Um dos projetos de construção do magnífico pavilhão do Grêmio Esportivo Brasil, a ser construído em sua nova praça de esportes, à rua 13 de Maio, cujas obras já estão bastante adiantadas. – Diário Popular 12/05/1940 – pesquisa de Xavante Munhoso 27.06.17
quarta-feira, 28 de junho de 2017
domingo, 25 de junho de 2017
Mariana Vighi
De há muito que não faço
parte de Torcida Organizada e talvez muito pouco possa ajudar. Agora de uma
coisa eu sei. Torcer é uma coisa natural. Brota do fundo da alma e ninguém
precisa ensinar.
Hoje estão muito preocupados
com ensaios e OBRIGAR a quem está do lado a fazer igual. As “Torcidas
Organizadas” surgem por diversos motivos, mas falar em filosofia, para mim, já
é imaginar que a T. O. é maior do que o Clube.
O jogo é dinâmico. Numa falta
à beira da área do Brasil vou estar a cantar ou a vaiar o adversário? Tem bico
para fora do estádio que pode significar uma jogada de raça assim como me
trazer um desgosto pavoroso. É aí que está o verdadeiro sentido do Torcedor.
A organização é legal para
um mútuo apoio, para as excursões e para motivar outros torcedores, mas não
pode nos tornar uns marionetes. Olhem o que a tv está fazendo. Tempo
milimetrado e, agora, até aquela música de filme hollydiano. Desgraçadamente
organizado e cômodo, mas que surrupia as pessoa de irem aos estádios. Não vai
tardar a tornar-nos zumbis ávidos por emoções holográficas e jogos de
mentirinha.
Salvo um grande erro meu,
antigamente o PRN, a Toxa, a Camisa 12, a TOB e outras tantas T. O. lutavam
entre si, mas era para gritar mais alto, abafar o som uma da outra, disputando
até onde ficar na certeza de que assim o mundo todo saberia de que ali quem mandava
era a TORCIDA DO BRASIL.
No caso da “Paixão Rubro Negra”,
nos brigávamos quando alguém vinha com uma Bandeira com demasiado branco porque
o VERMELHO E PRETO era quem devia reinar sempre no Bento Freitas.
Não raramente alguém lançava
um grito diferente e já outro emendava outra palavra e o verso estava pronto.
No calor do jogo ganhava alma e em pouco tempo tornava-se um verdadeiro hino.
Coisa muito simples, mas que varava décadas.
Charanga, buzina e apitos
davam o tom, mas o grito era o carro chefe. O Meião era chamado apenas de “meio”,
mas dali transbordava para a Goleira do Placar e para a Goleira dos Fundos. O
Pavilhão tentava assistir passivamente, mas, não raramente, acabava contagiado num
colosso de arrepiar a alma.
Tudo simples, regado a muito
suor, cachaça, pipoca, amendoim, picolé e até vergamotas. A festa era de todos,
mas aqueles que quisessem só assistir ao jogo ficavam a lo largo lutando
intimamente entre unir-se a turba ou chegar limpinho em casa. Poucos ficavam
intactos e no final era aquela baderna legal ao som de algum tambor ou apenas
no gogó. Em suma, justificavam aquilo que um dirigente áureo-cerúleo
profetizou: “Eles são uns Xavantes!”
Torcida Xavante - abril de 2015
foto: Xavante Munhoso
sábado, 24 de junho de 2017
Zero a um angustiante
Algumas derrotas são muito, mas muito pior do que outras. Essa foi uma delas. O time do Internacional cai pelas tabelas de tão ruim. O juiz D'Alessandro até tem algum destaque quando impõe o seu estilo flertando com o bandeirinha ou se esfregando no juiz. Fora disto, é uma mosca tonta e cansa no segundo tempo. A zaga de hoje, Teco e Cirilo não foi digna do grande público presente e Leandro Leite é sim um expectador de luxo.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
domingo, 18 de junho de 2017
Quem não foi, perdeu
Quando se trata de torcer
para o Brasil eu não sou egoísta. Especialmente em jogos como este contra o
Vila Nova/GO sempre lembro daqueles que não puderam ir ao Bento Freitas. Não
sou nenhum estreante, mas hoje foi magistral e por diversas vezes lembrei
dessas injustiças da vida que, às vezes, acontece com o Torcedor.
