terça-feira, 26 de abril de 2016

Distribuição justa das cotas de TV

Bom Senso de Verdade no Futebol Brasileiro.
Distribuição justa das cotas de TV.



Para: Ministério Público, Congresso Nacional ,CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e o Gabinete da Presidência da República

A Injusta Distribuição das Cotas de TV está destruindo os Clubes e o Futebol Brasileiro. O Nosso Futebol não pode ficar restrito a 5 ou 6 clubes em apenas 2 Estados do nosso imenso País. A Solução para o ressurgimento do Futebol Brasileiro passa pela distribuição justa das Cotas de TV permitindo que qualquer Clube, de qualquer estado do Brasil, possa competir de forma justa.

A Injusta Distribuição das Cotas de TV, a decadência do Futebol Brasileiro e porque o Bom Senso FC não é a solução para o nosso Futebol.

Por que as Cotas de TV são injustas?

Entendo que a competitividade é a essência de qualquer atividade esportiva. A criação do Clube dos 13 destruiu a competitividade do Futebol Brasileiro. Com a criação do Clube dos 13 (C13) a cota de TV passou a ser distribuída injustamente e passamos a ter um pequeno grupo de clubes favorecidos em detrimento de dezenas de outros clubes (tirando a representatividade de vários Estados e regiões do País). E a maior injustiça desta distribuição de Cotas é que os clubes do C13 continuam recebendo os mesmos valores mesmo que sejam rebaixados de divisão.

Esta distorção chega ao absurdo de destinar Cota de TV da série A para um clube do C13 jogar a Série B acabando com a competitividade do nosso futebol. A Série B é o campeonato mais INJUSTO do Mundo inteiro. A diferença da Maior Cota (Vasco) para a menor cota é de 23 vezes. Na Série B deste ano 19 clubes receberão R$ 3 milhões cada. O Vasco receberá R$ 70 milhões. Se somar a receita dos 19 clubes, ainda assim não chegaremos na Cota do Vasco.

Já na série A o Flamengo receberá R$ 120 milhões contra R$ 20 milhões do Chapecoense (6 vezes maior). Se hipoteticamente ambos os clubes forem rebaixados este ano, em 2015 o Flamengo receberia os mesmos R$ 120 milhões para jogar a Série B enquanto o Chapecoense receberia R$ 3 milhões (diferença de 40x).

Analisando o acesso e o rebaixamento de clubes do C13 e de clubes de Fora do C13 (FC13) a injustiça fica comprovada.

Um clube do C13 quando é rebaixado volta pra Série A em 100% dos casos. É o que podemos chamar de Dopping Financeiro. Já um clube de Fora do C13 quando consegue subir pra Série A, ele será rebaixado com 100% de certeza em até 3 anos. E o pior vem após o rebaixamento: 72% nunca mais voltarão para a Séria A e 50% deles serão rebaixados pra Série C.

Mesmo entre os privilegiados clubes do C13 a distorção está ficando insustentável e só um torcedor míope não consegue ver o futuro tenebroso que o espera. O C13 é dividido em blocos. Em 2009 a distância entre o maior Bloco (Corinthians/Flamengo) para os demais era de 95%, porém nos próximos anos esta diferença irá para 485%.
Então um clube do C13 que antes poderia almejar algum destaque no âmbito nacional vai ficar relegado a ter apenas um pequeno impacto regional (Casos do Goiás, Sport, Vitória, Bahia, Coritiba e Atlético-PR). Mesmo os integrantes do Bloco intermediário (Inter, Grêmio e Cruzeiro) estão vendo suas cotas ficarem cada vez mais distante do Bloco 1. A diferença irá passar de 55% para 285%!

Os clubes participantes do C13 em sua maioria são contra qualquer tipo de mudança pois tem medo de perder o que já conquistaram, porém, se a situação continuar tomando o rumo atual, teremos um campeonato similar ao Campeonato Espanhol onde tudo será disputado entre Real Madrid (Corinthians) e Barcelona (Flamengo).

A distribuição justa da cota de TV é uma demanda da grande maioria da torcida Brasileira pois na situação atual da Série A, se a cota fosse dividida por Igual, 14 clubes passariam a receber mais do que recebem atualmente e apenas 5 clubes teriam uma diminuição da sua receita.

Por que a Injusta distribuição das Cotas de TV impede o desenvolvimento do Futebol de Base no Brasil?

