Polo Del Nero, seu atual vice, recentemente foi detido, investigado e indiciado pela Polícia Federal por possíveis crimes contra o sistema financeiro, corrupção e formação de quadrilha. São esses que comandam o nosso futebol. Querem vergonha maior que essa?
Marin e Del Nero tinham que estar era na cadeia! Bando de vagabundos!!!
A corrupção da CBF tem raízes em todos os clubes brasileiros, vale lembrar que são as federações e clubes que elegem há anos o mesmo grupo de cartolas, com os mesmos métodos de gestão arcaicos e corruptos implementados por João Havelange e Ricardo Teixeira e mantidos por Marin e Del Nero. Vale lembrar, que estes dois últimos mudaram o estatuto da entidade e anteciparam a eleição da CBF para antes da Copa. Já prevendo uma possível derrota e a dificuldade que eles teriam de se manter no poder com um quadro desfavorável.
E os clubes? Sim, eles também são responsáveis por essa crise. Gestões fraudulentas, falta de investimento na base, na formação de atletas. Grandes clubes brasileiros estão falindo afogados em dívidas bilionárias com bancos e não pagamentos de impostos como INSS, FGTS e Receita Federal.
E toda essa má gestão que tem destruído o nosso futebol, infelizmente, tem sido respaldada há anos pelo Congresso Nacional com anistias e mais anistia destes débitos. Este ano tivemos mais um projeto desses vexatórios para salvar os clubes. Um projeto que previa que clubes pagassem apenas 10% de suas dívidas e investissem 90% restante em formação de atletas. Parece até deboche. Uma soma de aproximadamente R$ 4 bilhões ou muito mais, não se sabe ao certo. Corajosamente, o deputado Otávio Leite, reconstruiu o texto e apresentou uma proposta honesta estruturada em responsabilidade fiscal, parcelamento de dívidas e a criação de um fundo de iniciação esportiva, com obrigações claras para clubes e CBF.
Em resumo, a nova proposta além de constituir a Seleção Brasileira de Futebol e o Futebol Brasileiro como Patrimônio Cultural Imaterial – obrigava a CBF a contribuir com alíquota de 5% sobre as receitas de comercialização de produtos e serviços proveniente da atividade de Representação do Futebol Brasileiro nos âmbitos nacional e internacional. O tributo também incidiria sobre patrocínio, venda de direitos de transmissão de imagens dos jogos da seleção brasileira, vendas de apresentação em amistosos ou torneios para terceiros, bilheterias das partidas amistosas e royalties sobre produtos licenciados. O valor seria destinado a um fundo de iniciação esportiva para crianças e jovens de todo o Brasil. Esses e outros artigos dariam responsabilidade à CBF, punição à entidades e outros gestores do futebol, a CBF estaria sujeita a fiscalização do TCU e obrigada a ter participação de um conselho de atletas nas decisões.
Mas este texto infelizmente não foi para a frente. Sete deputados alemães fizeram os gols que desclassificaram nosso futebol e nos tirou a chance de moralizar nosso esporte. Estes deputados, como todos sabem, fazem parte da Bancada da CBF, mudei o nome porque Bancada da Bola é muito pejorativo para algo que amamos tanto. Gosto de dar os nomes: Rodrigo Maia (DEM -RJ), Guilherme Campos (PSD-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), José Rocha (PR-BA) , Vicente Cândido (PT-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Valdivino de Oliveira (PSDB-GO).
Essa partida ainda pode ser revertida com a votação do projeto no Plenário da Câmara. Será que esses sete deputados voltarão a prejudicar o nosso futebol?
O futebol brasileiro tomou uma goleada e a derrota retumbante, infelizmente, não foi só em campo. Nem sequer tivemos o prazer de jogar no Maracanã, um templo do futebol mundial, reformado ao custo de mais de R$ 1 bilhão. Acha que foi porque não chegamos a final? Não. Poderíamos ter jogado qualquer outro jogo lá. A resposta disso é ganância e arrogância. É a CBF que escolhe onde o Brasil vai jogar, mas, obviamente, poderia ter tido interferência do Ministério do Esporte e da presidência da República, mas nenhum destes se manifestou. Quem levou com essas escolhas?
Para fechar com chave de ouro, a CBF expulsou do vestiário Cafú, capitão de seleção do pentacampeaonato. Cafú foi expulso do vestiário enquanto cumprimentava os jogadores ontem. Este é o retrato do nosso futebol hoje, não honramos a nossa história.
Dilma tem sim que entregar a taça para outra seleção. Este gesto será o retrato do valor que ela deu ao nosso futebol nos últimos anos! Eles levarão a taça e nós ficaremos com nossos estádios superfaturados e nenhum legado material, porque imaterial, mostramos para o mundo que com toda nossa dificuldade, somos um povo feliz"