Quem não viu o show de hoje
terá que correr contra o tempo porque não é sempre que somos blindados com
tamanho espetáculo. Três a zero para o Xavante com dois gols do centro-avante
Lincom e um golaço de falta do Rafinha poderia indicar um deles como o homem do
jogo.
Mas não, Itaqui foi a bola
da vez. Com a Camisa 5 deu espetáculo durante os noventa minutos e o Estádio em
peso pede a manutenção dele para a próxima partida. Que Zimmermann nos ouça.
Não sei se pelos quatorze
milhões de desempregados, pelo preço do ingresso, pelo check-in, pela pisada na
bola de Mendes e seus três companheiros do TSE ou simplesmente por raiva muitos
Xavantes deixaram de ir ao Bento Freitas hoje e perderam de goleada ficando em
casa.
Duvido que assistir uma
partida dessas na tv tenha o mesmo sabor de estar ali no Estádio. Torcer,
xingar, zoar os adversários direto na fonte é a coisa mais sublime que pode
acontecer àqueles que nascem para acompanhar um clube de futebol por toda a
vida.
Como muitos, também tenho
arpoado nosso Treinador e a Direção por um ou dois senões. Mas deixar de ir aos
jogos do Brasil é pena capital contra mim mesmo. Na média, é uma ou duas vezes
por ano e fico lamuriando isto uma eternidade.
Sei que este ano vai ser de
espremer o coração, arregalar os olhos, faltar fôlego porque estou em
descompasso. Da felicidade de uma Série A de Campeonato Brasileiro ao final da
peleja à rebarba da zona intermediária, ronda-me a tormenta do tal Z4. Um
turbilhão de possibilidades a cada rodada nos espera e paciência tem faltado no
meu dicionário. É nitroglicerina pura.
Daí minha preocupação com os
Torcedores que faltaram neste belo sábado. “A Maior e a Mais Fiel” está sendo
questionada pelos próprios Xavantes e precisa dar uma resposta. O campeonato é
de luxo, mas o público presente está curto. Serão os fatores que citei mais
forte do que a paixão?
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Se Moro chegar lá, Midas tombará com certeza
Tento entender a imensidão
dos estádios vazios (inclusive o nosso Bento Colosso de Freitas) e vislumbro
uma coisa que passo a chamar de corrupção branca, mansa, politicamente correta
ou coisa que o valha. Trata-se da mazela chamada verba de tv. Mazela sim porque
em poucas décadas acabará com o verdadeiro TORCEDOR. Aquele que chora na
derrota e arrota aos quatro cantos que o seu time é o melhor quando ganha. Via
de regra, as presidências dos clubes caíram nessa benesse e quanto muito,
buscam dois ou três patrocinadores para garantir o quinhão dos atletas e um
pouco para pagar as despesas adjacentes. Investimentos mesmos, ah tá, só
aqueles que ainda persistem na paixão e ainda rezam a cartilha amadora que está
no coração dos mais apaixonados. Muitos investem sim, mas em obras superfaturadas
e estádios mirabolantes; coisa para outro assunto; melhor deixar para a
lava-jato branquear o custo estratosférico desses elefantes brancos. Daí, tanto
faz se o torcedor vai ao estádio ou não. A renda de bilheteria passou a ser
considerada supérflua, quando não desprezada pela mão de obra que dá. Qual o
preço que estes clubes pagarão quando a boiada estourar? Como tratam seus
TORCEDORES pela alcunha de consumidores, também serão tratados assim quando o
boom mercadológico ditar o fim do apelo que o futebol exerce atualmente.
Lembrem-se que, há pouco tempo, o vôlei ensaiou uma subida na "preferência
nacional". Uma outra hipótese, mais aterrorizante, é o fato de que, ora
aqui, ora ali, falam na corrupção também nas empresas de comunicação. Se Moro chegar
lá, Midas tombará com certeza. Daí, adeus Tia Chica! Será o fim dessas verbas e
patrocínios polpudos e muitos daqueles que hoje desprezam seus TORCEDORES
ficarão num beco sem saída.