Como pode haver desenvolvimento de Futebol de Base onde temos 2 realidades completamente distintas:

1) Clubes fora do C13 não consegue desenvolver jogadores de Base pois não tem recursos para isto. Com os poucos recursos que recebem a preocupação principal é sobreviver. Outro fator que desestimula a revelação de talentos é que as poucas revelações que surgem são rapidamente adquiridas pelos clubes participantes do C13.

2) Clubes integrantes do C13 ganham o dinheiro da TV sem esforço (e sem nenhum critério de Meritocracia). Eles sempre têm dinheiro para fazer contratações. Portanto eles não precisam se preocupar em desenvolver o futebol de Base, já que é mais fácil para eles simplesmente comprar os jogadores que surgem ao acaso do nosso futebol.

Por que o Bom Senso FC não pode ser o Interlocutor da mudança do Futebol Brasileiro?
No último ano surgiu um movimento chamado Bom Senso FC com o nobre objetivo de discutir o futebol Brasileiro. As demandas do Bom Senso FC visam apenas redução do número de jogos e o Fair Play Financeiro (os clubes não poderão gastar mais do que arrecadam). Porém eles não tocam no real problema do futebol Brasileiro que é a distribuição Injusta das Cotas de TV, e o que é pior: não dedicaram no seu manifesto inicial uma única proposta ao personagem principal do nosso futebol: O TORCEDOR. As primeiras demandas do Bom Senso FC foram: calendário, férias, pré-temporada, fair play financeiro e a participação dos atletas em conselhos técnicos das entidades que comandam o futebol. Ou seja, ignoraram completamente o Torcedor Brasileiro.
Após uma repercussão negativa, eles jogaram algumas palavras ao vento no seu site, mas não se dedicaram a entender o que afasta o torcedor dos Estádios.

Os integrantes do Bom Senso FC não podem ser os interlocutores de uma renovação do nosso futebol já que eles são parte interessada em manter a situação Atual. Como os Jogadores do Flamengo, Corinthians, São Paulo, e outros clubes irão de encontro a questão das Cotas de TV se isto pode representar perda de receita para os seus empregadores e uma redução nos seus salários?

O Bom Senso FC até reconhece a necessidade de fortalecer as outras divisões do futebol brasileiro mas não diz como isto pode acontecer na prática. Do jeito que a coisa está colocada, parece apenas um movimento corporativista visando os interesses de uma minúscula parcela de uma categoria (jogadores dos times participantes do Clube dos 13). Em resumo parece um movimento apenas interessado em Jogar Menos (o que faz sentido) e receber em dia (o que é justo).
E isto amigos, é muito pouco perto do que o Futebol Brasileiro realmente precisa.

O Brasil precisa de Bom Senso, mas precisa de BOM SENSO DE VERDADE.

Se você concorda, por favor, assine e compartilhe!

*Analisamos os dados de Acesso e rebaixamento a partir de 2003 (data da criação do sistema de pontos corridos).
*Embora o Clube dos 13 não negocie mais os direitos de transmissão, e alguns clubes tenham se desfiliado, na pratica tudo continua como está para os clubes originalmente participantes (com exceção da Portuguesa e do Guarani).

ASSINAR Abaixo-Assinado



domingo, 24 de abril de 2016

Estádio Bento Freitas

Fundado em sete de setembro de mil novecentos e onze, o G. E. Brasil conquistou uma Torcida apaixonada, inconsequente e, acima de tudo, defensora das cores vermelho e preto. Batem no peito para dizer diariamente: “A Torcida que tem um Time” numa mensagem clara e inequívoca da opção pela Camisa Rubro Negra. Esta luta, esta gana, já se manifestou na origem do Clube visto que surgiu no instante em que alguns atletas preparavam-se para um simples e corriqueiro treino. Eram os jogadores do Sport Club Cruzeiro do Sul, formados pelos operários da Cervejaria Haertel. Impedidos de treinar, alguns funcionários reuniram-se num campo da várzea e resolveram formar um novo clube. Pela época do ocorrido, era óbvio o nome e as cores da agremiação que surgia e o Brasil foi anunciado em verde e amarelo. Mas a intempestividade e o inusitado manifesta-se e o time fundado por Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito contrariou o riscado. Uma das primeiras dificuldades a enfrentar era arranjar dinheiro para comprar o primeiro uniforme e, com um “Livro Ouro” na mão, saíram em busca dos recursos. Eis que surge o comerciante português Manoel Ayres Júnior, sócio e ferrenho defensor do Clube Diamantinos, que concorda em patrocinar o uniforme da nova entidade desde que tivesse as cores vermelha e preta tal qual o seu clube carnavalesco. Deu samba na hora! E o Rubro Negro deu o seu primeiro grito de liberdade em alto e bom tom.

