Em isto acontecendo eu vejo os clubes de futebol guspindo no prato que os sustentou durante décadas. Não tenho dúvidas em afirmar que, sem as rádios, o futebol brasileiro não seria a metade do que se tornou em termos de “preferência nacional”. Soma-se a essa força os jornais. Agora, essa nova mídia que hoje banca as grandes competições futebolísticas está dando um novo arranjo ao esporte e trazendo à baila outros que outrora nem passava pelas nossas ideias em assisti-los entre eles o vôlei para citar apenas um. Soma-se a essa avalanche televisiva o fato de que meia dúzia de clubes ganham centenas de milhões a mais do que outros criando um buraco negro onde muitos sucumbirão numa partilha desigual e discriminatória. Sinal dos tempos, onde penteados, tatuagens e chuteiras coloridas dão o ar da graça numa viagem sem volta porque “o futebol moderno” realmente vai desbancar a garra, o improviso e a paixão. E ainda tem a questão do Torcedor. O verdadeiro motivo de tudo isso, aconchega-se mais e mais às poltronas e camas residenciais perdendo a verdadeira emoção, o delírio e a sensação de ser parte integrante do espetáculo. Escrevam aí: “o futebol do futuro será holográfico e os resultados ditados por quem pagar mais”. Imagens balançando daqui prá li enquanto os verdadeiros robots assistirão hipnotizados até a alma. Uma pena!
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