No calendário futebolístico
do Rio Grande do Sul o ano começa hoje, vinte e seis de janeiro de dois mil e
vinte e dois. Mas para os Torcedores do G. E. Brasil esta competição começou
bem antes. Lá no dia trinta de setembro do ano passado.
A derrota na Série B do
Campeonato Brasileiro era eminente e as incertezas para os tempos vindouros
eram catastróficas. Presságios agourentos rondavam o Estádio Bento Freitas numa
névoa sinistra nunca vista.
O descompromisso com dezenas
de contratos em gestões anteriores aterrava qualquer tratativa com novos
jogadores e até os funcionários do Clube amargavam a triste realidade do não
pagamento de salários.
O mantra “não tem quem
pegue” era a triste realidade do outrora “Trem Pagador”.
Mas decerto que Marcola,
Milar e tantos e tantos Xavantes lá de cima não mais aceitariam o status quo
enraizado nas entranhas do Pepino.
E algo aconteceu. De um
punhado de pessoas que pouco ou nada se conheciam surgiu uma sinergia fabulosa
trazendo uma nova luz ao primeiro Campeão Gaúcho.
De início, só a cara e a
coragem estava presente na primeira reunião dos recém eleitos para coordenar e
dirigir o órgão representativo dos Sócios do Brasil. O silêncio foi curto tal
era a batida de cada coração ali naquela sala onde a maioria pela primeira vez
entrara.
Logo logo se fez necessário
começar a apresentação de cada um. Nomes e sonhos ecoou na sala e em pouco
tempo todos eram um só.
Numa primeira intuição “... Após
amplos debates a Diretoria deste Conselho entende que o melhor para o Clube
será a renúncia de todos os integrantes da atual direção executiva...”. Pronto.
O cerne da linha de ação estava definido e a primeira manifestação da nova Mesa
Diretora foi publicada direto no site do Clube.
É evidente que houve prós e
contras. Faz parte da pujança de qualquer agremiação. Mas em isto decidido
vieram outras decisões importantes. Como respaldo, três palavras que eram para
ser norma absoluta em qualquer direção.
Transparência, organização e coragem. Este sim é um mantra bendito.
Por que eu digo tudo isto?
Não seria melhor uma mensagem motivacional? Talvez. Mas entendo que estamos
escrevendo uma nova História para o G. E. Brasil. As feridas do ano que passou
ainda ardem e não podemos entrar de sangue doce nas três competições que
teremos pela frente.
Daí eu me atrevo a citar
cada um daqueles que estarão na linha de frente das batalhas. Uns tombarão. Mas
a maioria triunfará como muitos já triunfaram defendendo nosso Manto Rubro
Negro.
Mesa Diretora do Conselho
Deliberativo:
Evânio Bandeira Tavares,
Pablo Raupp Chagas, Antonio Luiz Munhoso, Vinícius Goularte Colvara, Eduardo
Bacchieri Duarte Falcão, Arthur Lannes de Campos da Costa, Jones Rene de
Oliveira Vieira, Leandro Rosa Sinott e Manoel José Porto Júnior.
Triunvirato:
Evânio Bandeira Tavares –
Vice-Presidente Administrativo, Fernando Luiz Campelo Caldas – Vice-Presidente
de Finanças e Arthur Lannes de Campos da Costa – Vice-Presidente de Futebol.
Atletas:
Vitor
Luiz, Marcelo, Enzo, Victor Brasil, Rafael Castro, Helerson, Fernando, Pedro
Miritz, Matheus, Marcelinho, Henrique Ávila, Gabriel Araújo, Douglas Pato, Herisson,
Marllon, Juliano Pacheco, Fernandinho, Karl, Felipe, Luiz Meneses, Ruan,
Joanderson, Luizinho, Thiago Santos, Paulo Victor, Léo Ferraz, Bruno Paulo,
Luiz Filipe e André Santos.
Comissão Técnica:
Alex Lessa – Roupeiro, André
Boanova – Supervisor, Marcelo Goulart – Supervisor, Hélio Vieira – Coordenador,
Carlos Insaurriaga – Comunicação, Luciano Gomes – Roupeiro, Jerson Testoni –
Técnico, Cirilo – Auxiliar Técnico, Iuri Oleiro – Roupeiro, Isaías Costa –
Auxiliar Preparador de Goleiros, Luciano Proença – Auxiliar Preparação Física,
Fernando Borba – Analista, Marcos Abella – Preparador Físico, Paulo Sérgio –
Massagista, Nicholas Nunes – Fisioterapeuta, Adriel Jara – Massagista, Fabrício
Pereira – Motorista e Volmer Perez –
Comunicação.
Dizem os entendidos que a
bola pune. Também é certo que ela consagra. Poucas gestões se sustentam sem o
resultado de campo. Mas os resultados de campo também não devem mascarar uma má
gestão.
A simbiose perfeita é esta.
Direção e atletas lutando na mesma batida. Cada um na sua função, mas ao mesmo
tempo interligado por um único objetivo. O da vitória. A vitória tem um preço.
Dentro de campo é organização tática, técnica e transpiração. Não menos
importante, fora de campo a direção tem que buscar os recursos e honrar os
compromissos assumidos com cada atleta. Não é fácil. Aliás, o fácil pouco valor
tem. Mas com transparência, organização e coragem todos os obstáculos são
vencidos.
Mas a relação de nomes que
escrevi até aqui não está completa. Faltam dois seguimentos de suma
importância. O primeiro é o dos funcionários e peço desculpas por não citar um
a um também. Daquele que molha o gramado, limpa as Arquibancadas, faz a
vigilância, troca uma lâmpada, atende a Bilheteria, cuida da Contabilidade,
trata com os Sócios ou em qualquer outra função dependemos de maneira
fundamental para a Máquina Xavante andar.
Também é impossível citar
nome a nome os Torcedores. Mas essa Massa sabe que sem ela o G. E. Brasil não
atravessaria um século coberto de tantas lutas e glórias.
Para aqueles que nutrem essa
paixão avassaladora temos “O Brasil de todos”. É ali que cada um tem que sentar
praça. Assumir o seu lugar na missão de confirmação do nosso Hino. “Nós este
ano vamos vencer” não é apenas um slogan. É uma filosofia. Chega do lutar para
não cair.
Vamos lá Torcida Xavante! O
campeonato começa hoje. Vista sua Camisa! Pegue sua Bandeira! Empunhe sua
Carteirinha de Sócio!
E! E! E! E! Rubro Negro Vem
aí!
Dá-lhe Brasil!
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