Logo após sua fundação, o Brasil não tinha um lugar para mandar os seus jogos, mas isto foi resolvido pelo dr. Augusto Simões Lopes em 1916 que cedeu um campo em sua propriedade ao lado da Estação Férrea. Ali foram travadas partidas memoráveis onde a garra do Time e da Torcida já deixava bem claro quem mandaria na Princesa do Sul. Nesta época e por muito tempo o Rio Grande do Sul conhecia a Torcida e o Time do Brasil como “Os Negrinhos da Estação” com seu futebol aguerrido, competitivo e mágico. Mas, pesar do aconchego e da mística do primeiro estádio, o Brasil e sua maravilhosa Torcida precisava de mais. Muito mais.

Para o futebol Rubro Negro, 1939 não foi um ano de destaque, mas aconteceu a grande conquista do G. E. Brasil, ou seja, a compra de um terreno a rua 13 de Maio, atual Princesa Isabel, para a construção do seu novo estádio. Bento Mendes de Freitas era o presidente e, com arrojo e persistência, agitava seus diretores e torcedores no sentido de darem o início as obras tão almejadas. De 1939 a 1943 muito trabalho e verdadeiras batalhas tiveram os Rubro Negros liderados por Bento Mendes de Freitas. Na verdade, muitos não acreditavam ser possível concretizar tamanho sonho e a luta interna era a mais acirrada. Vencidos os obstáculos, os torcedores Xavantes assistiram a inauguração do Estádio Rubro Negro no dia 23 de maio de 1943, num jogo amistoso do G. E. Brasil com o Força e Luz, de Porto Alegre, considerado, na época, um grande acontecimento esportivo. A emoção tomou conta tanto dos Rubro Negros quanto da própria cidade que assistia envaidecida a afirmação de seu grande representante na seara esportiva. Coube a Birilão a felicidade de fazer o primeiro gol do G. E. Brasil no Estádio que nascia para a glória da Nação Xavante.
A partir daquele jogo intermunicipal inaugural não pararam de acontecer grandes e memoráveis vitórias do Rubro Negro em seus redutos. De lá para cá, muitas partidas aconteceram no Estádio Bento Freitas, nome que recebeu em homenagem a seu grande idealizador e ferrenho batalhador por sua construção. Já no primeiro Bra-Pel realizado na Baixada, apelido carinhosamente atribuído a esta praça de esportes, com um placar de G. E. Brasil 3 X 1 E. C. Pelotas ficou bem claro quem mandaria nesses domínios. Há uma grande controvérsia sobre o maior público presente neste ninho de sonhos. Uns dizem que foi no jogo G. E. Brasil 1 X 0 C. R. Flamengo no dia 21 de março pelo Campeonato Nacional de 1984, numa das mais lindas vitórias Xavantes que se tem conhecimento. Assistiram essa memorável partida 21.115 pessoas. Outros afirmam ser o maior público ocorrido num jogo contra o Grêmio onde cerca de vinte e dois mil torcedores testemunharam mais uma apresentação Xavante.
Há muito para falar do que eu chamo carinhosamente de Bento Colosso de Freitas, mas as palavras que um dia Ruy Carlos Ostermann publicou no jornal Zero Hora soam como uma oração: “Se pudesse e não parecesse um incômodo ou impertinência, estaria no Bento Freitas esta tarde. Foi lá que que tive as mais profundas experiências de um estádio de futebol. Já os vi(estádios) de todos os tamanhos e os senti. Wembley é o mais solene, grandeza como a do Maracanã não há outra, em Turim cravaram no meu coração o Delle Alpi de Maradona e Caniggia, o Sarriá ainda dói, e o estádio do Everton, em Liverpool, será sempre a minha maior vergonha. Mas o Bento Freitas é uma experiência de elevação, dor e alegria, de superação dos indivíduos convertidos numa massa se movendo para cima e para baixo, para os lados, ao som dos trompetes e dos tambores, com todos os gestos, como na noite do jogo contra o Flamengo, ou tantas outras, bem menos glamorosas, mas de febre alta e tensão de pele. É ISSO, NÃO HÁ ESTÁDIO MAIS HUMANO!!”
“Virou pó!”, disse-me um amigo áureo-cerúleo zombando a destruição das arquibancadas do Bento Freitas. Não gastei meio segundo na resposta: “Mas o Espírito permanece”. E é isso mesmo. O espírito permanece e a Torcida Xavante, mais uma vez, vai dar a resposta. Como já deu em 1977 quando o Estádio foi praticamente duplicado às pressas para cumprir as exigências determinadas pela então CBF. Gente trabalhando dia e noite. Indo direto do serviço para ajudar nas obras em busca da primeira participação em Campeonato Nacional. Doações de cimento e tijolo chegavam de todos os cantos da cidade numa verdadeira comoção banhada a sangue e suor.
Hoje os tempos são outros e a batalha é muitíssimo maior. Mas isso não me aflige. Pelo contrário, tenho a mais absoluta certeza de que o velho Bento Freitas resplandecerá num verdadeiro monumento ao futebol brasileiro atestando a garra e a paixão d’A Maior e a mais Fiel Torcida do Interior do Rio Grande do Sul. Alicerçado numa Comissão de Obras séria e comprometida com o Clube as obras caminham no ritmo necessário para que tudo seja feito dentro do que há de mais moderno e atualizado em termos de normas e exigências para um bom estádio de futebol. Como se não bastasse, o diferencial fica por conta da Associação Cresce Xavante. Uma entidade sonhada e formada pelos mais guapos Torcedores do Brasil. Este é o nosso selo. Esta é a garantia de que “o Brasil será do tamanho que nós quisermos”.
A disposição existe, o trabalho está sendo feito e a colaboração, claro, virá de todos os cantos da Nação porque temos Torcedores do Oiapoque ao Chuí. Siga o seu coração. Acesse http://www.novobentofreitas.com.br/ e faça parte dessa grande batalha.



