"Começando a viagem de volta, depois da vitória de dois a zero sobre o Guaratinguetá, a manutenção da invencibilidade e a terceira colocação da Série C do Brasileiro. Ao completar 16 jogos longe de casa desde a interdição do estádio, partidas essas com mando ou sem mando, me sinto no dever de agradecer a comissão técnica, liderada pelo Rogerio, o grupo de jogadores, e está fantástica torcida rubro-negra, é pedir para aqueles sócios que por alguma razão deixaram de pagar, que dentro do possível voltem a ajudar. E também pedir aos nossos torcedores que ainda não se associaram, que o façam, pois sem o Bento Freitas a nossa arrecadação teve uma queda absurda, cada um de nós deve pensar o que queremos para o GE Brasil e se nos entendermos que lutar por uma vaga na Série B ou manutenção na C, este é o momento de transição e nunca o clube dependeu tanto do seu torcedor, única fonte de renda no momento. Como eu gostaria de poder conscientizar cada um dos nossos torcedores em Pelotas ou espalhados pelo país da importância deste momento. Obrigado, um abraço, e até Caxias!" - Fabrício Montanelli 310515
Realmente! Não basta ser Xavante, tem que participar. E assim tem sido ao longo da História. Dia a dia, ano a ano, "A Maior e Mais Fiel" dá provas de sua grandeza não apenas nas vitórias mas principalmente nos revezes da vida.
Chama a atenção esta manifestação de Montanelli. Que clube suporta jogar tanto tempo longe de seu estádio? Desseis partidas não é uma nem duas e exige um esforço descomunal não só para enfrentar os adversários de campo mas também para honrar compromissos financeiros que normalmente são supridos através da bilheteria e do quadro social.
Atrevo-me a dizer que esse agradecimento (um desabafo justo e oportuno) serve de marco para a conscientização daqueles Xavantes que ainda têm algum resquício de desagrado por não ver o Time jogando em Casa, no Bento Freitas, no Caldeirão, no verdadeiro Campo Santo para a religião Xavante. Não temos escolha. O acontecido foi mais uma prova de fogo e sairemos dessa hecatombe mais fortes do que nunca.
Sei que os mais arredios tem n desculpas para ficar só na assistência, ver o que acontece e só se engajar quando a normalidade voltar. Mas isso não é o nosso normal. Não. Os Xavantes são exemplos para outros torcedores. Superamos situações em que clubes também aguerridos sucumbiriam permanentemente.
Meus grisalhos testemunham o quanto o G. E. Brasil e sua maravilhosa Torcida já enfrentou ao longo da jornada. Derrota nenhuma nos prostrou em definitivo e a nossa força sempre se multiplicou na hora certa. E a hora certa chegou novamente. Quer desafio maior do que erguer uma arquibancada do zero? Sem dinheiro, sem crédito, sem garantias, só na coragem?
Esta fase é um verdadeiro limbo. Ainda não vemos um projeto de estádio e os planos maiores são tratados à sete chaves, em torno de quatro paredes. E é isto que paralisa alguns Torcedores. Esta ânsia, esta agonia que mata pouco há pouco como falta d'água em pleno deserto. Daí a importância da manifestação de nosso líder. Um ex-presidente experiente, que sabe o que diz e fala com a autoridade daqueles que tudo fazem pelo Brasil. "... é pedir para aqueles sócios que por alguma razão deixaram de pagar, que dentro do possível voltem a ajudar. E também pedir aos nossos torcedores que ainda não se associaram, que o façam, ...". Taí a oração que todo Xavante deve fazer nessa hora.
As ações ainda estão tímidas, muito aquém da grandeza do Clube do Povo mas sei que fluirão ao natural. Como em 77/78, novamente o estádio mais humano do mundo bradará seu grito de guerra. "Ehe! ehe! ehe! ehe! Rubro Negro vem aí!" voltará a encantar a todos, fazendo os adversários mais aguerridos, mais tradicionais tremerem no Caldeirão da Baixada.
Aliste-se nesta luta! Cimento, areia e ferro formarão o concreto acolhedor que encantará a todos mas a verdadeira artilharia da guerra será as ações encampadas por aqueles que entenderem que a hora certa chegou. Uma rifa, um jantar, um churrasco servirá de ferramenta para arrecadar o montante necessário para a construção daquilo que o tempo levou. Mas chega de lamentos. Sabemos da felicidade que tivemos naqueles velhos degraus. Quantas vitórias? Qual a maior para você?
Mãos à obra! Esta é a verdadeira maneira de acariciar o Bento Freitas agora.
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