quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Um olhar lá na frente

Após completar um mês no comando do Brasil, técnico Clemer avalia como positiva arrancada na frente do Xavante e quer rubro-negro brigando na parte de cima da tabela.

Técnico vai aproveitar a parada para acertar a equipe
(Foto: Jô Follha - DP)

A carreira vitoriosa de inúmeros títulos como atleta é o reflexo da própria postura de Clemer. Um profissional que visa conquistas e quer deixar marcas por onde passa. Foi assim como goleiro e é assim que quer ser como treinador. Não se contenta em apenas passar pelo estádio Bento Freitas. Quer escrever seu nome na Baixada, como está escrito no Beira-Rio. É com essa postura que ele resgatou a confiança do elenco xavante e iniciou o processo de retomada das boas atuações e vitórias. 

"Passa pelo que foi minha vida como atleta. Pelas conquistas que tive e o profissional que eu fui. É um espelho para eles, como eu tive vários quando atleta. Ninguém é perfeito. Eu tive meus erros. Mas acredito que 99% eu tentei fazer o meu melhor. E não se pode passar aqui só por passar, tem que fazer história. Para os outros atletas quando estiverem aqui verem quem conquistou. E isso deixa raiz e deixa marca", afirmou o técnico em entrevista exclusiva para o Diário Popular.

Para deixar essa marca, Clemer irá usar a parada de 15 dias entre a vitória frente ao Goiás e o confronto contra o Náutico no próximo dia 6. A comissão técnica prioriza a evolução física da equipe. O diagnóstico é que falta ao elenco uma maior resistência para encarar as maratonas de dois jogos por semana. 

O treinador e o preparador físico João Goulart admitiram que o percentual de gordura e a baixa massa muscular de boa parte do grupo preocupam. A pouca treinabilidade que o elenco vinha tendo antes da nova comissão assumir é apontada como um dos fatores principais. Além do foco físico, a parte técnica e tática também será aprimorada nestes dias de treinamentos. 

"A parada é muito importante. Vamos trabalhar a parte técnica, tática. Vão aparecer coisas novas. É repetição. Por isso o dia a dia é importante. Pode ter certeza de que vamos tirar bastante proveito", avaliou. 

Um mês 
São quatro vitórias, um empate e duas derrotas desde que Clemer assumiu o clube. Porém, o principal fator foi a mudança de postura da equipe dentro dos confrontos e a evolução técnica e tática que foi vista. Algo que tem agradado o comandante. 

"Um mês bem produtivo, pelo desempenho da equipe. Eles conseguiram assimilar o que viemos passando. A gente vê uma evolução e um crescimento dentro das dificuldades que temos. Bastante organização e conscientização dos jogadores. Da entrega deles e sabendo o que querem. Para poder chegar em campo e desenvolver um bom futebol." 

Logo na chegada. Clemer havia destacado que o clima do vestiário "parecia velório". Após a vitória frente ao Goiás já foi possível ouvir os atletas fazendo pagode no vestiário. A retomada da confiança dos jogadores foi o primeiro pilar erguido pelo técnico. 

"Um bom ambiente é fundamental. Tudo dentro de um profissionalismo. Na minha vida foi assim onde eu passei, fui líder e capitão. Um vestiário tem que ter vários capitães e todos ter sua participação. A aqui tem que ser equipe e não 'euquipe'. Todos têm que querer juntos. Com pé no chão tem muita coisa pela frente." 

Sonhando alto? 
Em meio à avaliação do treinador, é possível notar um grau de confiança. Clemer não quer uma equipe que apenas deixe o Xavante na Série B. O treinador sonha em disputar o acesso. 

"Jogos muitos parelhos. Tirando o Internacional que está acima dos outros times devido à qualidade técnica e estrutura. Era só questão de tempo que encaixasse. Agora vai ser campeão com folga. Os outros a tendência é dar uma caída. E nesse período que você tem que tá forte, dar uma arrancada pra sair dessa zona de desconforto. Aí quando foge, a tendência é olhar lá para a frente." 

Uma arrancada é vista como fundamental para trazer o torcedor outra vez em peso ao estádio. "Precisamos contar muito com o nosso torcedor. Sem a presença dele fica muito difícil para nós." - Por Vinicius Guerreiro - Diário Popular



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