Torcida Organizada Paixão Rubro Negra - PRN
1977/1987- foto: Dalnei Oliveira/Diário Popular
Pelotas/RS
Jornal Diário da Manhã - Pelotas/RS
foto de Xavante Munhoso
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Escargot
Tche! Vou ter que desenhar. Bem, melhor não porque até me defendo no acolherar as letrinhas mas na arte de Miguel Anjo sou meio mal. A agonia de agora é típica de quem comeu feijão com arroz a vida toda e na hora do banquete não soube sequer empunhar os talheres. Algo tipo do churrasquinho ao caviar; da caipirinha à champanha. Imaginem alguém acostumado a um bom guisadinho com chuchu ter que encarar um escargot? Não entendeu a pseudo parábola? Bem, como já disse, não me arrisco a desenhar. Então vou valer-me dessa magistral cena da novela global "Meu Bem, Meu Mal". Atenção especial no tempo embutido entre 1,05 e 3,30. Acho que é mais ou menos isto que está acontecendo com o nosso treinador.
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Energia negativa
Lamentável! Vergonhoso! No
mínimo: Leandro Leite, João Afonso e Sciola devem dar lugar para outros atletas
no plantel. O capitão já cumpriu o papel dele e agora o melhor a fazer é
procurar outro clube. Aqui só vai apagar tudo de bom que fez pelo Xavante. João
Afonso, insosso e Sciola (meu Deus!) nem era para ter vindo.
Quatro a zero para o
Luverdense é inaceitável. Perder é do jogo, mas tomar onze gols em sete rodadas
é uma prova de que uma grande mexida deve ser feita. Principalmente porque já
fizemos fiasco no Gauchão e, a continuar assim, o fracasso vai ser a nível
nacional.
Há avanços no Brasil, eu
sei, mas no Departamento de Futebol a coisa está feia. Como se não bastasse às
vezes em que nosso treinador fica de picuinhas facebookianas com a Torcida,
somos chamados de oportunistas pelo mandatário maior do Clube.
Chô Satanás! Cai fora
Capeta! Chega de agonia! Que fase! O alerta está ligado desde o ano passado e
não podemos contar com a sorte novamente. O que fazer?
É hora de corrigir, dispensar
quem não dá mais e contratar antes que seja tarde.
Eu perdi a confiança em
nosso treinador. Acho que não vai progredir e demonstra um respeito aos times
de Porto Alegre sem precedentes. Rogério Zimmermann, de grandes conquistas para
o G. E. Brasil marca passo numa afirmação mantrica querendo convencer de que
isto é o máximo que podemos.
Futebol sem sonho de
conquistas é nada. A peleia é a marca maior e entrar numa competição achando
que ficar na intermediária é o suficiente só serve para zonear as posições mais
baixas num risco constante de, a qualquer hora, perder tudo o que conquistou a
duras penas.
Claro que a culpa não é só
do treinador porque esta filosofia vem, pouco a pouco, sendo incutida na cabeça
de muita gente. Não enxergam o mal que ronda a enxotar “A Maior e a Mais Fiel”
da arquibancada.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Vem prá Vila, Brasil!
Duvido a Direção resistir nesta
questão do preço dos ingressos. No fundo, eles sabem que estão rasgando
dinheiro. Ver aquelas arquibancadas (que tanto trabalho deu para montar e
liberar) vazia é de cair os butiás do bolso.
---------------------------
Parece que a questão está em alguns Sócios que pensam que dar vantagem ao Torcedor comum é tirar vantagem deles. Não entendem que a maior vantagem em ser Sócio é o orgulho de participar continuamente do crescimento do Clube.
---------------------------
Parece que a questão está em alguns Sócios que pensam que dar vantagem ao Torcedor comum é tirar vantagem deles. Não entendem que a maior vantagem em ser Sócio é o orgulho de participar continuamente do crescimento do Clube.
-------------------------
Abaixo o check-in!
Abaixo o check-in!
Por um ingresso mais acessível!
Te vira Departamento de Marketing!
sábado, 3 de junho de 2017
Mostre quem você é, vá ao Estádio Bento Freitas
El! El! El! El! A maior e a
mais fiel!
El! El! El! El! A maior e a
mais fiel!
