Esta decisão não será fácil para a nação azul e ouro por
tratar-se de um caso de "lesa pátria". Sigam o meu raciocínio: se e
somente se, venderem a Boca do Lobo como vai ficar a Torcida Xavante? É público
e notório o apego dos Rubro-Negros por aquele pedacinho da av. Bento Gonçalves.
Numa cidade que tem a Associação Rural, o Clube Brilhante, o Fica Aí, o Clube
de Caça e Pesca, o Arealense, o Planalto, o XV de Julho e até o Centro de
Eventos, A Maior e Mais Fiel consagrou justamente o campo do Pelotas como seu Salão
de Festas. Esta venda, se e somente se acontecer, mexe com muitos interesses.
Já é tradição a farra futebolística da Nação Xavante em jogos na Boca do Lobo e
uma decisão dessa magnitude vem de encontro ao status quo do povo pelotense e
pode trazer prejuízos a ambos os lados. Vejam o que disse Augusto Santos nas
páginas do Diário Popular: "O Carnaval 2004 chegou mais cedo para a
torcida do Grêmio Esportivo Brasil. Festa na Boca do Lobo; festa na
cidade..." É em festas como a do Bra-Pel de 2004 quando o Brasil venceu o
Pelotas por 3X2 em plena Boca do Lobo que entendo ser uma decisão difícil esta
venda. Não é apenas uma transação imobiliária e sim a quebra de uma tradição. O
fim de um oásis. A destruição de algo fabuloso. Condomínio algum será capaz de abafar
a saudade que reinará na Princesa do Sul. Afinal, onde ser Campeão jogando com
nove atletas contra os onze do adversário senão na Boca do Lobo?
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