À procura de um cartaz para o meu amigo Rogerio Moreira resolvi dar uma geral no guarda-roupa onde guardo algumas de minhas Camisetas, mas eis que a Tapioca não queria saber de sair do meu Santuário.
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Nem tanto ao Céu... Nem tanto ao Inferno
Tche! Nada como uma boa
noite de sono para eu poder acolherar umas letrinhas metida a besta.
É possível até que os
facebookianos caiam de pau em cima e mim, mas azar. O Brasil ganhando é a
conta.
Uma enxurrada de posts
comentando o acontecido no Moisés Lucarelli quando o G. E. Brasil ganhou da
Ponte Preta por um a zero. E não é prá menos, porque na rodada anterior o
Xavante perdeu em Casa por três a um para o Oeste.
Mas o que me chamou a
atenção foi o pessoal que já tinha jogado a toalha porque alguns deles voltaram
com tudo.
Num campeonato de cento e
quatorze pontos, trinta e oito partidas muita coisa acontece a cada rodada.
Daí festejar o título ou
chorar a degola tem que ser na parte final. Bem no final porque a gangorra pode
mudar a posição quando menos se espera.
Com cinquenta e tantos anos
de Bento Freitas, a mentira mais deslavada que já ouvi na Baixada foi:
“Larguei!”; “Não venho mais.”; e coisa do tipo “Joguei a toalha”.
E olha que isto pode vir da
boca de um doutor, engenheiro, pedreiro, mecânico, desempregado ou agraciado
com um bom emprego público ou privado que não dá para acreditar.
Tudo mentira. Tão logo o
Time dá uma “melhoradinha”, lá está todo o mundo de novo se acotovelando para
entrar no Estádio após meia dúzia de cervejas naquelas tendas montadas na
Princesa Isabel e adjacências.
Aliás, que graça deveria ter,
por exemplo, ir a jogos no tempo do Pelé? Todos sabiam que o Rei daria o seu
show e a única dúvida era quantos gols Ele faria a cada partida de futebol.
Hoje não. Graças a Deus que
não é assim. Está tudo nivelado. Por baixo, mas nivelado. Por que esta
incredulidade então? Põe fé que já é diria Arnaldo (o Antunes).
Daí, meu... Se você se
reanimou no facebook, segue o ritmo do teu coração. Descumpre este gracejo e
volta com tudo para o Bento Freitas.
Não importa se o Xavante vai
a campo com um, dois ou três zagueiros. Aposta no centro avante. Michel, Luiz
Eduardo ou Léo Bahia sei lá, alguém vai estar ali na função.
Eles são apenas atletas, mas
tu não. Tu és nada mais nada menos do que Torcedor. E Torcedor não tem o
direito de jogar a toalha coisa nenhuma. Torcedor tem que estar na
Arquibancada.
O Fortaleza vem aí com
cinquenta e três pontos e pinta de campeão. Mas, como eu já disse, o campeonato
é longo e ainda faltam nove rodadas. Vinte e sete pontos em disputa e até o
Brasil ainda pode alcançar o time de Fortaleza.
Ops! Aí já estou querendo o
Céu. Melhor focar nos onze pontinhos que nos falta num feijão com arroz bem ao
gosto da Massa.
Ainda não lotamos o Bento
Freitas nenhuma vez neste Campeonato Brasileiro – Série B. Culpa do Time? Claro
que não. Culpa de você Torcedor que está esperando o Time subir na tabela para
ir ao Estádio.
Ah! E não fica de bobeira
porque tem ingressos a dez pilas (mais dois quilos de alimento). Se o teu
desbunde é tão grande que não queres ir de jeito nenhum, vai pela causa nobre.
De repente o Brasil faz uma
boa partida, ganha, te deixa feliz e tu recolhes a coitada da toalha do chão.
Se este mimimi todo não te
serviu para nada fica uma última mensagem: LUGAR
DE XAVANTE É NA BAIXADA.