El! El! El! El! A maior e a
mais fiel!
Essa não é de hoje. Vem
desde mil novecentos e onze. Não fui eu e nem tu quem disse: “Eles são uns
Xavantes”. Foi o próprio dirigente adversário quem profetizou e não deu outra.
Décadas e décadas só confirmaram o acerto de Breno Corrêa da Silva e Salustiano
Brito discutirem a ideia de criar uma nova equipe de futebol. Esses dois
inconformados agiram de ímpeto ante a ordem para “abandonarem o treino e
ajudarem a colocar uma cerca ao redor do campo”.
Desde então, a rebeldia, a
ousadia e a coragem está intimamente ligada aos Torcedores do G. E. Brasil. E
não é para menos. Os irmãos de Marcola são assim mesmo. Um que outro pode até
dar uma segurada na missão de torcer e partir para a crítica e, nestes tempos
de facebook, cornetar o próprio Clube pelo prazer da zoação ou para dar uma
sacudida na situação e forçar uma volta aos trilhos quando necessário.
Mas, na hora do
“pega-pá-capá” estão lá. Nas Arquibancadas, altar mor da Torcida Xavante.
Surgem de tudo quanto é lado. Do centro, da Vila do Sapo, do Areal, do Fragata,
das Três Vendas, do Pestano, do Getúlio, da Bom Jesus, do Laranjal, do Pepino,
da Castilho, da Balsa, do casebre, da mansão, do apartamento, de baixo da
ponte, da colônia, de outras cidades e até de outros estados numa procissão
festiva, carnavalesca e, porque não dizer, doentia só para ver o seu Time
jogar.
G. E. Brasil, Estádio Bento
Freitas e Torcida Xavante formam um triângulo amoroso sem igual. Não há ficção
capaz de retratar este estado universal onde o que manda é a paixão desenfreada
em torcer, torcer e apenas torcer pelo clube dos “Negrinhos da Estação”.
Nos tempos bicudos da
famigerada Segundona, na era de ouro representada por 1985, na desgraça da
BR-392 ou no escaldante Castelão do Fortaleza e seu magnífico público recorde
de sessenta e três mil novecentos e três expectadores, a massa Xavante sempre
esteve presente e suas façanhas são narradas de norte a sul do País. Por que
seria diferente hoje?
Pelos catorze milhões de
desempregados? Pela total reconstrução do Bento Freitas? Pelas picuinhas com o
treinador? Pelo aconchego do futebol teatral da tv? Pelo preço do ingresso?
Pelo check-in? Por causa da internet? Da Lava-Jato? Ah! Meu! Conta outra. Essa
não cola para os Xavantes. Eles xingam, berram, mas estão lá; num cântico só:
“Uh! Caldeirão! Uh! Caldeirão! Uh! Caldeirão!”. Perguntem para o Flamengo.
Aquele do Fillol, Leandro, Mozer, Adalberto, Ailton Ferraz, Andrade, Zico,
Adilio, Tita, Chiquinho, Bebeto e ainda o eterno Zagalo. Graças a Bira e Júnior
Brasília o sonoro dois a zero ecoa até hoje no País do Futebol. Isto nos
representa. Isto justifica o dia a dia de cada Xavante. Sabemos que a qualquer
instante uma nova página é escrita nesta História maravilhosa.
Daí, não tem outra. Saia do
conforto. Não permita que outros façam aquilo que você deve fazer. Nascestes
para isto. Mostre quem você é. Vá ao Bento Freitas. Torça, berre, xingue, faça
valer a tua força. Afinal, não há Xavante conformado. Na liderança ou na
lanterna a rebeldia, a ousadia e a coragem devem estar sempre a postos.
Sem medo, sem vacilo,
vencendo a tudo e a todos daremos continuação à Obra-Prima da Princesa do Sul
que tanto orgulha aos gaúchos e a todos aqueles que amam o verdadeiro futebol.
Futebol das antigas, sem frescuras
e alicerçado na força e na vontade de vencer. Tendo como único aparato a batida
da Garra Xavante porque, afinal, Carnaval e Futebol são marcas registradas do
Clube do Povo.
Dá-lhe Brasil!
Assinar:
Postagens (Atom)