Taí dr. Cláudio De Andrea!
O Érick todo faceiro com a
Carteirinha de Sócio do G. E. Brasil.
E tudo começou a partir de
pontos de vistas aparentemente conflitantes. De um lado, Janaína dos Santos Motta, Arthur Costa
e outros Torcedores que se organizaram na busca de uma alternativa para trazer
de volta os excluídos do Bento Freitas pela impossibilidade de pagar R$ 60,00
por jogo ou mesmo de assumir igual valor na mensalidade social. Para tanto
criaram o Ingresso Compartilhado Xavante.
De outro lado o Presidente
do Conselho Deliberativo do Brasil, dr. Claudio De Andrea que entende ser o
melhor para o Clube que, aqueles que têm condições, adotem Torcedores e os associem
pagando sua mensalidade.
O debate foi formado com cada
um puxando a brasa para o seu assado. Entendo isto como bom e salutar porque,
de um modo ou de outro, quem ganha é o Brasil e sua maravilhosa Torcida.
Conhecedor e admirador da
história do Érick, aproveitei o gancho e contei para o dr. Claudio Andrea e
este, de bate-pronto, disse: “Pode deixar que este eu adoto associando-o”.
Espero que a atitude do
Xavante Claudio Andrea motive outros tantos a seguir este exemplo digno de
registro.
Quanto ao Érick, bem nem
preciso falar da felicidade do guri. Conheço-o já de há um bom tempo. Época
braba quando a famigerada Segundona teimava em puxar o Brasil cada vez mais
para baixo.
Não raramente, eu vinha pela
av. Ferreira Viana. Ora alegre e esperançoso, ora buzina das ideias após os jogos
do Brasil. De dia ou de noite, sob o sol ou encharcado pela chuva, castigado
pelo Minuano ou abençoado pelo luar e lá estava o Érick tremulando uma Bandeira
do Brasil.
Tche! Aquilo batia forte no
meu coração e a procura por respostas matutava minha cabeça. O que este
mandinho faz sozinho a esta hora? Nesta chuva... Não sente frio? Certa noite
não resisti, atravessei a avenida e fui falar com ele. Sei lá o que disse. Na
verdade eu só queria cumprimenta-lo, abraça-lo, falar que o Xavante voltaria
para a Primeira Divisão.
Acabei fazendo amizade com a
família dele e me prontifiquei a leva-lo aos jogos do Brasil comigo. Num certo
domingo como o combinado fui pegá-lo. Para surpresa minha, ele já tinha ido
para o jogo.
O Érick é dessas pessoas
cativantes. De uma sinergia transbordante, faz feliz a quem estiver do lado
dele e por isso mesmo de uma estrela muito brilhante. Um casal vizinho dele
passou a leva-lo a todos os jogos e eu feliz dei-me por satisfeito.
O tempo passou e aquele
garotinho de nove ou dez anos cresceu. Hoje com quatorze anos continuava ali,
no muro da casa dele a olhar eu passar em minhas idas e vindas ao Bento
Freitas.
Um dia perguntei se não
estavam mais levando ele para ver o Brasil jogar e ele disse que não. “Eu rodei
e este ano não vão me levar mais”. Porra meu! Castigo de um ano sem ver o
Brasil? Tenha a santa paciência! Isto é demais!
Surfista de internet, claro
que eu já tinha lido algo sobre o tal de Ingresso Compartilhado Xavante. Entrei
em contato com a Janaína e salvei a pele do Érick.
Mas, como eu disse, o Érick
tem estrela e daí surgiu o meu amigo Claudio Andrea e seu coração generoso.
Pronto! A matemática é simples e com um pouco de cada um o bem se espalha mundo
afora.
Vê se não roda mais Érick. O
teu santo é forte, mas não abusa.
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