Abraçado em meu machado,
sento a pua na madeira que, chorando, deita ao chão. Não há morte, apenas
transformação e o destino próximo será assar uma costela bem gorda, num
churrasco redomão temperado no sal grosso e na fumaça da lenha ainda verde.
Embora tente, não há como
esquecer este teclado tapado a farelo de sanduiche. Não deu outra, liguei o not
véio e taquei a dedilhar esta zoeira matuta.
Os dedos, lascados na lida
do rompe mato, agora deslizam avidamente tentando acompanhar um turbilhão de
pensamentos. Temer, Aécio, PT, PSDB, PMDB, Dirceu, Cunha e uma canalhada
infinda infestam meus pensamentos. Quanta repugna, quanta desilusão ao lembrar estes
ladrões pátrios. Será que vão conseguir calar a “Lava-Jato”?
De mansinho, tento desviar
dessas desilusões. Mesmo assim, as ideias continuam atrapalhadas. Obras, Bento
Freitas, Zimmermann, Ricardinho, Série D, C, B, Comissão de Obras, Leandro
Leite, G4 e o temível Z4 veem à tona tonteando-me mais que esta canha que me
acompanha suavemente.
Aconchegado em um banco
falquejado de um pinheiro, meu rádio repercute músicas gauderias daquelas de
fazer a infância chegar abençoada pelas lembranças de Santa Vitória.
Claro, o futebol sempre
vence. Não que eu jogue alguma coisa, mas impregnado na minha paixão. Torcedor
nato, nem precisei fazer uma escolha. Veio com a vida e o Xavante é minha veia
maior. Identidade pura, sem contra partida e apenas comandado por meu coração
sigo até onde Deus quiser esta sina maravilhosa.
Vi Caçapava, Birinha,
Osvaldo, Andrezinho, Joceli, Silva, Marco Aurélio, Geovio, Mortoza e, claro, nosso
mais recente ídolo Cláudio Milar reinarem sob o berro d’A Maior e Mais Fiel.
Sei que é injusto citar apenas estas estrelas quando a constelação é comparável
à soma das oitenta e oito constelações conhecidas.
Deslizando perigosamente,
vejo o meu Xavante flertando com a turma de baixo da tabela. Que coisa horrível
e perigosa só de pensar. Dezenove gols contra em doze partidas. Há quanto tempo
não se via isto? E agora Rogério Zimmermann? Não te agacha tche! Põe fogo nesta
fornalha para o “Trem Pagador” voltar.
Um fenômeno pior ainda
penumbra o horizonte. Torcedores de fé (?!?!?!) dizem saírem do Quadro Social
em represaria ao palavreado reinante tanto cá quanto lá. Oportunistas, cuecas e
outras alfinetadas embaralham o meio de campo. Claro que não vou citar aquela
enxurrada de besteiras chulas propagadas on-line porque ai sim o meu teclado
transbordará de imundícies.
Numa cutucada discreta meu
rádio diz: “Eu prefiro ser/ Esta metamorfose ambulante/ Eu prefiro ser/ Esta
metamorfose ambulante/ Do que ter aquela velha opinião sobre tudo/ Do que ter
aquela velha opinião sobre tudo/...”. É Raul Seixas invadindo a área para eu cair
na real.
Logo agora que eu ia falar
do Oeste e do Figueirense. Taí seis pontos que não podem faltar. “Uh!
Caldeirão!” como estará? É fato consumado: Nóis endeusa, mas Nóis corremos
também.
Antonio Fierro, Bento
Castelã, Chico Fuleiro, Galego, Luiz Filipe, Mano Menezes, Óscar Urruty, Osvaldo
Barbosa, Paulo Cotelari e Walmir Louruz, entre tantas feras que já comandaram “Os
Negrinhos da Estação” massageiam minhas lembranças.
Agora quem dá o tom é Rogério Zimmemann com suas inegáveis conquistas. Mas RZ conseguirá a cereja do bolo para a Massa Xavante? O retorno à elite do futebol brasileiro está na mente de muito Rubro Negro desde aquele famigerado canetaço. Quantas agruras passamos até chegar a era Zimmermann? Depois dessa grande bonança deixará cair a rapadura?
Agora quem dá o tom é Rogério Zimmemann com suas inegáveis conquistas. Mas RZ conseguirá a cereja do bolo para a Massa Xavante? O retorno à elite do futebol brasileiro está na mente de muito Rubro Negro desde aquele famigerado canetaço. Quantas agruras passamos até chegar a era Zimmermann? Depois dessa grande bonança deixará cair a rapadura?
O sonho é o mesmo. Ganhar,
ganhar e ganhar; sempre em busca de mais outra Taça. E eu, como sempre, estarei
na Baixada ao lado do G. E. Brasil esteja quem esteja nas quatro linhas, na casamata
ou com o poder da caneta na mão.
O sol se foi e a
segunda-feira bate à porta anunciando uma semana cheia de emoções. Oeste na
terça e Figueirense na sexta de certo determinarão as batidas de meu coração e
de milhares de outros Torcedores do G. E. Brasil. Resistirá a Casamata? Espero
que sim, mas como dizem por aí: “A fila anda”.
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