Minha alma já está em
Porto Alegre esperando a hora do jogo; a carcaça vai de excursão quarta-feira.
Não sei mais o que dizer diante dessa estupenda campanha do G. E. Brasil. Time
e Torcida numa sinergia espetacular superando todos os limites. Um lamento apenas
para as decisões da Brigada Militar que, diante da incompetência do Estado,
restringe cada vez mais o acesso do público aos estádios. Segundo notícias,
1.500 ingressos para a Torcida Xavante. Chego a desconfiar que aí tem o dedo da
TV, maior interessada de que as pessoas fiquem prostradas diante da telinha,
enquanto os atletas jogam para estádios cada vez mais vazios. Não há de ser
nada e vamos em busca de mais uma vitória heróica.
Realmente, a procura é muito grande por lugar nas
excursões. Dezenas e dezenas de Xavantes já me perguntaram se não vai ter novas
excursões porque as programadas foram todas lotadas. Quando vão aprender que
"Somos muito mais do que isto!"? Esta é mais uma que vai para a
História.
Vou à Porto Alegre sem
ingresso mesmo. Em plena Copa do Mundo, nosso Estado faz este fiasco sendo
incapaz de dar segurança a um simples jogo de futebol envolvendo um time da RBS
e outro do Interior. Se eu não puder entrar no estádio da OAS sei que terei a
presença de meu inseparável radinho e com ele vou torcer até o último minuto em
busca de mais esta taça. "Somos muito mais do que isto!" e espero que
a Brigada não me tire o direito de ao menos escutar o jogo às portas daquela
porcaria inapta para os verdadeiros amantes do futebol - o torcedor de
arquibancada.
Será que o presidente
da Federação, o Comando da Brigada, as pessoas importantes deste Estado
conseguem avaliar corretamente a importância que as pessoas dão ao futebol? Sim,
porque se o futebol não é algo importante
por que razão os países gastariam bilhões e bilhões de dólares só para
realizar um evento deste a cada quatro anos? Aqui no Brasil (País) mesmo não
duvido de que tenham gastado mais dinheiro em função dessa copa do que da
educação, da saúde ou da própria segurança que ora nos castra o direito de ir
ao campo da OAS para assistir/torcer ao jogo do Grêmio contra o Brasil.
Na foto acima, quase mil Xavantes amontoaram-se na
esperança de conseguir uma senha para a compra de um dos míseros quinhentos
ingressos que o Grêmio enviou para serem vendidos direto no Estádio Bento
Freitas. Não preciso nem dizer que, em questões de minutos, os felizardos que
conseguiram uma senha saíram felizes enquanto outros tantos entoavam palavras
de ordem e elogios à Federação, ao Grêmio e à Brigada Militar.
Apesar de uma pequena
inveja santa, fico feliz por ti meu veio (Dom Pedro). Vamos invadir Porto
Alegre com ingresso ou sem ingresso e mostrar para aquela turma da OAS e da
Andres Gutierre que "Somos muito mais do que isto!". Não tenho
ingresso, ainda, mas vou acompanhado de meu radinho e, se for preciso, ficarei
à beira daquela espelunca escutando a batalha de nossos guerreiros. Por
garantia, levo também uma faixa para demonstrar toda a minha decepção com o
Estado que nos nega segurança, com a RBS que adotou a dupla gre-nal desde o seu
nascimento e contra nossos políticos incompetentes. Aqui, brigamos por cerveja
nos estádios (na Copa, pode) mas de adianta se nem ingressos temos?
Chega de apartheid no futebol!
Pelo direito dos Xavantes assistirem jogos no campo da OAS e da Andrade Gutierrez.
Parabéns, meu caro!!!! Que baita campanha! Merece. Diz aí: que ano foi aquela invasão xavante a uma cidade próxima de Pelotas? Quero lembrar e não consigo? Espero a resposta. Grande abraço!!
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ExcluirSalve Maga!
ResponderExcluirUma das mais famosas é "A Batalha de Venâncio Aires" em 28.11.93. Deus me livre de confronto igual aquele onde índios Xavantes (Rubro Negros) e índios guaranis (rubro negros) fundiram seu sangue e suas bandeiras de tal maneira que até hoje muitos estão atarantados. A pedido das tvs, a FIFA, confederações e federações estão escanteando os torcedores de arquibancada para melhor vender os pacotes de "paiperviu" e outros trecos que nos põem como zumbis a castrar os domingos numa hipnose coletiva e subalterna. E o pior, estão usando a Brigada Militar como ponto de apoio desta catapulta.