quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Descaminho


Encurralado entre a corrupção de uns e o ódio de outros, eis o Brasil que eu não quero.

Se na campanha passada tivemos a queda do avião que conduzia Eduardo Campos/PSB, agora temos este também lamentável episódio contra Bolsonaro/PSL.

É este o caminho? Claro que não. Só um profundo questionamento poderá nos levar a Luz necessária para dias melhores.

Há algum tempo atrás eu estava certo de que anularia o meu voto. Seria a primeira vez em minha vida que isto aconteceria.

Mas as primeiras palavras de Bolsonaro me fizeram mudar de ideia. Achas que eu votarei nele? Não, não votarei em quem usa uma criança como aparato bélico.

Seu palavreado obcecado por armas me fez mudar de ideia e começar a procurar alguém capaz de fazer as mudanças que o País precisa, sem esta apologia desgraçada de combater violência com mais violência.

Nem tudo o que ele prega está errado, muito pelo contrário. Mas a forma que de execução é que são elas.

É possível que Bolsonaro quebre esta corrente corrupta que tomou conta do País. Mas e o preço? Força bruta, golpe militar (ele próprio já admitiu), represália, extermínios em nome da unção da Pátria?

A corrupção sangra o País e os governos sucedem-se numa escala descarada onde o que conta é o quanto cada um vai roubar mais do que o outro.

Quem um dia foi esperança, hoje está tão enlameado quanto o mais corrupto dos partidos. Tudo na base do jeitinho brasileiro disfarçado em coalizões que pregam a governabilidade, mas que apenas partilham ministérios na busca única do poder.

Daí é golpe, traição, revolta, desesperança, vingança e ódio que corrói os alicerces da Democracia hoje apunhalada covardemente.

Que este ato insano pare por aqui e que o candidato que vencer chegue à Presidência com a consciência da necessidade de unir a Nação através de ações capaz de promover o bem social e o desenvolvimento através de medidas justas.


Foto: Fabio Motta/Estadão - 06.09.2018


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