domingo, 28 de maio de 2017

O que importa é a vitória

Eu sou torcedor das antigas e futebol bom para mim, independente de treinador, é aquele tradicional quando o público vivia num senta-levanta adoidado nas arquibancadas. Tudo ao sabor das jogadas, acalentado por vaias (aos adversários), uuuuuuus e aplausos. Terminado o jogo festejava Princesa Isabel afora (às vezes ia até a avenida...) ou ia lá no portãozinho que mais parecia um brete mostrar o descontentamento. Grandes festas e igualmente grandes confusões, mas no jogo seguinte era outra história. A paixão imperava e, no berro, levávamos o Time a vitórias fabulosas.

Hoje a história é outra. Músicas ensaiadas, mimimis facebookianos, xingamentos digitados e trocentas alternativas extra-arquibancada. O ingresso foi substituído pelo patrocinador e pela tv e a emprensa abstém-se de ir a "campo" em busca da notícia e entra na ladainha repercutindo o que seus “seguidores” on-line vomitam.

Daí endeusar ou defenestrar Rogério Zimmermann é como tirar pirulito de criança. Acho engraçado esta questão de "Corneteiros" e "Conformistas" porque, na real, o que importa é a vitória. Esta sim, nos põe tanto lá quanto cá. Fora disto é só birra ou provocação.

Por isso sinto-me à vontade quando elogio ou quando meto o pau no treinador, em algum jogador ou até no Presidente do Brasil. Sei que todos eles estão ali de passagem e a História vai ser o juiz maior limpando qualquer erro que eu cometa. Mas, claro, sou precavido e valho-me única e exclusivamente da paixão na hora em que me manifesto para não dar panos prá manga.

Sejamos simples e persistente como Marcola; dedicado e apaixonado como Milar; onipresente como Andrezinho; é isto que vale. O resto é esperança, vitória, três pontos.

Não te agacha Zimmermann!

Dá-lhe Brasil!

Xavante Munhoso - foto: Tiago Rodrigues Bastos

Nenhum comentário:

Postar um comentário