A mudança da Pedra

Em minha vida Xavante presenciei e participei de vários momentos importantes. Vitórias, derrotas, lutas sem fim em busca do melhor para o meu Clube. Hoje (23.04.16) mais um acontecimento marca o meu coração com a força do ferro em brasa. Assisti em primeira mão a retirada da Pedra que registra a data de fundação, o cinquentenário e o centenário do G. E. Brasil. Dentro do possível, meu pulso manteve-se firme, mas as lágrimas não hesitaram em afagar o meu rosto num misto de alegria e tristeza. É preciso cortar a própria carne para dar o devido valor às vitórias. É, realmente vem aí um novo Bento Freitas.




quarta-feira, 13 de abril de 2016

O Torcedor faz a Baixada

Me perdoe o Time dentro de campo mas eu não consigo pensar em outra coisa a não ser a reconstrução do Bento Colosso de Freitas.



sábado, 9 de abril de 2016

UM MERECIDO RECONHECIMENTO

Foto: Carlos Insaurriaga

Ser reconhecido pela sua competência e por um ótimo desempenho é um combustível especial para qualquer profissional. E é assim que se sentem, neste momento, a equipe da Central de Relacionamento do Sócio Xavante. Isso tudo por que a Direção Executiva do clube presenteou os funcionários da Central depois de uma intensa e exitosa dedicação para o bom funcionamento do setor responsável pelo contato direto com o associado rubro-negro. O clube comemorou a incrível marca de 5032 torcedores adimplentes no seu quadro social.
Para o Gerente Executivo do clube, Armando Desessards, o desempenho da equipe da Central de Sócios é digno de elogio:
– Queremos parabenizar o trabalho executado por todas as meninas da Central do Sócio. Mesmo em dias difíceis, como foi na partida contra o São José, em que a chuva fez com que centenas de sócios procurassem o check-in próximo ao horário da partida, elas se redobraram para que o funcionamento da Central fosse ágil e satisfatório ao nosso associado.
Desessards é enfático ao relembrar todos os integrantes da Central. “Parabenizamos a Fernanda, Mirela, Bruna, Vanessa e a Jennifer. Todas são brilhantemente coordenadas pelo nosso Supervisor Administrativo, André Boanova, ao qual também parabenizamos pelo sucesso da Central. E claro, a participação do Sylvio Balverdú, responsável pelo marketing rubro-negro, pessoa de extrema importância para o sucesso das ações promocionais do clube” frisou o Gerente Executivo.

