quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

E assim foi 2015

Pois é!

Nem no retrovisor deu para ver o co-irmão tal a polvadeira provocada pela Torcida Xavante.

Mal janeiro começara, a cidade inteira só falava no jogo entre o G. E. Brasil e o C. R. Flamengo. Enquanto para uns tratava-se de uma revanche, para os Rubro Negros da Princesa do Sul era apenas mais uma partida a nível nacional. Claro, repetir a façanha de 85 seria uma dádiva que só os Deuses do Futebol poderiam proporcionar aos Xavantes. Passada a euforia do sorteio da Copa do Brasil era hora de mirar o Gauchão. Já na primeira partida, subimos a Serra e derrotamos o Caxias numa vitória espetacular tendo Nena deixado a marca dele e fazendo um a zero para o Brasil.

Mostrando que fevereiro tem carnaval, o Brasil deixa a marca Xavante na Arena do Grêmio e ganha mais uma vez com um gol de Nena. Num público de 15.153 pessoas a Torcida Xavante mostrou que não existe distância para uma Nação apaixonada e, com 1.450 fanáticos deram o tom da festa. Dando um tempo às partidas estaduais, no dia 25 o Brasil encara o Flamengo em jogo pela Copa do Brasil. A vitória não veio, mesmo assim a partida foi um arraso. Um público espetacular e a mídia do País inteiro vieram assistir o ponta-pé inicial do novo Bento Freitas. Sim porque as velhas e gloriosas arquibancadas do Caldeirão não aguentaram o repique e deram o seu grito de alerta. No burburinho geral deu para ouvir perfeitamente a euforia e os gracejos de áureo-cerúleos num êxtase carniceiro. O que parecia ser o fim, na verdade determinou um início que marcará a História do Brasil.

Por linhas tortas março mostra que Bra-Pel é Bra-Pel e o Brasil precisa alugar a Boca do Lobo para enfrentar o Ypiranga de Erexim pela oitava rodada do Gauchão. É jogo de Primeira Divisão e a Torcida Xavante não deixa por menos lotando o Salão de Festas na vitória de 2X0.

Abril chega trazendo mais uma vez a supremacia Xavante. Jogando no Estádio Aldo Dapuzzo, o Brasil empata em 1X1 com o Internacional de Porto Alegre e conquista por antecipação o título de Bi-Campeão do Interior. Outra vitória Rubro Negra em abril, é a confirmação da Série C do Campeonato Brasileiro no Bento Freitas. Depois de uma batalha descomunal, o Corpo de Bombeiros rende-se e dá o ok para a Direção do Brasil mandar seus jogos no Estádio Bento Freitas. Já no finalzinho do mês Leandrão chega na Baixada para fazer história.

Maio confirma o que toda a Nação Xavante já sabia há muito tempo: Rogério Zimmermann é o melhor técnico do Gauchão, segundo a Rádio Gaúcha. Mas a notícia mais esperada finalmente chega com o lançamento da campanha #voltacaldeirão. Diversas ações começam a surgir e uma delas é executada por um grupo de Torcedores Xavantes autodeterminado de “Mãos à Obra”. Através de uma rifa arrecadam cerca de doze mil reais e pagam o serviço de sondagem e análise do solo do Bento Freitas. É a partir daí que os cálculos e projetos nortearão toda a obra do novo Estádio.

Em junho as duas frentes de batalha do Brasil de 2015 estão mais do que definidas. Dentro das quatro linhas o Time amontoa alegrias e esperança a cada vitória e fora de campo a campanha #voltacaldeirão segue dando o tom. O Grupo Xavantes do Laranjal reeditam o “Jantar Volta Caldeirão” com o mesmo sucesso do anterior lotando as dependências do restaurante Santo Antonio Grill na av, Antonio Augusto de Assumpção, 9.029. No apagar das luzes de junho, Leandrão faz três gols em seis minutos no Londrina e leva a Torcida Xavante ao delírio. Há quatro meses sem jogar no Bento Freitas e jogando quase no horário do almoço a festa Rubro Negra foi ao estilo tradicional. Após perder um pênalt no primeiro tempo e sofrer o gol adversário na arrancada do segundo tempo o Torcedor Xavante manteve-se firme e fiel como sempre. Confirmando que a fé remove montanhas, aos 42 minutos do segundo tempo Lendrão empatou a partida. Um minuto após, Leandrão marca seu segundo gol. O que era bom ainda poderia melhorar? Sim! E, aos 48 minutos do segundo tempo, Leandrão estufou as redes novamente num sonoro 3X1 para o Brasil. Confirmando que não está morto quem peleia, o Caldeirão pulsava mais forte do que nunca.

