segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Futebol holográfico

Em isto acontecendo eu vejo os clubes de futebol guspindo no prato que os sustentou durante décadas. Não tenho dúvidas em afirmar que, sem as rádios, o futebol brasileiro não seria a metade do que se tornou em termos de “preferência nacional”. Soma-se a essa força os jornais. Agora, essa nova mídia que hoje banca as grandes competições futebolísticas está dando um novo arranjo ao esporte e trazendo à baila outros que outrora nem passava pelas nossas ideias em assisti-los entre eles o vôlei para citar apenas um. Soma-se a essa avalanche televisiva o fato de que meia dúzia de clubes ganham centenas de milhões a mais do que outros criando um buraco negro onde muitos sucumbirão numa partilha desigual e discriminatória. Sinal dos tempos, onde penteados, tatuagens e chuteiras coloridas dão o ar da graça numa viagem sem volta porque “o futebol moderno” realmente vai desbancar a garra, o improviso e a paixão. E ainda tem a questão do Torcedor. O verdadeiro motivo de tudo isso, aconchega-se mais e mais às poltronas e camas residenciais perdendo a verdadeira emoção, o delírio e a sensação de ser parte integrante do espetáculo. Escrevam aí: “o futebol do futuro será holográfico e os resultados ditados por quem pagar mais”. Imagens balançando daqui prá li enquanto os verdadeiros robots assistirão hipnotizados até a alma. Uma pena!


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