Com a proximidade do tão sonhado Campeonato Brasileiro da Série B e a limitação de no máximo 6 mil sócios adimplentes – devido às obras no Bento Freitas – é importante ressaltar ao torcedor que ainda não é sócio, que poucas novas vagas serão ofertadas no quadro social, neste momento. Outro importante fator é a possibilidade do sócio inadimplente regularizar sua situação junto a Central do Sócio e voltar a estar apto para assistir aos emocionantes jogos da segunda divisão nacional. - Por Jonathan Silva

terça-feira, 5 de abril de 2016

Roubocracia social

É o que vivemos nos dias atuais. Mas isto não vem de agora. Não, não foi com a tomada do Poder pelo PT e seus aliados como você pode pensar. Há décadas, para não dizer há séculos, que os governantes usam o álibi social para abocanharem carretas e mais carretas de dinheiro, habilmente desviados de impostos escorchantes e mal intencionados. O superfaturamento de obras para inglês ver é a principal peça dessa roubalheira descomunal e desvia da boca do trabalhador a tranquilidade de sentar-se à mesa com a família no sagrado direito do pão nosso de cada dia. O pior de tudo isso é o fato desses entronados valerem-se justamente da boa fé dos pobres para amalharem os votos necessários para aportarem no Planalto, nos palácios estaduais e nas prefeituras a fim de contar os dólares e euros em suas contas além-fronteiras. Jogam em nossa cara os ganhos sociais tão arduamente conquistados e escondem, em artimanhas colossais, o quanto se apropriam de dinheiro público. Aliás, nunca o público foi tão humilhado, malversado e roubado como nos dias de hoje.

Valem-se de partidos milimetricamente criados apenas para satisfazer a vontade de uma minoria enclausurada em seus próprios interesses e dali comandam os porões da corrupção. São pacientes, perseverantes e capazes de esperar vinte anos até atingirem seu desiderato. Não importa a tendência porque tanto a direita quanto a esquerda são meros utensílios nessa busca desenfreada pelo poder. Numa simples leitura da sopa de letrinhas que “coalizam” a fim de atingirem uma governabilidade idealizada abaixo de dinheiro dá para ver perfeitamente que “o faz-me rir” está no centro das negociações.

No meio de tudo isso tem uns mais espertos do que os outros, claro, e saltam do barco como se nada tivessem a ver com o comandante. É cômico, mas muito provavelmente estarão lado a lado com o próximo presidente ou presidenta. Tiradentes, o Mártir, já combatia esses senhores. Mas pouco adiantou porque eles sabem os caminhos para pôr por terra a mais valia e erguer o cetro da corrupção.

Como nas guerras de outrora, o ruído nas comunicações serve para A ou B com a firme intenção de lograr a tudo e a todos. É um diz me diz, bate e rebate, nhem nhem nhem capaz de enxaropar e desviar a atenção do foco das notícias desgraçadamente tristes que retratam a Pátria roubada escancaradamente.

Na real, a dúvida é somente uma. Quem roubou mais? O partido governista atual ou seus antecessores? Dos coxinhas, dos conservadores, dos abastados, das oligarquias, dos ditadores sabemos os frutos. Mas do Partido dos Trabalhadores, quem esperava que reinariam nesse antro de corruPTos?

Delfim Netto por décadas pregou que o “bolo” deveria primeiro crescer para depois ser repartido. Na época, ingenuamente, eu acreditava que ele estava certo. Claro que não fui o único e o PT está aí para mostrar. José Dirceu, José Jenuíno, Lula e os abençoados pela estrela vermelha sacramentam a listagem daqueles que receberão as benesses da grana cronometrada no IMPOSTRÔMETRO*.


Não é à toa que a palavra reinante é impeachment e o juiz Sérgio Moro tire o sono de personalidades atuantes da política brasileira. Dilma cairá? Não sei. Ao contrário de Collor, nossa presidenta luta com o que tem e com o que imagina que tem. É briga de tubarões e tudo pode acontecer. De certo, uma ou duas pedaladas pode resolver essa parada. E por falar em parada, o progresso passa a ser uma mera palavra estampada na Bandeira Nacional. Que roubada! Putz!