Ricardo Fonseca foi eleito pela
primeira vez para Presidente do G. E. Brasil em novembro de dois mil e onze e
deverá liderar o Clube do Povo até o final de dois mil e dezoito. Por si só,
este record de tempo como dirigente maior do Xavante já o coloca em definitivo
na Historia do Brasil. Mas a contratação do treinador Rogério Zimmermann e,
principalmente, as conquistas advindas com a Equipe formatada a partir daí
realmente sacramentaram este fato histórico.
Dois mil e onze eram tempos
difíceis visto que o Rubro Negro da Princesa do Sul amargava a famigerada
Segundona Gaúcha. O início da primeira gestão Ricardinho foi complicado e com
algum revés principalmente devido à carga negativa advinda das campanhas
anteriores em busca do tão sonhado acesso à Série A do Campeonato Gaúcho.
Mas já em dois e doze
Ricardinho dá uma tacada certeira e contrata Rogério Zimmermann não só para
treinar o Time como para organizar o Departamento de Futebol e tudo o que dissesse
respeito a Casa Mata e adjacências.
De lá para cá muita coisa
aconteceu e dizerem que RZ mandava e desmandava em tudo era o de menos. Com
certeza, o tempo se encarregará de fortificar algumas histórias e, logicamente,
criará algumas lendas.
Mas e de prático, qual foi
mesmo o resultado deste contrato? Bem, aí é passar manteiga no focinho do gato
porque todo o mundo sabe. Há uma sequência de conquistas até então nunca vistas
e o tão sonhado acesso no Campeonato Gaúcho foi a primeira.
Dois mil e doze, salvo um ou
dois sustos, foi um passeio e o título de Campeão da Série B do Campeonato
Gaúcho foi a credencial determinante para um novo ânimo.
E dois mil e treze?!?!?! Ser
Campeão do Interior ficou barato diante da garra, da organização e
competitividade do Time de Rogério Zimmermann, a descoberta de Ricardo Fonseca.
Na sequência, dois mil e quatorze, o Brasil é Bi-Campeão do Interior Gaúcho e
os sonhos ganham alturas e sentam praça nas competições nacionais.
Crise num clube aqui, noutro
clube ali e o nome de Rogério Zimmermann passa a figurar em listas e mais
listas. Até a crônica de Porto Alegre volta e meia sugere a contratação do
Comandante-em-Chefe do Brasil para clubes de lá, mas Ricardinho segura a bronca
e banca sua estrela maior com antecipações de contrato sem nenhuma dúvida.
Recuperado o terreno a nível
estadual, é chegada a hora de peitar a CBF novamente e recolocar o Brasil no
convívio dos grandes do futebol brasileiro. Pressão daqui, pressão dali
cornetas, alegações mil querendo a troca do treinador porque muitos achavam que
Zimmarmann não se sairia bem na nova competição.
Mais uma vez Ricardo Fonseca
aposta no seu projeto escudado por Rogério. A essas alturas já nem se sabe quem
é quem diante da simbiose fenomenal ocorrida no Bento Freitas.
E deu liga. Começando de
baixo, da Série D, o Time do Brasil foi rompendo barreiras, impondo respeito,
subindo degrau a degrau, como manda o figurino. Passou também pela Série C,
vindo a fixar residência na Série B do Campeonato Brasileiro. Temperando esta
feliz trajetória, a Copa do Brasil e a Primeira Liga atestaram a grandeza do
trabalho de Ricardinho e Zimmermann.
Tudo isto quase à revelia.
Postado muito mais na fé de um projeto e na crença em Rogério Zimmermann do que
na estrutura futebolística do Clube que preside há cinco anos.
Mas exercer a Presidência do
G. E. Brasil tem seu preço e a duplicata foi alta. Apesar das muitas vitórias e
das grandes conquistas, o momento nas quatro linhas não é bom. A Nação Xavante
clamava por uma decisão drástica. Em absoluto há unanimidade, é verdade, mas
uma grande parcela já de há muito exigia o fim da “Era Zimmermann” como já,
merecidamente, está marcado este tempo.
Hoje a notícia eclodiu.
Mesmo muitos querendo (inclusive eu) foi um choque. Um paradoxo porque no fundo
achávamos que Ricardinho não cederia e arcaria com as consequências até o
destino final.
Há tempos que eu não colava
o ouvido no rádio com tanta atenção. Só faltou me beliscar tal a grandeza da
notícia. Trago no peito um sentimento estranho porque sei e não nego a
importância de Rogério Zimmermann para o G. E. Brasil nos dias atuais. Graças a
RZ, partimos de uma famigerada Segundona estadual para a elite não só do futebol
local como a fazer parte entre os postulantes a ocupar a primeira linha do País
do Futebol.
Em momento algum fugi da
raia e acompanho o Brasil sempre, independente de campeonato, classificação,
presidente, jogador ou treinador, mas não posso deixar de manifestar os
parabéns a Ricardo Fonseca e a agradecer a doação de Rogério Zimmermann como
treinador do Brasil.
Na minha opinião, hoje,
Ricardo Fonseca, Presidente do G. E. Brasil, tomou a decisão mais difícil da
vida dele. Obrigado e bola prá frente Presidente.
Foto: Carlos Insaurriaga
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