De quem é esta foto? Merece ser eternizada por traços de Michelangelo.
Sinta o surdo dizendo: "Vem! Vem! Vem Rubro Negro, vem!"
13 de outubro de 2012, Cruzeiro/Poa 0 X1 G. E. Brasil.
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“Entre o nascer e o por do sol de cada dia, renova-se as esperanças dos torcedores de voltarem para casa com alegria. Diante de tantas dificuldades, dentro e fora dos gramados, decisões judiciais, lesões e cartões, liberação de patrão para acompanhar excursão, contatos fone a fone, gerando lista de nomes. Tudo isso para incentivar o Time de um clube tradicional, cujo nome, já foi estampado nas principais manchetes que se acumularam durante os anos, atravessando mais de um século de existência. E assim, é o sentimento de ser Rubro Negro pelotense, um guerreiro que sobrevive a todas as provas, que levanta o braço com sua baqueta para saudar a delegação do seu Time, ao apontar na esquina fazendo a manobra em sua direção ao redor do estádio, então, o torcedor bate no tambor com mais força, acompanhando o compasso do seu coração tomado de emoção, representando uma grande Nação, através do congelamento de uma imagem que, mais que mil palavras, fala por si só!!!”
O comentário acima é de meu amigo Gisan Vitória da Costa, integrante do Xasc. O Xasc é um Núcleo de Xavantes que foi criado nas cidades de Joinville e Florianópolis, mas já se espalhou por todo território catarinense. Sem nunca abandonar o Brasil, o Xasc acompanha o clube em todas as partidas disputadas em Santa Catarina, Paraná e no Bento Freitas, claro, porque aqui é nossa Meca. Começou a função em 2006 contra o Marcílio Dias em Itajaí/SC com Marcelo Barboza, Wruck e Conrado. Além das inúmeras excursões organizadas pelos “Xavantes de Santa Catarina” para assistirem o G. E. Brasil, o Xasc caracteriza-se por seus inesquecíveis churrascos. Inacreditavelmente, muitos integrantes deste Núcleo exemplar, viajam dezenas e dezenas de quilômetros só pelo prazer de saborear uma costela assada na companhia de amigos, cerveja e samba, muito samba porque isto está na raiz do G. E. Brasil. Sou testemunha da agonia destes Rubro Negros quando nosso Time não está jogando. A tônica das mensagens é a saudade de ver o Time em campo, ouvir o grito da Massa e isto, invariavelmente acaba em churrascadas ao som do Hino do Brasil, samba, gritaria e arruaça para desestressar a espera por um novo campeonato.
Isto é ser Xavante, uma vida inteira vivida num instante. Num instante nascemos e já no instante seguinte torcemos. Num instante choramos mas em poucos instantes sorrimos. Num instante estamos no Bento Freitas mas a força do destino em instantes mágicos nos põe na terra do Xasc. Daí, cada instante é precioso e Gisan Vitória da Costa captou a magia do instante de Diego Farias Lessa, o Piche e seu surdo no passo-a-passo cardíaco quando enxergou o ônibus Rubro Negro trazendo os atletas que, a cada instante, fazem pulsar nosso coração.
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