É o que vivemos nos
dias atuais. Mas isto não vem de agora. Não, não foi com a tomada do Poder pelo
PT e seus aliados como você pode pensar. Há décadas, para não dizer há séculos,
que os governantes usam o álibi social para abocanharem carretas e mais
carretas de dinheiro, habilmente desviados de impostos escorchantes e mal
intencionados. O superfaturamento de obras para inglês ver é a principal peça
dessa roubalheira descomunal e desvia da boca do trabalhador a tranquilidade de
sentar-se à mesa com a família no sagrado direito do pão nosso de cada dia. O
pior de tudo isso é o fato desses entronados valerem-se justamente da boa fé
dos pobres para amalharem os votos necessários para aportarem no Planalto, nos
palácios estaduais e nas prefeituras a fim de contar os dólares e euros em suas
contas além-fronteiras. Jogam em nossa cara os ganhos sociais tão arduamente
conquistados e escondem, em artimanhas colossais, o quanto se apropriam de
dinheiro público. Aliás, nunca o público foi tão humilhado, malversado e
roubado como nos dias de hoje.
Valem-se de partidos
milimetricamente criados apenas para satisfazer a vontade de uma minoria
enclausurada em seus próprios interesses e dali comandam os porões da
corrupção. São pacientes, perseverantes e capazes de esperar vinte anos até
atingirem seu desiderato. Não importa a tendência porque tanto a direita quanto
a esquerda são meros utensílios nessa busca desenfreada pelo poder. Numa
simples leitura da sopa de letrinhas que “coalizam” a fim de atingirem uma
governabilidade idealizada abaixo de dinheiro dá para ver perfeitamente que “o
faz-me rir” está no centro das negociações.
No meio de tudo isso
tem uns mais espertos do que os outros, claro, e saltam do barco como se nada
tivessem a ver com o comandante. É cômico, mas muito provavelmente estarão lado
a lado com o próximo presidente ou presidenta. Tiradentes, o Mártir, já
combatia esses senhores. Mas pouco adiantou porque eles sabem os caminhos para
pôr por terra a mais valia e erguer o cetro da corrupção.
Como nas guerras de
outrora, o ruído nas comunicações serve para A ou B com a firme intenção de
lograr a tudo e a todos. É um diz me diz, bate e rebate, nhem nhem nhem capaz
de enxaropar e desviar a atenção do foco das notícias desgraçadamente tristes
que retratam a Pátria roubada escancaradamente.
Na real, a dúvida é
somente uma. Quem roubou mais? O partido governista atual ou seus antecessores?
Dos coxinhas, dos conservadores, dos abastados, das oligarquias, dos ditadores
sabemos os frutos. Mas do Partido dos Trabalhadores, quem esperava que
reinariam nesse antro de corruPTos?
Delfim Netto por
décadas pregou que o “bolo” deveria primeiro crescer para depois ser repartido.
Na época, ingenuamente, eu acreditava que ele estava certo. Claro que não fui o
único e o PT está aí para mostrar. José Dirceu, José Jenuíno, Lula e os abençoados
pela estrela vermelha sacramentam a listagem daqueles que receberão as benesses
da grana cronometrada no IMPOSTRÔMETRO*.
Não é à toa que a
palavra reinante é impeachment e o juiz Sérgio Moro tire o sono de
personalidades atuantes da política brasileira. Dilma cairá? Não sei. Ao
contrário de Collor, nossa presidenta luta com o que tem e com o que imagina
que tem. É briga de tubarões e tudo pode acontecer. De certo, uma ou duas
pedaladas pode resolver essa parada. E por falar em parada, o progresso passa a
ser uma mera palavra estampada na Bandeira Nacional. Que roubada! Putz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário