Transcrevo, na íntegra, o belo texto de Emerson Novelini a respeito do atleta Artur Henrique do G. E.Brasil. Ele veio por empréstimo do Cruzeiro de Minas Gerais.
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O nascer de uma liderança.
A mística da camisa 5 e o posto de liderança exercido por Leandro Leite,
que até agora estava vago, começa a brotar na camisa 3 de Artur Henrique.
Com a saída de Leandro Leite, sua característica de jogo aguerrido e
combativo, tinha sido seguida pelo volante Souza, que ao final da temporada se
tranferiu do xavante, mas a liderança, o incentivo aos companheiros a conversa
no pé do ouvido do juiz, isso o xavante não tinha desde a saída do capitão.
Muitas tentavas, mas sem nem um sucesso, a faixa de capitão rodou por
vários braços até chegar, para surpresa de muitos a Artur Henrique.
O jovem zagueiro de 22 anos foi formado na base do Cruzeiro de MG, depois
de subir para o grupo principal enfrentou grande concorrência e não foi
aproveitado pelo time da capital mineira, rodou em times menores até chegar no
xavante para a disputa da série B.
Enfrentando um momento de baixa na carreira, viu no rubro negro da
baixada uma possibilidade de retoma-la. Talvez pela indisciplina da juventude,
chegou muito acima do peso e fora de forma, sem ritimo de jogo não aparecia nem
no banco de reservas nas primeiras rodadas do campeonato.
O Brasil esperou, deu toda as condições de treinamento e acompanhou sua
evolução, mas a torcida ainda não o conhecia, informações vinda da capital
mineira e de quem acompanhava os treinos xavantes, falavam de um jogador
combativo, bom na bola aeria e com perfil de liderança.
Já na estreia começou a ganhar a simpatia da torcida, seguro e de boa
antecipação tem uma excelente bola aérea, um jogador de grupo, que não se
esconde do jogo, desarma o adversário sem falta e se apresenta para o jogo. Mas
o longo tempo sem atuar lhe causou um desconforto muscular que novamente lhe
tiraram de combate. Foi bem tanto no sistema com três zagueiros quando no
sistema com dois.
Mas foi com Cleber Gaúcho que além da titularidade ele recebeu a faixa
de capitão! Foi aí que se viu o nascimento de um novo líder, aguerrido,
motivador, incentivador... aquele que chega no tumulto e toma a frente da
situação, que contesta a arbitragem e não aceita nada de cabeça baixa.
No jogo contra o Londrina fica evidente seu posicionamento de lider!
Mateus Nogueira faz a defesa do pênalti e ele vem sem freio e da um chute na
bola que a coloca para fora do estádio do café, depois volta correndo, abraça
Mateus, chama os companheiros para comemorar é já começa empurra- los e gritar
para organizar os companheiros para a cobrança do escanteio.
Aquele Brasil apático e sem vibração que assustou o torcedor xavante no
início do ano, começa a dar lugar um novo time, mais aguerrido e vibrante,
muito pela postura do novo capitão xavante.
Avante.
- Emerson Novelini torcedor xavante.
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