Que desgraça é essa?

Triste e com a esperança em frangalhos, resta-me alimentar esta suspeita atros de que algo foi pré-determinado. Se por Deus, num castigo renovador, curvo-me mas se mundano? Pior do que a minha tristeza é o medo de que ela possa aumentar. Se este canto enjoado de outras bandas reinar no século vindouro? Como limpar a casa se os abutres são muito fortes? Que desgraça é essa?


Arte de Marcos Andrade 3D2013

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Basta! Renunciem, Senhores José Marin e Marco Polo Del Nero

POR BOB FERNANDES, DIRETO DO RIO DE JANEIRO
É simples, Senhores Marco Polo Del Nero e José Maria Marin: renunciem ao comando da CBF.
Os Senhores são hoje, e há tempos, responsáveis pelo futebol brasileiro, esse personificado pela “seleção”.
O que o se viu no Mineirão, o que o mundo assistiu admirado, ou perplexo, foi  a seleção mais vitoriosa das Copas chegar ao fundo do charco.
Este foi o mais deplorável e triste estágio já alcançado pelo futebol brasileiro.
Não precisam chegar ao harakiri, como fazem orientais quando envergonham a si e aos seus. Basta entender que os Senhores fracassaram, que encarnam à perfeição esse fracasso. Basta sair de cena.
Permitam que a CBF, suas estruturas, o futebol como um todo se areje, se renove.
Os Senhores comandam o futebol brasileiro, mandam e desmandam, mas ele e sua riquíssima história não pertencem aos Senhores.
Os Senhores são herdeiros leais, fiéis, herdeiros não de sangue, mas de espírito, de uma linhagem.
Os Senhores herdaram a CBF, o futebol brasileiro, de Ricardo Teixeira e João Havelange. O ex- sogro e o ex- genro se viram obrigados a abandonar o futebol e –pasmem! – a FIFA.
Abandono com desonra. Por, informou a justiça suíça com repercussão em todo o mundo, terem recebido suborno.
O mando dos Senhores descende desses e disso.
Os Senhores são eleitos por federações que, várias delas, não resistem a uma investigação. Talvez não resistam sequer a três cliques num site de busca.
Os Senhores podem alegar, e alegam desde sempre: a CBF é uma entidade privada. Sim, embora seja mais privada do que entidade.
Essa entidade privada, ou privada entidade, tem hoje o seu ex-presidente, Ricardo Teixeira, passando temporadas de auto-exílio na Flórida, na localidade apropriadamente denominada Boca Raton.
O Senhor Teixeira sucedeu seu ex-sogro, Havelange. Este teve que deixar, e pelo mesmo motivo, também o Comitê Olímpico Internacional; além de apear-se da presidência de honra da FIFA.
Os Senhores, talvez ainda haja quem não saiba, se sucedem nesse cargo por que assim quiseram tais antecessores. Os expelidos do futebol. Simples assim.
Sabemos como funcionam as coisas. Os Senhores anunciarão medidas drásticas, talvez até espetaculares. (Quem maneja esse espetáculo, e ganha muito com ele, vai precisar disso).
Quem sabe não reconhecerão em público que o futebol brasileiro, seus técnicos, táticas, filosofias, jogadores, precisam de um profundo processo de modernização. Precisam de inteligência, de buscar para se modernizar as origens que levaram ao sucesso.
Como vimos nessa extraordinária Copa, enquanto regredimos o mundo todo avançou, quem ainda não sabia já aprendeu a jogar.
O Brasil desaprendeu, como vimos no catastrófico e histórico 7 a 1 imposto pela renovada Alemanha no Mineirão.
Renunciem, Senhores Marin e Del Nero –sim, sabemos que o Senhor ainda não assumiu, mas renuncie à sua assunção.
