Tchê! A primeira vez que
usei esta expressão foi em setembro de dois mil e onze (xavantemunhoso.blogspot.com - 16/09/2011). De lá prá cá muita coisa boa aconteceu e o G. E. Brasil saiu de uma famigerada
Segundona Gaúcha para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Por que então esta angústia, esta quase tristeza, esta amargura que carrego em meu peito?
Naquela época eu tinha como proposta o “I Encontro Nacional dos Torcedores do G. E. Brasil” cujo lema era “Somos muito mais do isto!”, a missão “Duplicar a participação da Torcida em todos os setores do Clube” e como ação “Divulgar as ideias que visam o crescimento de nosso Clube”.
Tratei de tudo quase que na encolha. Escolhendo um a um aqueles que abraçariam esta causa comigo e pedindo a todos “boca de siri” até que o evento estivesse totalmente planejado e discutido nos mínimos detalhes.
Uns me incentivaram, outros diziam que eu era um visionário querendo mexer em vespeiro e coisa e tal. Mas a unanimidade era de que precisávamos fazer alguma coisa para balançar a Massa Xavante que andava machucada pós dois mil e nove.
A pegada não ia ser fácil realmente porque os debates propostos tratavam dos seguintes temas: Infraestrutura, Quadro Social, Categorias de Base, Departamento Profissional, Econômico-Financeiro, Mídia e História. Infelizmente não fui capaz de seguir adiante e o Encontro morreu na casca.
Salvo engano, a Mídia (via facebook) e as Categorias de Base melhoraram. Quer dizer, as Categorias de Base deram um grande salto e isto é muito bom. Mas o resto vai um passo e volta outro parecendo um caranguejo.
Instalou-se no Bento Freitas
um pensamento tão pequeno que a manutenção, a duras penas, no Gauchão é
festejada como Copa do Mundo.
Não temos dinheiro para
isto; não temos dinheiro para aquilo é voz corrente e assim vamos levando tudo
com a barriga e sem um debate profundo do Clube.
A esperança da vez é o novo
Conselho Deliberativo (do qual faço parte). Mas vai ter cacife? Entre
Conselheiros Natos e Conselheiros eleitos são cento e noventa e nove conforme o
site do Brasil.
Antigamente, creio eu, a
principal função do Conselho Deliberativo era dar sustentação financeira à
Diretoria, mas agora os tempos são outros. Precisamos partir para o debate,
afinal, o Conselho Deliberativo é o órgão representativo do Associado.
Fruto de muita luta
inclusive da atual administração, o Brasil conquistou verbas importantes. Hoje
tanto a FGF quanto a CBF injetam valores consideráveis nos clubes participantes
das principais competições do Estado e do País e o Brasil há uns cinco anos
está inserido neste contexto.
Uma exposição na Camisa do
G. E. Brasil leva a marca para todos os cantos do País e um Departamento de Marketing
pode tirar proveito disto e obter bons recursos para o cofre do Clube. Mas cadê
os marqueteiros da Baixada?
O Quadro Social, em que pese
estar muito aquém do necessário, há muito tempo ultrapassou os mil e poucos
existentes quando o atual Presidente assumiu o G. E. Brasil pela primeira vez.
No auge chegou a uns dez mil. Ops! Talvez não. Quem sabe sete ou oito mil. Vai
saber?
Entre tantas, esta é uma das
“caixa preta” no Bento Freitas. Mas quando o número de Sócios cai vão para a
imprensa cobrar da Torcida.
Enfim! A falta de recursos
não é só pelo atual momento econômico do País, mas também por uma gestão que
deu certo nos primeiros anos e depois sucumbiu diante de contratações e
dispensas equivocadas.
Para quem dizia dos acertos
jurídicos e trabalhistas comparar as notícias de agora vira pesadelo. O
descrédito se confirma com o afastamento de parte importante da Torcida e, de
certo, de colaboradores que cansaram de só abrir a guaiaca e pouco ou quase
nada influenciarem nas decisões da Entidade.
E agora? O que fazer? De
minha parte, não creio que Ricardinho seja capaz de dar a volta por cima.
Ele vai insistir em
renovações que sabidamente não têm mais como dar uma boa resposta dentro de
campo. Entra ano, sai ano e aqueles atletas que aprovam simplesmente vão embora
por falta de uma boa solução do Clube.
Sei que ele está calçado nos
diversos acessos que conseguiu. Afinal, que presidente tirou o Brasil de uma
famigerada Segundona Gaúcha e nos levou à Série B do Campeonato Brasileiro?
“Tá bom assim”. “Não tem
quem pegue”. “Se tu faz melhor, vai lá e pega”. São mantras que empacam o G. E.
Brasil de entrar nas competições com uma Equipe capaz de realmente disputar
de igual para igual com os adversários.
Estatutariamente, a atual
Diretoria tem até dezembro de dois mil e vinte para comandar o Clube. Isto é
bom ou é ruim? Passo a bola para o Conselho Deliberativo.
De certo, certo mesmo afirmo
que “Somos muito mais do que isto!”.
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