sábado, 19 de dezembro de 2015

Sobre um "novo" impeachment

Na real, tche!

Tomara que enquadrem, além da Presidenta e do PT, mais uma meia dúzia de partidos. Não que isso livre a Nação de todo o mal mas que será um bom início para a moralidade, será.

Além do nhém-nhém-nhém de deputados e senadores, do lero-lero da imprensa a da batalha jurídica entre os representantes da Lei, tem a indignação do povo que pouco a pouco acorda para esta realidade.

Não é de hoje que as letrinhas ditam o caminho quando a questão é dar um basta ao aproveitamento descabido de governantes. A lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 já prescrevia:

Art. 1º São crimes de responsabilidade os que esta lei especifica.
Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República.
Art. 3º A imposição da pena referida no artigo anterior não exclui o processo e julgamento do acusado por crime comum, na justiça ordinária, nos termos das leis de processo penal.
Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:
I - A existência da União:
II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;
III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:
IV - A segurança interna do país:
V - A probidade na administração;
VI - A lei orçamentária;
VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos;
VIII - O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89).

Enfim, infelizmente, esta luta é mais política do que ética e a moral passa a ter peso de acordo com o poder de cada um. O vil metal ocupa o espaço do bem comum e dá a tônica da contenda. Daí, para meditarmos, tomo a liberdade de transcrever o poema de Paulo de Freitas Mendonça gravado no CD "Cantos de la Pátria Grande":

Os piazitos, pelas ruas, sem escola
sem passado, sem presente, nem futuro
maulas drogas que os prendem são cruéis
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)

As crianças pobres, lindas, prostituídas
as pistolas carregadas matam sonhos
os abortos clandestinos roubam vidas,
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)

As mensagens transmitidas são tão fúteis
o descaso é permanente como solo
a matança inconsequente arrasa o rio
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)

Há bom preço pro muito que é sem valor
nada vale a preciosidade sem preço
pois, o ter detém maior valor que o ser
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)

Há quem possui tudo e nada distribui
há quem requer, mão beijada, a qualquer custo
há os com leis e os sem leis, tão confusos
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)

Há uma falta de justiça na justiça
os que roubam disfarçados são julgados
os que roubam declarados, inocentes
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)

Pátria triste colonial e submissa
território de orfandade insolente
retalhado por interesses escusos
e os covardes, cafajestes, no comando
(ah paizito mi corazon ta llorando)


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Em tempo: não deixem de acessar o link a seguir, em especial no tempo compreendido entre os  41:40 minutos até 45:10

https://www.youtube.com/watch?v=bpHarIe68gk

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http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2960930




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