E agora, Tche?!?!?! E agora,
Tche?!?!?!
Difícil acolherar as
letrinhas numa hora dessas. Não sou de ficar em cima do muro e atesto que desde
o trombicado Gauchão eu já apostava na troca de nosso treinador.
Digo nosso porque Rogério
Zimmermann abancou-se no coração da Massa Xavante e nunca mais sairá. Daí,
tomar a decisão que Ricardinho tomou não deve ter sido fácil.
Nem vou entrar no mérito do
novo treinador. Não por desprezo, pouco caso ou discordar, mas sim pela
impossibilidade de alguém suprir esta lacuna que hoje sangra. O saudoso Valmir
Louruz, Felipão ou mesmo Tite seriam incapazes de anestesiar esta sensação de
vazio.
O turbilhão da rescisão com
Rogério Zimmermann trouxe o descompasso do coração, da pressão arterial e até
uma ou outra labirintite e a consequência imediata é que alguns ainda estão em
choque.
Mas não podemos esquecer a “sinuca
de bico” e os vinte e seis gols contra até então. E tem mais, como o Presidente
Ricardo Fonseca sempre justificou a permanência de RZ avalizada nos resultados
de campo era evidente que o momento do distrato chegara.
Sintomática era a falência
múltipla dos membros se a decisão não fosse tomada sem mais demora. Sem confiar
nos aparelhos, não tinha outra decisão a não ser a cirurgia radical.
Do resultado para o Clube,
só o tempo dirá. Mas que foi preservado o brilhante trabalho de Zimmermann como
treinador do Brasil, isto foi.
Não há benzocaína capaz de amenizar
aqueles que se debatiam contra a fratura exposta assim como não adianta os
apologistas se empanturrarem de sanduiche.
A era Zimmermann acabou. Um
fim apenas temporal é verdade. Porque RZ agora tem o seu nome gravado na
História. Não pela campanha fraca de agora, mas por seus quatrocentos e oito
jogos e mais de cinco anos ininterruptos comandando a Casa Mata e adjacências.
A simbiose
Ricardinho/Zimmermann teve um brilho incomum e deixou Troféus e conquistas que
confirmam a delicadeza do rompimento.
Em dois mil e treze, o acesso
à Série A do Campeonato Gaúcho depois de uma indigesta temporada na famigerada
Segundona. No mesmo embalo veio a conquista da vaga a Série D do Campeonato
Brasileiro num prenúncio de tempos “áureos”.
Dois mil e quatorze
contemplou a Torcida Xavante com o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro e
o título de Campeão do Interior no campeonato estadual.
Dois mil e quinze nos deu o
acesso à Série B do Campeonato Brasileiro e o Bi Campeonato do Interior do Rio
Grande do Sul.
Dois mil e dezesseis, o
apogeu das vitórias com uma grande campanha na Série B do Campeonato Brasileiro.
Para temperar mais ainda os
feitos de Rogério Zimmermann, duas participações na Copa do Brasil e a disputa
da Copa da Primeira Liga.
Mas, enfim, a despedida
chegou. Ao mesmo tempo em que era esperada, inacreditável que viesse a
acontecer também nos parecia. Algo meio maluco porque não é sempre que se corta
a própria carne.
Ricardinho, troncudo nas
palavras, fez um adeus cirúrgico. Agora é esperar a recuperação. Do Brasil, que
seja já; de Rogério Zimmermann, que seja o quanto antes. Os dois merecem
crescer mais e mais. Até a glória final.
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