quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

UMA HONRA IMERECIDA PELO CRUZEIRO

Eu li. Li muito até porque rato de biblioteca eu era. Agora ando meio preguiçoso. Mas para não enferrujar a cachola passei a acolherar as letrinhas manifestando ideias nem sempre compreensíveis.

Quem escreve, ou fotografa, ou pesca, ou joga bola, ou mesmo garimpa um riacho está sempre há procura da perfeição. E esta chega quando o encanto é completo. A resposta é em cheio. A riqueza está na cara.

E foi isto que vi na mensagem que Fabrício Cardoso escreveu no Blog Xavante.

Incapaz de algo tão verdadeiro, direto e elegante eu o transcrevo a seguir.


Tchê, o Cruzeiro começou mal a Série B. Dessa vez nem dá para responsabilizar aquela diretoria com incontinência financeira, investigada por tantas irregularidades, mas que já poderia ser condenada sumariamente pela desfaçatez de pagar meio milhão de salário ao Edílson Cachaça. Foi a torcida dos caras que, tendo um monte de clube sem torcida para provocar, elegeu os confrontos contra o nosso Xavante como símbolo da decadência deles.
O Brasil tem muito a ensinar ao gigante mineiro – embora, em matéria de cuidado com as finanças, haja professores melhores no mercado. Somos um clube nascido e mantido pelos torcedores. Ninguém aqui corre para nosso estádio com spray para pichação em protesto, feito guri mimado depois de tomar leitinho com pão de queijo. Não somos clientes do Brasil. Nós somos o Brasil. Se é para correr para a Baixada em dia que não tem peleia, é com cimento às costas, pelo prazer de ver nossa arquibancada pronta, cheia e pulsante.
A vida não é fácil nessa parte do pampa que roça o Uruguay. Talvez por ver o sacrifício de muitos para exercer esse amor, o Brasil seja menos usado para os interesses pessoais de quem está no poder. Se houvesse mais dinheiro rolando, a ganância tenderia a se manifestar? Não sabemos. Mas por ora nossos diretores não têm helicóptero.
Quando o calendário marca duelo com algum clube grande, a Baixada fervilha. Jamais pelo visitante, por óbvio. Nós somos o Brasil e, quando a circunstância exige mais força, nós corremos ao Bento Freitas simplesmente porque o clube precisa mais da gente. É por isso que o estádio mais humano do mundo é o único lugar onde Grêmio e Inter jogam fora de casa no Rio Grande do Sul. O Flamengo, acostumado a ter suas chuteiras lambidas País afora, joga fora de casa lá também. Jamais existiu nem jamais existirá um clube capaz de sufocar nossa maioria na João Pessoa, 694.
Depois de todas as merdas que fez em 2019, convenhamos, é uma honra ao Cruzeiro pisar num lugar tão sincero como esse. - Por Fabrício Cardoso

sábado, 14 de dezembro de 2019

Arquibancada Geral 12 e 13 dez 19


Escuta aqui, eu já te disse: "Com a colaboração de todos, a Obra ficará pronta". "Está esperando o quê? O Bento Freitas te aguarda".







quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Somos muito mais do que isto


Tchê! A primeira vez que usei esta expressão foi em setembro de dois mil e onze (xavantemunhoso.blogspot.com - 16/09/2011). De lá prá cá muita coisa boa aconteceu e o G. E. Brasil saiu de uma famigerada Segundona Gaúcha para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Por que então esta angústia, esta quase tristeza, esta amargura que carrego em meu peito?

Naquela época eu tinha como proposta o “I Encontro Nacional dos Torcedores do G. E. Brasil” cujo lema era “Somos muito mais do isto!”, a missão “Duplicar a participação da Torcida em todos os setores do Clube” e como ação “Divulgar as ideias que visam o crescimento de nosso Clube”.

Tratei de tudo quase que na encolha. Escolhendo um a um aqueles que abraçariam esta causa comigo e pedindo a todos “boca de siri” até que o evento estivesse totalmente planejado e discutido nos mínimos detalhes.

Uns me incentivaram, outros diziam que eu era um visionário querendo mexer em vespeiro e coisa e tal. Mas a unanimidade era de que precisávamos fazer alguma coisa para balançar a Massa Xavante que andava machucada pós dois mil e nove.

A pegada não ia ser fácil realmente porque os debates propostos tratavam dos seguintes temas: Infraestrutura, Quadro Social, Categorias de Base, Departamento Profissional, Econômico-Financeiro, Mídia e História. Infelizmente não fui capaz de seguir adiante e o Encontro morreu na casca.

Salvo engano, a Mídia (via facebook) e as Categorias de Base melhoraram. Quer dizer, as Categorias de Base deram um grande salto e isto é muito bom. Mas o resto vai um passo e volta outro parecendo um caranguejo.

Instalou-se no Bento Freitas um pensamento tão pequeno que a manutenção, a duras penas, no Gauchão é festejada como Copa do Mundo.

Não temos dinheiro para isto; não temos dinheiro para aquilo é voz corrente e assim vamos levando tudo com a barriga e sem um debate profundo do Clube.

A esperança da vez é o novo Conselho Deliberativo (do qual faço parte). Mas vai ter cacife? Entre Conselheiros Natos e Conselheiros eleitos são cento e noventa e nove conforme o site do Brasil.

Antigamente, creio eu, a principal função do Conselho Deliberativo era dar sustentação financeira à Diretoria, mas agora os tempos são outros. Precisamos partir para o debate, afinal, o Conselho Deliberativo é o órgão representativo do Associado.