Foto: Xavante Munhoso
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Eleições no G. E. Brasil
CONVOCAÇÃO PARA
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
O Presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio Esportivo Brasil, o Sr. Claudio Milton Cassal de Andrea, na forma de seu estatuto artigo 26 convoca os associados estatutariamente aptos a participar da Assembleia Geral Ordinária designada para o dia 27 de setembro de 2018 (quinta-feira) em primeira chamada às 19h30 e em segunda às 20h no Salão de Atos do Estádio Bento Freitas afim de realizar a eleição da Diretoria gestão 2019-2020, por aclamação ou votação representada por Presidente, Vice–presidente de Futebol, Vice-presidente Administrativo e Vice-Presidente de Finanças.
Para tanto os associados estatutariamente habilitados para se candidatarem aos respectivos cargos, se assim o pretenderem deverão apresentar a inscrição de suas chapas conforme a composição acima, acompanhada de requerimento específico no item 3 do parágrafo 1º do artigo 31 do Estatuto (disponibilizado no site www.gebrasil.com.br.) na secretaria do Grêmio Esportivo Brasil até as 18h do segundo dia posterior (24/09), ao aviso convocatório publicado.
Outossim, sob a forma estatutária prevista, na eventualidade do respectivo expediente sucessório contar com mais de uma chapa para disputa por votação, ficam desde já convocados os associados titulares aptos a predita eleição, que esta se dará então no curso do dia seguinte ao ora aprazado, isto é, em 28 de setembro de 2018 no Salão de Atos do estádio Bento Freitas das 08h30 às 18h, devendo para tal apresentar suas respectivas identificações de associado.
Janaína Vieira dos Santos Motta
Secretária
domingo, 23 de setembro de 2018
EMBAIXADA XAVANTE
Que o torcedor Xavante está espalhado por todos os lugares não é novidade para ninguém. E isso vai muito além de Pelotas e região. Agora, os rubro-negros terão todos os motivos para demonstrar sua paixão e ainda contribuírem com o clube do coração. O GE Brasil lança o Embaixada Xavante, que vai autenticar, aproximar e aumentar o quadro social dos torcedores que atualmente residem fora de Pelotas.
A Embaixada Xavante vai ter um grande potencial para o Brasil, pois hoje mais de 800 associados são de 96 cidades dos mais diversos estados, sendo que em 45 delas contam com apenas um sócio, e ainda 3 associados fora do país. Desta forma, a importância da criação das embaixadas servirá para difundir o clube, suas histórias e conquistas, além de conceder a honra, o reconhecimento e responsabilidades para que os torcedores apaixonados pelo clube, mesmo longe do Bento Freitas, possam representar oficialmente as cores vermelha e preta.
E o lançamento da Embaixada Xavante acontece na próxima terça (25), a partir das 20h, no Fair Play Restopub, parceiro do clube. O bar fica na Dom Joaquim, ao lado do Clube Gonzaga. Após o lançamento, haverá a transmissão da partida contra a Ponte Preta. Avante! - Carlos Insaurriaga
Clube promove a criação de grupo de sócios de fora de Pelotas
Crepúsculo do campeonato
A vigésima oitava rodada
encerrou-se com um gosto amargo para nós Xavantes. Brasil um, Oeste três em
pleno Estádio Bento Freitas deixou um rastro de tristeza sem tamanho.
Mas não foi apenas o placar
o nosso algoz. Logo aos quatro minutos
de jogo, o jogador Pereira, tragicamente, fraturou a perna e necessitou de
atendimento médico sendo conduzido de ambulância ao hospital.
Para o seu lugar, o Brasil
mandou a campo Wallace Pernambucano queimando a primeira substituição
prematuramente.
Inacreditavelmente, Wallace
Pernambucano também sai de campo numa ambulância após um choque cabeça com
cabeça com o atleta Patrick da equipe adversária. O jogador do Oeste após
cuidados médicos no gramado se recuperou e continuou no jogo.
Se completo, o Time do
Brasil já teria sérias dificuldades para vencer o Oeste, imaginem com essas
duas baixas por lesões sérias e em tão curto espaço de tempo.
A campanha é ruim e um lance
como o ocorrido com o Pereira, afeta a Torcida, quanto mais os jogadores em
campo. Daí, não deu outra e pouco tempo após o reinício do jogo o time do Oeste
abriu o marcador fazendo um a zero.
Contando os trinta e cinco
minutos em que a partida esteve interrompida o primeiro tempo de jogo levou
longos e intermináveis oitenta e três minutos num sofrimento sem fim visto que
o Oeste ainda fez um segundo gol para desespero geral da Nação Xavante.