O futebol do Brasil tem servido a gente como os Senhores, mas não lhes pertence. Pertence aos brasileiros. É uma representação simbólica e afetiva do povo brasileiro.
Mais até.
Por longevo, glorioso, está nos capítulos principais da história do futebol no mundo, assim como estão a Alemanha, a Itália, o Uruguai, a Argentina, a Espanha recente, a fundadora Inglaterra…
Sim, sabemos pela sucessão de escândalos mundo afora: o futebol, como qualquer negócio bilionário, pode ser sujo.  Mas basta! A entidade é, tem sido, demasiadamente…privada.
Basta de jogos às 10 da noite porque a TV assim quer e manda.
Basta de uma TV, seja ela qual for, impor tudo no futebol, de maneira arrogante, em nome dos seus gananciosos interesses.
Basta de “comprar” três ou quatro times de grande torcida e esmagar, abastardar os demais, torná-los “o resto”  no curto e médio prazos.
Basta de, país afora, futebol às terças e sextas, quando não sábados à noite, um futebol medíocre, de segunda ou terceira, apenas e tão somente para que se venda publicidade de quarta.
Basta de eleger gangsters para dirigir federações e, sim, isso não se resume às federações.Os clubes, os times devem se livrar da pilantragem… E a receita tem sido a mesma para tantas das confederações.
Por todo o Brasil, nas cenas exibidas nos telejornais, nas redes, nas fotos, crianças, a semente do futuro, choraram com a degradante queda do futebol brasileiro.
Sim, Senhores, discursos e teses à parte o futebol, queiram ou não, significa no Brasil e para o Brasil bem mais do que o que se joga em campo. É um símbolo, é representação cultural, é memória afetiva.
Por isso, nesse 8 de julho, tanta gente chorou no Brasil.
Escondidos, ou tornando ódio a dor, choraram mesmo os oportunistas, os que à falta de ideias e discurso refocilam nos despojos e restos da derrota.
Que prevaleça o bom senso. E que o Bom Senso dos jogadores faça, da mesma forma, a auto-crítica e dê início ao recomeço.
Futebol se aprende, se vence, com técnica, dedicação, tática, inteligência, aprendizado constante. Não com auto-ajuda, psicologia de quinta, não rogando a cada lance a intervenção do Divino.
Até porque, já deveriam ter lido o que foi escrito e aprendido: não se usa o nome Dele em vão, muito menos em público.
Que os rapazes tenham apreendido a lição: se derrotas são inevitáveis, derrotas ensinam, ou devem ensinar.
Um futebol  com a história do futebol brasileiro, e com essa mancha agora eterna, não pode seguir mimado, cheio de vontades. Profundamente infantilizado por adultos.
Um futebol de jovens e adultos jovens cercados pela ação inescrupulosa e voraz de agentes, empresários, “grupos” e quetais…
Os Senhores dos comandos que, entre outros, faturam com o futebol, que se apropriaram progressivamente do futebol e nele produzem suas receitas, são os responsáveis.
Ajam como tal. Façam como fez Felipão. Assumam o fracasso.  E saiam. Larguem o butim.
Não enrolem enquanto esperam a poeira baixar, sempre com a ajuda e omissões obsequiosas da mídia amiga e sócia nesse espetáculo degradante.
Renunciem. Os Senhores são os responsáveis maiores não apenas pela mais humilhante derrota na história do futebol brasileiro.
Os Senhores, e antecessores, são responsáveis por muito mais. Por vitórias, certamente, mas elas não bastam para esconder o que salta aos olhos.
Não escondem, não esconderão jamais esse 8 de julho de 2014, o resumo dessa ópera que emporcalhou a longa e vitoriosa história do futebol brasileiro.
Basta! Renunciem!