Perdemos em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, para o time da Cabofriense. No texto que escrevi sobre a nossa vitória sobre eles ainda na segunda rodada da série D, em Gravataí, por 2 a 1, eu disse que o time deles era fraco. E é. Portanto o resultado de sábado (13) não poderia ter sido pior.
Por outro lado, eu acredito que chegou a hora da torcida ser - mais do que nunca - a torcida do Brasil que eu, tu e todo mundo conhece. Vamos começar já na próxima partida, domingo que vem, dia 21, contra o Ituano. Afinal, foi apenas a sexta derrota do Xavante neste ano de 2014 e ser derrotado fora de casa não é nada anormal. Estamos classificados, mas quero a liderança do grupo e é fundamental a vitória na última partida para que o nosso índice de aproveitamento se mantenha entre os melhores da competição. O segundo jogo tem que ser na Baixada para que a nossa função, enquanto torcedor, seja contemplada.
Não quero ler nem ouvir que a derrota por 1 a 0 para a Cabofriense justifica as vaias na partida contra o Maringá na Baixada. Não, não justifica. Também não suporto aqueles torcedores "desaparecidos" que ressurgem cheios de razão nessas horas. Oportunismo barato, desleal e me faz pensar ainda que torcem contra para poder bradar com o dedo em riste: seus conformistas!
Chegou a hora da torcida porque os jogadores merecem e o nosso futuro está em jogo. Não quero ninguém indo para o estádio dizendo que vai "apoiar e/ou cantar 90 minutos". Espero, ao invés disso, ver uma torcida ensandecida que xinga até a bisavó do adversário, que berra até perder a voz mesmo que a use no outro dia para trabalhar. Espero torcer com mais de dez mil Xavantes que terão que esgotar os ingressos disponíveis e que honrem os nossos cânticos mais antigos, que fazem o sangue correr mais rápido quando entoados. Aquela torcida que traz o inferno para a Terra em momentos de ataque. Quero sentir que os jogadores têm o apoio da Xavantada na arquibancada contruída a centenas de mãos, tijolo a tijolo, a cada dividida.
Não quero chororô, mimimi, vaias, comentários vazios nem desculpas para não comparecer ao estádio. Chegou a hora de quem quer subir de divisão aparecer. Chegou a nossa hora. Esqueçam a derrota no Rio de Janeiro. Não somos imbatíveis. Não vamos vencer todos os jogos e não há nada garantido. Porém, suplico para que a torcida se aproprie do misticismo do estádio Bento Freitas, lar dos Negrinhos da Estação, ao nosso favor mais uma vez. Vamos ter em campo, jogando por nós, o time campeão do interior gaúcho, mas se mesmo assim não bastar, vai ter que ser na marra.
Chegou a nossa hora, Xavantada.
Charge: André Macedo.
Charge: André Macedo.
Publicado por: Pedro Henrique Costa Krüger
Data: segunda, 15 de setembro de 2014
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