domingo, 3 de maio de 2015

Mais uma vez, campeões

Parabéns Internacional de Porto Alegre! Fizeram jus a todos os pênalts interpretados a favor.

Parabéns Chico Colorado! Pode dormir em paz.

Um abraço Luiz Filipe Scolari! Assim como o Interior, ficaram a ver navios mais uma vez.

Meu cumprimento às torcidas do Cruzeiro, Ypiranga, Novo Hamburgo, Lajeadense e Juventude que, mesmo vendo seus times em inferioridade numérica em jogos contra  dupla gre-nal, honraram a tradição do futebol gaúcho.

Salve Torcida Xavante! Bi-Campeã do Interior num ano em que vários times disputaram esse título palmo a palmo. Parece pouco, mas não é, diante da máquina pré-ajustada em favor da mesmice interesseira que tudo faz para que o título vá para a Capital.

Aqui no Pampa, de tempos em tempos, um consegue desbancar a dupla gre-nal assessorada pela FGF e  imprensa (hoje muito bem representada pela RBS, "associada" da Rede Globo).

O último clube do Interior campeão gaúcho foi a S. E. R. Caxias do Sul. Isto em dois mil, quinze anos atrás. Nessas noventa e cinco (95) competições de Primeira Divisão, Grêmio e Internacional ganharam oitenta vezes. Eu disse oitenta (80) vezes. Já o Interior inteiro conseguiu uns míseros quinze campeonatos.

Sei que hoje Grêmio e Internacional são clubes muito mais poderosos mas a que preço isso aconteceu? Quantas e quantas vezes o juiz interpretou um lance "duvidoso" a favor de colorados ou tricolores?

Até hoje, a maior glória do Interior cabe ao Guarany de Bagé com duas conquistas (1920 e 1938). Um Bi-Campeonato que merece todas as honras diante da estapafúrdia balança maquiavélica apresentada especialmente a partir de mil novecentos e quarenta. Pesquisem para ver. Até essa data, além de Grêmio e Internacional, outros onze clubes conseguiram ser campeões. A partir daí começou a desgraça.

De mil novecentos e quarenta a mil novecentos e cinquenta e três dois títulos para o Grêmio e doze para o Internacional. Mas, pelo menos, teve um detalhe importante, todas as decisões finais foram contra clubes do Interior. Em mil novecentos e cinquenta e quatro o Renner (de Porto Alegre) foi o campeão tendo o G. E. Brasil como Vice-Campeão na última decisão entre dois clubes que não a dupla gre-nal.

Daí para cá foi um horror. Sessenta e um campeonatos dos quais a dupla gre-nal abocanhou cinquenta e nove e os clubes do Interior apenas dois. Vejam bem, dois. O Juventude em mil novecentos e noventa e oito e o Caxias no já distante ano de dois mil.

O quê fazer diante de tamanho disparate?

Quando o Interior do Rio Grande do Sul vai se unir contra os rapineiros que nos matam lance a lance, pênalt a pênalt, interpretação a interpretação?

Hoje a nação colorada está em festa mas poderia ser a gremista. Nessa hora, não sei qual o critério que usam para definir o campeão já que os dois são porto-alegrenses. Não acredito que seja o técnico porque, nas quatro linhas diversos times fizeram partidas melhores que Grêmio e Internacional mas perderam no detalhe, na "interpretação".
Guarany de Bagé Bi-Campeão Gaúcho
1920 e 1938

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