Infelizmente ainda teríamos
que enfrentar o segundo tempo num cenário de total incredulidade.
Mesmo com três zagueiros
sofreríamos mais um gol aos vinte e três minutos do segundo tempo. O Time em
campo lutava, mas estava totalmente abatido. Na Arquibancada, alguns torcedores
debandaram como se isto fosse adiantar alguma coisa.
O sol radiante contrastava
com a cara da grande maioria dos Torcedores que teimavam numa esperança surreal
que não veio.
O golzinho de honra do
Brasil foi feito pelo centro avante após uma grande jogada do goleiro Xavante.
Desesperado tanto quanto eu Marcelo Pitol conduziu a bola e quando parecia que
ele iria gol à dentro lançou com força e com raiva como a dizer para o Michel “Toma!
Faz!”. E Michel fez.
Restam agora dez rodadas.
Trinta pontos em disputa dos quais o Brasil precisa de quatorze para manter-se
no Campeonato Brasileiro – Série B de dois mil e dezenove.
Não sei vocês, mas eu não
largarei o jogo de antemão como aqueles que fizeram hoje. Muito pelo contrário,
é quando a peleia tá braba que mais me faço presente no Bento Freitas.
A Deus, peço uma rápida e
boa recuperação para o Pereira e para o Wallace Pernambucano. Agora, para o
Rogério Zimmermann, só peço uma coisa. Não inventa. Sem essa de três zagueiros.
Faz o teu feijão com arroz que pode dar certo novamente.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
terça-feira, 18 de setembro de 2018
A pedra filosofal
Ao dar os primeiros passos
em direção às novas terras, os primatas sabiam que havia algo a descobrir além
das cavernas.
Das armas de osso e pedra
lascada à descoberta da roda passaram-se séculos. Um grande avanço, mas queriam
mais. Já não andavam de quatro e roupas, carros, aviões e celulares só
instigava a necessidade do prazer pelo prazer.
Entre uma guerra e outra o
esporte transformou-se num semideus a comandar as emoções liberando ordinariamente
o que chamam de adrenalina.
Já na China antiga (três mil
anos antes de Cristo) os militares chineses praticavam um jogo que na verdade
era um treino militar. Para desestressar formavam equipes para chutar a cabeça
do inimigo o que na verdade só aumentava a gana de acabar com todo e qualquer
oponente.
Tempos depois o Japão
inventou algo mais politicamente correto introduzindo uma bola feita com fibras
de bambu. Num campo de duzentos metros quadrados, dezesseis atletas formavam
dois times de oito para disputarem as partidas. As equipes eram formadas por
integrantes da corte do imperador e talvez por isto entre as regras a proibição
do contato físico fosse uma das principais.
Daí a bola foi rolando mundo
afora e na Grécia a bola já era feita com uma bexiga de boi. Mas decerto não
era qualquer um que se atreveria a jogar porque esta era cheia de areia ou
terra.
Na Itália Medieval o futebol
surgiu com o nome de “gioco del cálcio” praticado com tanta violência, barulho
e desorganização que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a sua
prática. Mas o jogo não terminou porque os integrantes da nobreza criaram uma
nova versão com regras que não permitiam a violência onde doze juízes deveriam
fazer cumprir as regras do jogo.
E assim o que hoje chamamos
de futebol atravessou a idade média com histórias sangrentas devido a
verdadeira carnificina entre os praticantes do esporte avassalador.
Lá pelo século XVII o “gioco
del cálcio” chegou à Inglaterra e daí em diante a história do esporte bretão é
bem mais conhecida. Ganhou regras diferentes, organização e sistematização. A
bola de couro passou a ser enchida com ar.
Praticado também por
estudantes foi aos pouco se popularizando e em mil oitocentos e quarenta e
oito, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras.
No Brasil, Charles Miller é
quem tem a honra de ser o percursor do futebol por ter a tido a feliz
iniciativa de trazer direto da Inglaterra uma bola e um conjunto de regras lá
por mil oitocentos e noventa e quatro.
Eu poderia dizer milhões de
coisas mais a respeito da história do futebol brasileiro, mas só pelo fato do
mundo inteiro nos conhecer como “O País do Futebol” fico por aqui.
