Quando se trata de clubes, costuma ser bem difícil, pois a
torcida torce por um clube, que deve manter a sua tradição. Portanto, a troca
de nomes de um clube se trata ou de uma “evolução” ou quando o time tem a
falência múltipla dos departamentos, precisando mudar de nome para continuar
sendo um clube de futebol. Outros casos, que atinge mais a Europa, sendo bem
incomuns, são de donos de clubes que querem mudar o nome dos times por conta
própria. Nos Estados Unidos é mais comum esse tipo de coisa, já que os clubes
(de todos os esportes) são vistos mais como um negócio do que uma paixão. Os
clubes lá são chamados de franquias, podendo mudar de nome visto que, às vezes,
mudam até de donos.
Com os clubes atulhados em dívidas e campanhas pífias, essa prática começa a coçar o celebro de alguns dirigentes ou conselheiros influentes no País do Futebol. Tem ainda o fato de alguns clubes viverem secularmente à sombra de tradicionais adversários. Vira e mexe e lá vem estatísticas mostrar que, queiram ou não, são freguês de caderno. Mas os resultados de campo têm pouca influência na decisão de mudar de nome ou de cidade visto que o bom do futebol é justamente aquela esperança inexplicável que cada torcedor tem de ver o seu time tornar-se o grande campeão.
Agora, na Princesa do Sul, surge o auê do negócio do século. Cifras fabulosas que nem o torcedor mais visionário poderia sonhar. Com o dinheiro em questão é possível zerar as dívidas. Nenhum fornecedor ficaria sem receber o seu e cada atleta que já vestiu aquela camisa recuperaria a grana que ficara só na promessa. Sem falar na tal bonificação vitalícia. A capitulação é certa. Antevejo, em isto acontecendo, eleições ferrenhas entre candidatos a presidente desse novo “El dourado”. A menos que este negócio majestoso venha contaminado com o vírus da atual campanha eletiva onde, sabidamente, eternos candidatos prometem descaradamente o que não vão cumprir nunca, esta venda realmente vai significar a salvação da lavoura.
Nada será como antes visto que o canto da sereia conduz a um padrão FIFA que descarta estádios por arenas que não durarão dez anos sem precisarem de reforma. Nem vou falar das cadeiras de plástico que, no fundo, são freios que impedem o verdadeiro torcedor de pular e esbravejar na hora do gol ou do erro do “juiz”.
Esta notícia alvissareira para uns e temerosa para outros, temperou a semana e movimentou rádios, jornais, facebook, twitter e outros caminhos da antiga e da novel comunicação.
Entre as “projeções” e palpites, temos o acerto e o sucesso
do negócio, mas também a angústia para uma possível mudança de nome, de cidade
ou até de atividade dos envolvidos. No burburinho de tudo isso é lembrado por
muitos o caso do Grêmio Barueri que virou Grêmio Prudente e não satisfeito, se
mandou de mala e cuia de uma cidade para outra. Enfim, tudo é possível com
tanto dinheiro...
Ou não...
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