Comecei esta Copa
alienado, confuso, em luta contra mim mesmo. Jamais estive tão alheio com relação
à Seleção Brasileira, mas no quatro de julho aquele espírito mágico tomou conta
de mim. Diante de tantos brasileiros torcendo a favor da Argentina, o sangue
ferveu e comecei a torcer num verdadeiro contraponto. Um paradoxo porque, a
cada viaduto que caía eu teimava a acreditar que iríamos ser campeões e o Hexa
estancaria a avalanche superfaturada. Sete a um é muito mais do que vergonha, é
suplício à moda medieval. Empalada que foi, a CBF de certo sofrerá uma
grande mudança. A gestão de agora conseguiu enxuvalhar definitivamente a Canarinho
de tantas glórias. Alguns tontos (dentre eles, eu) acreditavam que a
reconquista da hegemonia futebolística mundial poderia trazer um período de progresso
dentro e fora das quatro linhas. Mesmo que este mineiraço derrube Jose Maria
Marin e sua diretoria, vagaremos neste mar de lama por um bom tempo. Na narração
desses intermináveis gols na voz de um estrangeiro ouvi esta terrível verdade
com relação ao nosso futebol: “Futebol domesticado pela Fifa”. Esta muito clara
a união Fifa, CBF e governo brasileiro, basta ver o preço das “coisas”, Num mea
culpa final não posso negar: eu acreditava no Felipão.
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