El! El! El! El! A maior e a
mais fiel!
El! El! El! El! A maior e a
mais fiel!
El! El! El! El! A maior e a
mais fiel!
Essa não é de hoje. Vem
desde mil novecentos e onze. Não fui eu e nem tu quem disse: “Eles são uns
Xavantes”. Foi o próprio dirigente adversário quem profetizou e não deu outra.
Décadas e décadas só confirmaram o acerto de Breno Corrêa da Silva e Salustiano
Brito discutirem a ideia de criar uma nova equipe de futebol. Esses dois
inconformados agiram de ímpeto ante a ordem para “abandonarem o treino e
ajudarem a colocar uma cerca ao redor do campo”.
Desde então, a rebeldia, a
ousadia e a coragem está intimamente ligada aos Torcedores do G. E. Brasil. E
não é para menos. Os irmãos de Marcola são assim mesmo. Um que outro pode até
dar uma segurada na missão de torcer e partir para a crítica e, nestes tempos
de facebook, cornetar o próprio Clube pelo prazer da zoação ou para dar uma
sacudida na situação e forçar uma volta aos trilhos quando necessário.
Mas, na hora do
“pega-pá-capá” estão lá. Nas Arquibancadas, altar mor da Torcida Xavante.
Surgem de tudo quanto é lado. Do centro, da Vila do Sapo, do Areal, do Fragata,
das Três Vendas, do Pestano, do Getúlio, da Bom Jesus, do Laranjal, do Pepino,
da Castilho, da Balsa, do casebre, da mansão, do apartamento, de baixo da
ponte, da colônia, de outras cidades e até de outros estados numa procissão
festiva, carnavalesca e, porque não dizer, doentia só para ver o seu Time
jogar.
G. E. Brasil, Estádio Bento
Freitas e Torcida Xavante formam um triângulo amoroso sem igual. Não há ficção
capaz de retratar este estado universal onde o que manda é a paixão desenfreada
em torcer, torcer e apenas torcer pelo clube dos “Negrinhos da Estação”.
Nos tempos bicudos da
famigerada Segundona, na era de ouro representada por 1985, na desgraça da
BR-392 ou no escaldante Castelão do Fortaleza e seu magnífico público recorde
de sessenta e três mil novecentos e três expectadores, a massa Xavante sempre
esteve presente e suas façanhas são narradas de norte a sul do País. Por que
seria diferente hoje?
Pelos catorze milhões de
desempregados? Pela total reconstrução do Bento Freitas? Pelas picuinhas com o
treinador? Pelo aconchego do futebol teatral da tv? Pelo preço do ingresso?
Pelo check-in? Por causa da internet? Da Lava-Jato? Ah! Meu! Conta outra. Essa
não cola para os Xavantes. Eles xingam, berram, mas estão lá; num cântico só:
“Uh! Caldeirão! Uh! Caldeirão! Uh! Caldeirão!”. Perguntem para o Flamengo.
Aquele do Fillol, Leandro, Mozer, Adalberto, Ailton Ferraz, Andrade, Zico,
Adilio, Tita, Chiquinho, Bebeto e ainda o eterno Zagalo. Graças a Bira e Júnior
Brasília o sonoro dois a zero ecoa até hoje no País do Futebol. Isto nos
representa. Isto justifica o dia a dia de cada Xavante. Sabemos que a qualquer
instante uma nova página é escrita nesta História maravilhosa.
Daí, não tem outra. Saia do
conforto. Não permita que outros façam aquilo que você deve fazer. Nascestes
para isto. Mostre quem você é. Vá ao Bento Freitas. Torça, berre, xingue, faça
valer a tua força. Afinal, não há Xavante conformado. Na liderança ou na
lanterna a rebeldia, a ousadia e a coragem devem estar sempre a postos.
Sem medo, sem vacilo,
vencendo a tudo e a todos daremos continuação à Obra-Prima da Princesa do Sul
que tanto orgulha aos gaúchos e a todos aqueles que amam o verdadeiro futebol.
Futebol das antigas, sem frescuras
e alicerçado na força e na vontade de vencer. Tendo como único aparato a batida
da Garra Xavante porque, afinal, Carnaval e Futebol são marcas registradas do
Clube do Povo.
Dá-lhe Brasil!
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