quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Somos muito mais do que isto


Tchê! A primeira vez que usei esta expressão foi em setembro de dois mil e onze (xavantemunhoso.blogspot.com - 16/09/2011). De lá prá cá muita coisa boa aconteceu e o G. E. Brasil saiu de uma famigerada Segundona Gaúcha para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Por que então esta angústia, esta quase tristeza, esta amargura que carrego em meu peito?

Naquela época eu tinha como proposta o “I Encontro Nacional dos Torcedores do G. E. Brasil” cujo lema era “Somos muito mais do isto!”, a missão “Duplicar a participação da Torcida em todos os setores do Clube” e como ação “Divulgar as ideias que visam o crescimento de nosso Clube”.

Tratei de tudo quase que na encolha. Escolhendo um a um aqueles que abraçariam esta causa comigo e pedindo a todos “boca de siri” até que o evento estivesse totalmente planejado e discutido nos mínimos detalhes.

Uns me incentivaram, outros diziam que eu era um visionário querendo mexer em vespeiro e coisa e tal. Mas a unanimidade era de que precisávamos fazer alguma coisa para balançar a Massa Xavante que andava machucada pós dois mil e nove.

A pegada não ia ser fácil realmente porque os debates propostos tratavam dos seguintes temas: Infraestrutura, Quadro Social, Categorias de Base, Departamento Profissional, Econômico-Financeiro, Mídia e História. Infelizmente não fui capaz de seguir adiante e o Encontro morreu na casca.

Salvo engano, a Mídia (via facebook) e as Categorias de Base melhoraram. Quer dizer, as Categorias de Base deram um grande salto e isto é muito bom. Mas o resto vai um passo e volta outro parecendo um caranguejo.

Instalou-se no Bento Freitas um pensamento tão pequeno que a manutenção, a duras penas, no Gauchão é festejada como Copa do Mundo.

Não temos dinheiro para isto; não temos dinheiro para aquilo é voz corrente e assim vamos levando tudo com a barriga e sem um debate profundo do Clube.

A esperança da vez é o novo Conselho Deliberativo (do qual faço parte). Mas vai ter cacife? Entre Conselheiros Natos e Conselheiros eleitos são cento e noventa e nove conforme o site do Brasil.

Antigamente, creio eu, a principal função do Conselho Deliberativo era dar sustentação financeira à Diretoria, mas agora os tempos são outros. Precisamos partir para o debate, afinal, o Conselho Deliberativo é o órgão representativo do Associado.

Fruto de muita luta inclusive da atual administração, o Brasil conquistou verbas importantes. Hoje tanto a FGF quanto a CBF injetam valores consideráveis nos clubes participantes das principais competições do Estado e do País e o Brasil há uns cinco anos está inserido neste contexto.

Uma exposição na Camisa do G. E. Brasil leva a marca para todos os cantos do País e um Departamento de Marketing pode tirar proveito disto e obter bons recursos para o cofre do Clube. Mas cadê os marqueteiros da Baixada?

O Quadro Social, em que pese estar muito aquém do necessário, há muito tempo ultrapassou os mil e poucos existentes quando o atual Presidente assumiu o G. E. Brasil pela primeira vez. No auge chegou a uns dez mil. Ops! Talvez não. Quem sabe sete ou oito mil. Vai saber?

Entre tantas, esta é uma das “caixa preta” no Bento Freitas. Mas quando o número de Sócios cai vão para a imprensa cobrar da Torcida.

Enfim! A falta de recursos não é só pelo atual momento econômico do País, mas também por uma gestão que deu certo nos primeiros anos e depois sucumbiu diante de contratações e dispensas equivocadas.

Para quem dizia dos acertos jurídicos e trabalhistas comparar as notícias de agora vira pesadelo. O descrédito se confirma com o afastamento de parte importante da Torcida e, de certo, de colaboradores que cansaram de só abrir a guaiaca e pouco ou quase nada influenciarem nas decisões da Entidade.

E agora? O que fazer? De minha parte, não creio que Ricardinho seja capaz de dar a volta por cima.

Ele vai insistir em renovações que sabidamente não têm mais como dar uma boa resposta dentro de campo. Entra ano, sai ano e aqueles atletas que aprovam simplesmente vão embora por falta de uma boa solução do Clube.

Sei que ele está calçado nos diversos acessos que conseguiu. Afinal, que presidente tirou o Brasil de uma famigerada Segundona Gaúcha e nos levou à Série B do Campeonato Brasileiro?

“Tá bom assim”. “Não tem quem pegue”. “Se tu faz melhor, vai lá e pega”. São mantras que empacam o G. E. Brasil de entrar nas competições com uma Equipe capaz de realmente disputar de igual para igual com os adversários.

Estatutariamente, a atual Diretoria tem até dezembro de dois mil e vinte para comandar o Clube. Isto é bom ou é ruim? Passo a bola para o Conselho Deliberativo.

De certo, certo mesmo afirmo que “Somos muito mais do que isto!”.



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