Morre brasileiro
reconhecido como um dos maiores cientistas do mundo
Luiz Hildebrando Pereira da Silva estava
internado na UTI do Instituto do Coração, em São Paulo, onde era tratado de uma
pneumonia desde o dia 8 de setembro
Morreu
na noite dessa quarta-feira (24) aos 86 anos o diretor e fundador do Instituto
de Pesquisa em Patologias Tropicais de Rondônia (Ipepatro Rondônia), Luiz
Hildebrando Pereira da Silva, um dos maiores pesquisadores em malária do mundo.
O cientista estava internado na UTI do Instituto do Coração, em São Paulo, onde
era tratado de uma pneumonia desde o dia 8 de setembro. Ele faleceu em
decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Depois
de se formar em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) em 1953, o
cientista foi para o sertão da Paraíba para desenvolver pesquisas relacionadas
à epidemiologia de doenças parasitárias. Retornou a USP em 1956, como professor
da cadeira de parasitologia, e obteve a livre-docência em 1960. Demitido pelo
Ato Institucional 1 em 1964, exilou-se na França e integrou-se ao Instituto
Pasteur, em Paris.
Depois
de aposentado do Pasteur, em 1996, Luiz Hidelbrando voltou ao Brasil,
integrando o Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia. Organizou
depois o Ipepatro Rondônia, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que reúne
atualmente especialistas de renome e várias dezenas de jovens pesquisadores
formados nos programas de pós-graduação da Universidade Federal de Rondônia.
Neste
ano, o pesquisador foi homenageado pelo governo de Rondônia com a Ordem do
Mérito Marechal Rondon. Ele também foi um dos vencedores do prêmio da Fundação
Conrado Wessel, na categoria de ciência, considerado pela Fiocruz como um dos
prêmios mais tradicionais da área de ciência no Brasil.
Luiz
Hidelbrando era um dos mais respeitados estudiosos de doenças tropicais do
mundo e estava atuando como vice-diretor de Pesquisa e Laboratórios de
Referência da Fiocruz Rondônia.
O corpo
do cientista será cremado na sexta-feira, em São Paulo e as cinzas serão levadas
para a capital de Rondônia, Porto Velho. Ele era casado e pai de cinco filhos.
Fonte: Agência Brasil
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