domingo, 5 de outubro de 2014

Vento, vento, vento, ventôôô!

Numa época em que o normal seria a presença daquela brisa primaveril, o Minuano invade a Baixada e manda o Operário de quatro para casa. Vento fantástico a bater na pele dos Xavantes como um bálsamo a recuperar feridas após a pseudo “fritura” do Dutrinha.

Foi uma noite fantástica e nem o mais otimista Rubro Negro preveria tamanha vitória. Já na arrancada, “A Maior e a Mais Fiel” deu as boas vindas ao Operário de Mato Grosso mostrando o que, de fato, é um verdadeiro Caldeirão. Apinhados na grande arquibancada deram o seu tradicional show, com samba e cantorias apoiando o Time do Brasil que correspondia na mesma batida.

Conhecedor do próprio pago, o Xavante escolheu atacar a favor do vento num presságio de que a festa era hoje. E não deu outra. Lance a lance a boa e valente equipe de Várzea Grande desgastava-se sem sequer conseguir ultrapassar a linha do meio de campo. Igor, o goleiro do time mato-grossense, inadvertidamente chutava o balão para o ar e este bailava soberbo e voltava a fustigar sua própria meta.

Por sua vez, o Brasil empilhava oportunidade em cima de oportunidade para fazer o primeiro gol e nada das redes balançar a nosso favor. Não nego que de vez em quando dava um arrepio com a lembrança do tradicional “quem não faz, leva”.

Felizmente a noite era nossa e, depois de abrir a porteira do CEOV, a boiada passou fácil e feliz. Tal qual o vento, os gols foram muito rápidos como a atender um desígnio Divino. Desde os primeiros minutos de jogo o Rubro Negro da Princesa do Sul foi só ataque mas a Torcida Xavante teve que esperar até os vinte e sete para soltar o grito de gol. Washington, numa dividida com a defesa mato-grossense abriu o placar. Aos trinta e um Nena, o artilheiro, deixou a marca dele enlouquecendo a Torcida Xavante. Com dois a zero a festa já era total mas aos trinta e três Márcio Hahn recebe de Alex Amado e manda um petardo digno da ventania reinante espichando o placar para três a zero. A loucura reinava absoluta no “estádio mais humano do Brasil” quando aos trinta e seis Zotti, o camisa dez de Zimmermann, decretou o congelamento total do Chicote da Fronteira.

Dos vinte e sete aos trinta e seis foram apenas nove minutos. Tempo mais que suficiente para ficar para sempre na memória dessa Torcida que luta desesperadamente para ver o resgate de uma grande injustiça cometida contra o Brasil.

Estamos muito próximos da redenção, mas ainda faltam duas grandes batalhas. O próximo adversário, além de qualificado tecnicamente, tem as credenciais próprias de quem está acostumado com a rotina de Brasília. Política não é o nosso forte, mas quem quer chegar a um lugar melhor tem que passar por tudo.


Hoje o Minuano foi o rei da noite, mas domingo o papo é outro e, mais uma vez, a Torcida Xavante se fará presente no Bento Freitas. Oxalá a sinergia seja a marca da batida em mais um domingo de samba, futebol e festa dessa Torcida maravilhosa que todo o mundo conhece por Torcida Xavante – A Maior e a Mais Fiel.



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Em tempo: Obrigado meu Deus por ter resistido ao jogo de hoje porque, quatro gols decisivos em nove minutos, eu nunca tinha visto.

























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