Sete de Setembro, data
gloriosa para o País e para o G. E. Brasil. 1822 e 1911 estão intimamente
ligados para os Torcedores do Xavante da Princesa do Sul. Embalados pelo
orgulho de ser brasileiro, cultuam esta data a cada ano que passa. Não é por
acaso que os tremores da Nação assemelham-se aos tropeços desse Rubro Negro tão
festejado. Mas também salta aos olhos a alegria que cada Torcedor sente na hora
da festa. Tal qual o País, batucam e sambam como ninguém. Inúmeras são as
semelhanças onde cor e religião, transitam naturalmente como se todos fossem um
só. Da ostentação da vitória à cura das feridas de guerra Brasil – Nação e
Brasil – Clube, vivem o dia a dia na maior algazarra.
Numa sentença
abençoada, um torcedor do maior adversário taxou: “Eles são uns Xavantes!”. Não
deu outra, tal qual os guerreiros do Mato Grosso, os Índios de Pelotas partem
em busca das vitórias como se fosse a última coisa a fazer. Por onde andam fica
a certeza de que realmente esta é “A Maior e a Mais Fiel”. Manchetes e mais
manchetes de jornais, rádios e televisão registram a façanha do “Negrinhos da
Estação”.
Os Xavantes
galhardamente estufam o peito quando falam do Primeiro Campeão Gaúcho. Mas é difícil
afirmar que essa é a maior glória porque, além das centenas de Taças, marcaram
terreno no Campeonato Nacional de 1985 com um honroso terceiro lugar. Flamengo,
Santos, Cruzeiro e Atlético, entre outros sentiram a força do Estádio Bento
Freitas e testemunharam a grandeza dessa paixão desenfreada que cada Torcedor
tem pelo Brasil. Na verdade, a Baixada é um verdadeiro Caldeirão a dissolver os
oponentes que por aqui passam.
Não pense que este
Clube vive apenas de jogos local e nacional. Não. A Seleção do Uruguai que o
diga, porque está marcada com um homérico 2X1 em pleno Centenário de Montevidéu
no dia 19 de maio de 1950. Esta partida carimbou o passaporte para jogos no continente
e, em 1956, aconteceu a maior excursão que um clube brasileiro já fez em solo
latino. Foram mais de 100 dias e milhares de quilômetros pelo continente com
jogos em nove países. Em 28 partidas, a “Excursão pelas Américas” reafirmou o
espírito aventureiro das equipes formadas pelo G. E. Brasil e trouxe na bagagem
um saldo de 16 vitórias, 6 empates e apenas 6 derrotas. 75 gols a favor e 50
contra atestaram a qualidade do futebol apresentado pela equipe treinada por
Gastão Leal. Numa época em que o meio de transporte primava por navios a vapor e
trens, o “Trem Pagador” passou por Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, países
da América do Sul e Panamá, Costa Rica, Honduras, El Salvador, países da
América Central. A ressaltar nessa verdadeira epopéia, o jogo Olímpia 2 X 3
Brasil. Esta vitória acabou com uma imensa invencibilidade do time mais antigo e mais laureado do Paraguai que
fazia 20 anos que não perdia para um clube estrangeiro em seus domínios e estava prestes a se
tornar campeão nacional.
Poderia passar dias e
dias escrevendo sobre o Brasil – País e o Brasil – Clube e não conseguiria
destacar todas as semelhanças desses gigantes. Numa mensagem resumida, destaco
as palavras que Tufi Salomão repetia diariamente em seu programa radiofônico
Manhã Alegre: “Se o Brasil não fosse o Brasil; o Brasil não seria o Brasil. Mas
como o Brasil é o Brasil; então o Brasil é o Brasil”.
Salve Sete de Setembro
de 1822!
Salve Sete de Setembro
de 1911!
Salve o Brasil – o Campeão
do bem querer!
Xavante Munhoso 070914
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