Agora, no futebol nacional
temos uma particularidade que não pode passar despercebida. É o treinador. E
porque isto? Simples, segundo os dados do Censo Demográfico de dois mil e dez, a
população total brasileira é cento e noventa milhões, setecentos e cinquenta e
cinco mil, setecentos e noventa e nove brasileiros.
E todos se acham um pouco
treinador. Não tem quem não dê o seu pitaco na escalação da Seleção Brasileira
ou no time do seu coração. E aja coração porque alguns torcem para mais de um
clube.
Daí o que acontece quando um
time vai mal? Sobra para o treinador e a cabeça dele é a primeira a rolar.
Mas nem tudo é desgraça
neste mundo cruel. Há neste seleto grupo o “Salvador da Pátria”. Aquele que na
hora da vaca ir para o brejo é chamado às pressas para reorganizar e dar um
novo rumo aos acontecimentos esportivos.
Homem da confiança dos
diretores chega com poder absoluto. Um Midas com a tarefa de transformar limões
em limonada ante a escassez do precioso metal.
Às vezes, é preciso mais
ainda. E para resgatar um projeto vai se atrás da “Pedra Filosofal” porque na
alquimia do esporte é preciso transformar uma engenharia que deu errada em algo
brilhoso e de pleno sucesso.
E foi isto que o G. E.
Brasil fez ao recontratar o treinador Rogério Zimmermann.
Diante do abismo eminente
representado pelo Z4 e pelas perdas financeiras e de prestígio praticamente
certas, trouxe de volta aquele que já mostrou ser capaz de transmutar fracassos
em resultados honrosos.
Agora é bola prá frente. Com
muito trabalho e gols porque bola na trave não altera o placar. Não vai ser um
primor de futebol, sabemos. Mas gol de canela também vale.
Foto: Carlos Queiroz
domingo, 16 de setembro de 2018
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Vitória à vista!
É isto mesmo. Não
vejo outra situação. Nem que seja nos velhos gritos:
“Heeeeeeê! Rubro Negro vem aí! Heeeeeeê! Rubro Negro vem aí! Heeeeeeê! Rubro Negro vem aí!”
“Uh! Caldeirão! Uh!
Caldeirão! Uh! Caldeirão! Uh! Caldeirão!”
“Ah! Há! Há! Ha! Se
roubar vai apanhar! Ah! Há! Há! Ha! Se roubar vai apanhar!”
“Tem que dá! Tem que
dá! Tem que dá!”
Não pensem que estou
incitando a violência. Não, claro que não. Só quero ver aquela boa e velha
garra do Time Xavante respondendo à batida do Bento Freitas.
Por enquanto está
muito mimimi e os facebookianos estão tendo vez e voz muito além do necessário.
Chega de internet.
Vem para o Estádio Bento Freitas e te junta aquela Massa fiel que não abandonou
o Time nem na hora dos tropeços. Sai da sala. Deixa a tv para a vovó, para o
vovô ou para aquela tia mais acomodada.
Zimmermann, Clemer,
Dal Pozzo, Zimmermann são treinadores importantes e cada um a seu modo lutou e
luta pelas cores do Brasil. Mas és tu Torcedor Xavante o verdadeiro motivo
deste Clube ter ultrapassado cem anos cheio de glórias e lutas memoráveis.
Não delega esta
condição a ninguém. Tu e somente tu Torcedor Xavante é capaz de fazer o Caldeirão ferver a ponto
de reverter resultados desfavoráveis.
Daí, meu, não tem
outra. É vitória à vista mesmo. Com sol, chuva, vento, brisa, calor ou frio, o
que importa? Importa a tua presença nesta reta final do Campeonato Brasileiro –
Série B.
Puxa pela memória.
Onde estávamos há pouco tempo atrás? Então, não é hora de deixar a peteca cair.
Os adversários precisam ser lembrados jogo a jogo quem é “A Maior e a Mas Fiel”
e isto só é possível com a tua presença no Bento Freitas.
Daí meu, o cântico
será de festa, de luta, de devoção. E a profecia daquele dirigente adversário
estará mais viva do que nunca: “Eles são
uns Xavantes!”.
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