terça-feira, 18 de janeiro de 2022

O Trem Pagador está de volta

Tudo começou em trinta de setembro de dois mil e vinte e um. Era para ser por eleição, mas como a chapa foi única deu aclamação mais uma vez no G. E. Brasil.

Bem, dizer que começou no último dia de setembro do ano da bancarrota do Brasil é faltar com a verdade. Pelo menos com a minha verdade.

Confesso que eu vinha cabisbaixo com a debandada de Torcedores no Bento Freitas e principalmente de Sócios na linha de frente do Brasil. Pudera! A filosofia era “jogar para não cair”, “o que importa é o resultado de campo”, “comigo não cai”... Mas caiu. Não com o lendário. E sim com o legado “dos assuntos internos”. Consequência: divida descomunal e quilômetros de ações em tribunais nada abonadores. Descrédito total.

Eu estava em vias de encerrar minha participação como membro do Conselho Deliberativo do Clube tal era a falta de perspectivas positivas para o ano que se anunciava como a pá de cal para a era dos campeonatos nacionais.

Mas. Diachos! Eu estava quieto naquela fila. Cumpria minha devoção. Era dia de pagar a mensalidade de Sócio.

“Ah! Munhoso! Quero falar contigo”, disse-me um dos últimos integrantes da gestão que implodiu. Gaguejei no primeiro não. Joguei uma tonelada de desculpas. Todas verdadeiras. Mas também é verdade, todas incapazes de neutralizar a minha vontade de ver o meu Time sair daquele inferno de resultados humilhantes.

Sei lá como foi formada aquela Chapa. De repente me vi integrando a Mesa Diretora do órgão maior do G. E. Brasil. Coisa para feras. Não para um visionário como eu.

Chamo eles de “iluminados”. Claro que sempre sou rebatido. Azar. Eu falo o que penso. E não são?

Como explicar aquele peitaço sugerindo a renúncia dos remanescentes da gestão anterior? E a coragem de apresentar o “Guri” para vice de Futebol? Quem, se não uns iluminados, seria capaz de transformar um Conselho pouco participativo em diversos Grupos de Trabalho onde a discussão de ideias e o comprometimento com o destino do Brasil seja obra de todos? Romper contratos adversos, cavucar novas fontes de renda, vencer o descrédito de mal pagador não é coisa para um ser comum. Evânio, Pablo, Colvara, Eduardo, Arthur, Jones, Leandro e Manoel são sim iluminados. E eu? Bem, eu caí de gaiato naquele meio e estou fazendo das tripas coração para poder acompanha-los.

Sei que ainda há muito a percorrer. Mas está muito clara a mudança de ânimo. Até um novo jargão surge onde antes se rosnava comendo sanduiche de cuecas. “Estou iludido até aqui”. Isto nada mais é do que uma nova maneira do velho “Eu acredito”. A turma do teclado é rápida e já captou que o momento é outro. Bem outro.

“O Brasil de todos” vem para resgatar tudo o que perdemos. Não importa se perdemos por Covid-19, por erros de direções ou por fracasso nas quatro linhas. A questão é que perdemos.

Mas, sem essa de aceitar passivamente. “O Brasil está onde deve estar” só é verdadeiro se tiver luta. Guerra! Coragem! Fazer valer a força d’A Maior e mais Fiel em qualquer lugar, mas principalmente no Estádio Bento Freitas.

Chega de sofrer Torcedor. O que tu chorou, chorou. A hora da verdade chegou. E não tem verdade maior do que tu ir lá na Central de Sócios e mandar reativar o teu cadastro.

Àqueles que nunca foram Sócios está aí a grande oportunidade. É de nove pilas e pouco até cento e lá vai marcola.

Báh! Marcola! Nosso Torcedor Maior. Símbolo eterno. E não é que a campanha “O Brasil de todos” contempla aqueles que nada podem pagar? Como assim? Simples. Se você está desempregado, pega a tua Carteira de Trabalho e apresenta. Pronto. Para início de conversa duzentos Sócios a custo zero assistirão aos jogos do Brasil no Bento Freitas.

“Ah! Mas assim como tu afirma que o Trem Pagador está de volta Munhoso? Sócios de graça?” algum afoito pode pensar.

Ora, ora, se em um ou dois dias recuperamos cerca de três mil Sócios a lógica me diz que durante o Campeonato Gaúcho chegaremos a uns dez mil.

Essa campanha de Sócios não é uma ação estática. Única. Repetitiva. Como a jogar a responsabilidade do sucesso do Brasil mais uma vez no Torcedor. Não. Ela vem calcada no compromisso da transparência, organização e coragem de um grupo diretivo com ideias inovadoras e que abraça a todos.

Enfim, como diz Belchior “Ano passado morri. Mas este ano eu não morro”.

Foto: Xavante Munhoso

Torcedo Xavante, participe decisivamente da vitória do G. E. Brasil. Seja Sócio!



3 comentários:

  1. É isso ai vamos pra dentro com está nova mentalidade e dele xavante

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  2. Devido ao descalabro administrativo e financeiro, provocado pela gestão anterior, achava muito difícil, aglutinarmos forças para uma reação, hoje estou mais confiante numa retomada com a volta da torcida e os novos gestores do clube serem mais competentes, cada um fazendo sua parte seremos mais fortes.

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    1. Com o apoio do Torcedor e uma resposta positiva para a campanha de Sócios "Nós este ano vamos vencer!".
      Dá-lhe Brasil!

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