Fruto de muita luta inclusive da atual administração, o Brasil conquistou verbas importantes. Hoje tanto a FGF quanto a CBF injetam valores consideráveis nos clubes participantes das principais competições do Estado e do País e o Brasil há uns cinco anos está inserido neste contexto.

Uma exposição na Camisa do G. E. Brasil leva a marca para todos os cantos do País e um Departamento de Marketing pode tirar proveito disto e obter bons recursos para o cofre do Clube. Mas cadê os marqueteiros da Baixada?

O Quadro Social, em que pese estar muito aquém do necessário, há muito tempo ultrapassou os mil e poucos existentes quando o atual Presidente assumiu o G. E. Brasil pela primeira vez. No auge chegou a uns dez mil. Ops! Talvez não. Quem sabe sete ou oito mil. Vai saber?

Entre tantas, esta é uma das “caixa preta” no Bento Freitas. Mas quando o número de Sócios cai vão para a imprensa cobrar da Torcida.

Enfim! A falta de recursos não é só pelo atual momento econômico do País, mas também por uma gestão que deu certo nos primeiros anos e depois sucumbiu diante de contratações e dispensas equivocadas.

Para quem dizia dos acertos jurídicos e trabalhistas comparar as notícias de agora vira pesadelo. O descrédito se confirma com o afastamento de parte importante da Torcida e, de certo, de colaboradores que cansaram de só abrir a guaiaca e pouco ou quase nada influenciarem nas decisões da Entidade.

E agora? O que fazer? De minha parte, não creio que Ricardinho seja capaz de dar a volta por cima.

Ele vai insistir em renovações que sabidamente não têm mais como dar uma boa resposta dentro de campo. Entra ano, sai ano e aqueles atletas que aprovam simplesmente vão embora por falta de uma boa solução do Clube.

Sei que ele está calçado nos diversos acessos que conseguiu. Afinal, que presidente tirou o Brasil de uma famigerada Segundona Gaúcha e nos levou à Série B do Campeonato Brasileiro?

“Tá bom assim”. “Não tem quem pegue”. “Se tu faz melhor, vai lá e pega”. São mantras que empacam o G. E. Brasil de entrar nas competições com uma Equipe capaz de realmente disputar de igual para igual com os adversários.

Estatutariamente, a atual Diretoria tem até dezembro de dois mil e vinte para comandar o Clube. Isto é bom ou é ruim? Passo a bola para o Conselho Deliberativo.

De certo, certo mesmo afirmo que “Somos muito mais do que isto!”.



terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Clube Brasil de Pelotas


Tchê! Esta nota mostra bem para onde estamos indo. Clube Brasil de Pelotas, assim esses apátridas estão tratando o G. E. Brasil e o pior, muito Torcedor não percebe a pequenez do momento. Nunca vi o Xavante tão desmerecido e acovardado.

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“Venho através desta, comunicar toda imprensa esportiva, que o Técnico Bolívar e o Clube Brasil de Pelotas, infelizmente não chegaram a um acordo de renovação de contrato, e a partir de hoje estão encerradas as negociações.
Através do Diretor Edu Pesce, fomos comunicados que o Clube não conseguiria cumprir com a contraproposta feita pelo treinador, e vai optar por outra solução que esteja dentro da realidade financeira do clube, visto as mesmas dificuldades que devem enfrentar em 2020.
O Técnico Bolívar agradece a Diretoria e toda torcida Xavante, a comunidade Pelotense, e toda imprensa pelo apoio durante seu trabalho junto ao clube, onde sai de cabeça erguida e com dever cumprido de permanência do clube na Série B do Campeonato Brasileiro, objetivo esse alcançado com algumas rodadas de antecedência, e perante um cenário de dificuldades vividas pelo clube.
Obrigado a todos pelo carinho e respeito de sempre.
Att Rodrigo Bottin”

Bolívar - Foto: Victor Lannes - Rede Esportiva

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Se o Brasil não fosse o Brasil, o Brasil não seria o Brasil

Tchê! É inacreditável como o "Brasil de Pelotas" foi absorvido pelo povo pelotense. Parece até jargão esportivo, gíria de vila ou termo erudito. Em rifas, convites, bingos ou até recados entre Xavantes é passivo este cacoete. A imprensa, coitada, aprisionada, repete qual papagaio atarantado. Acho até que foi incorporado pelo "corretor" dos celulares. Fazê o quê, se não lamuriar?

Foto: Xavante Munhoso

domingo, 1 de dezembro de 2019

É isto, não existe estádio mais humano


“Se pudesse e não parecesse um incômodo ou impertinência, estaria no Bento Freitas esta tarde. Foi lá que tive as mais profundas experiências de um estádio de futebol. Já os vi (estádios) de todos os tamanhos e os senti. Wembley é o mais solene, grandeza como a do Maracanã não há outra, em Turim cravaram no meu coração o Delle Alpi de Maradona e Caniggia, o Sarriá ainda dói, e o estádio do Everton, em Liverpool, será sempre a minha maior vergonha. Mas o Bento Freitas é uma experiência de elevação, dor e alegria, de superação dos indivíduos convertidos numa massa se movendo para cima e para baixo, para os lados, ao som dos trompetes e dos tambores, com todos os gestos, como na noite do jogo contra o Flamengo, ou tantas outras, bem menos glamorosas, mas de febre alta e tensão de pele. É ISSO, NÃO HÁ ESTÁDIO MAIS HUMANO!!” – Ruy Carlos Ostermann