Eu sou torcedor das antigas e futebol bom para mim, independente de
treinador, é aquele tradicional quando o público vivia num senta-levanta
adoidado nas arquibancadas. Tudo ao sabor das jogadas, acalentado por vaias
(aos adversários), uuuuuuus e aplausos. Terminado o jogo festejava Princesa
Isabel afora (às vezes ia até a avenida...) ou ia lá no portãozinho que mais
parecia um brete mostrar o descontentamento. Grandes festas e igualmente
grandes confusões, mas no jogo seguinte era outra história. A paixão imperava
e, no berro, levávamos o Time a vitórias fabulosas.
Hoje a história é outra. Músicas ensaiadas, mimimis facebookianos,
xingamentos digitados e trocentas alternativas extra-arquibancada. O ingresso
foi substituído pelo patrocinador e pela tv e a emprensa abstém-se de ir a
"campo" em busca da notícia e entra na ladainha repercutindo o que
seus “seguidores” on-line vomitam.
Daí endeusar ou defenestrar Rogério Zimmermann é como tirar pirulito
de criança. Acho engraçado esta questão de "Corneteiros" e
"Conformistas" porque, na real, o que importa é a vitória. Esta sim,
nos põe tanto lá quanto cá. Fora disto é só birra ou provocação.
Por isso sinto-me à vontade quando elogio ou quando meto o pau no
treinador, em algum jogador ou até no Presidente do Brasil. Sei que todos eles
estão ali de passagem e a História vai ser o juiz maior limpando qualquer erro
que eu cometa. Mas, claro, sou precavido e valho-me única e exclusivamente da
paixão na hora em que me manifesto para não dar panos prá manga.
Sejamos simples e persistente como Marcola; dedicado e apaixonado como
Milar; onipresente como Andrezinho; é isto que vale. O resto é esperança,
vitória, três pontos.
Não te agacha Zimmermann!
Dá-lhe Brasil!
Xavante Munhoso - foto: Tiago Rodrigues Bastos
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