Eta ano bom! E julho não foi diferente. Começa outorgando o título de Cidadão Pelotense a Rogério Zimmermann não só pelas conquistas à frente da Comissão Técnica do G. E. Brasil mas também por seus feitos profissionais que levaram o nome da cidade a todos os cantos do País. O sétimo mês do ano também trouxe um Bra-Pel de mentirinha e, com a não confirmação da Sul Minas para o Brasil, os áureo-cerúleso cantaram vitória nessa parada. Só não sei se colocaram estrela em sua camisa.

Agosto é o mês do Papai e o empate diante do Caxias confirmou a permanência do Brasil na Série C. Hoje isto é passado, mas aquele 1X1 trouxe a tranquilidade para a vitória maior que viria no escaldante Ceará. Um baque importante na campanha foi a saída do Leandrão. Talvez ali a Taça deixou de vir para nossos armários.

Setembro por si só já é um mês festivo para nós Rubro Negros por tratar-se da fundação do G. E. Brasil que, desde 1911, encanta e arrasta uma multidão de Torcedores loucos, fanáticos e sem vergonha de ser Xavantes. Agora, vencer um jogo lá em Minas Gerais e carimbar o passaporte para as quartas-de-finais da Série C do Campeonato Brasileiro não tem preço. E foi o que aconteceu no jogo Tupi-MG 0 X 2 Brasil.

Outubro, o mês que valeu um ano. Toda uma luta, todo planejamento, todo sonho decidido em 180 minutos. Num Time de guerreiros a bênção caiu no pé de Cleverson. Dizer o quê? É SÉRIE B! Ainda faltava o segundo jogo mas quem tiraria esta vaga do Brasil? O Flamengo de Zico é que não; nem o Santos de Pelé. Muito menos o Fortaleza. Diante de 60 mil torcedores, numa Arena Castelão lotada, os guerreiros de Zimmermann mostraram mais uma vez que tinham garra, amor e futebol para trazer esta vaga para a Torcida Xavante. E foi o que aconteceu. Como se não bastasse essa estupenda vitória o Brasil apresentou o projeto do novo Bento Freitas. “Projetado pela Olla Estúdio de Arquitetura, o novo estádio tem a marca da Porto 5, empresa que financiará o novo Caldeirão rubro-negro. Para obter aquilo que os Xavantes desejam, as duas empresas tomaram os cuidados necessários no que tange às exigências da FIFA, CBF, Corpo de Bombeiros, às normas municipais e da exigente torcida vermelha e preta.

Novembro começa com uma convocação extraordinária do Conselho Deliberativo do G. E. Brasil. Na pauta um tema forte e digno de muitas discussões: adesão ao PROFUT. Trata-se da MP 671 que oportunizará aos clubes de futebol acertarem as contas com a União mediante uma série de medidas que trará, entre outras coisas, uma maior transparência na administração dos dirigentes de futebol. Outro fato de grande importância para a Nação Xavante é a reeleição de Ricardo Fonseca. Num quinto mandato consecutivo, além de bater um record, trata-se do reconhecimento dos Sócios que desejam a nosso Presidente mais um ano de vitórias tanto nas quatro linhas quanto na administração do Brasil.

Dezembro, festas, papai-noel, confraternizações... Isto tudo é importante e muito bom mas não dá para ficar em berço esplêndido. Se o Nosso 2015 foi vitorio é porque o trabalho e a organização começaram muito cedo. E as competições do ano que vem já estão aí. Batendo na porta. Temos Copa do Brasil e Série B do Campeonato Brasileiro mas não dá, de maneira nenhuma, para esquecer o Gauchão porque tudo começa pela nossa própria casa. 31/01 – Brasil x Grêmio; 03/02 – Cruzeiro x Brasil; 10/02 – Brasil x Ypiranga; 14/02 – Glória x Brasil; 21/02 – Lajeadense x Brasil; 24/02 – Brasil x Aimoré; 28/02 – São Paulo x Brasil; 06/03 – Brasil x Juventude; 13/03 – Brasil x Veranópolis; 20/03 – Novo Hamburgo x Brasil; 27/03 – Brasil x São José; 30/03 – Internacional x Brasil; 03/04 – Brasil x Passo Fundo. Na real é uma loucura. Um verdadeiro sonho o que vem acontecendo. São notícias e mais notícias e, claro, as Categorias de Base não poderiam ficar à mercê dos acontecimentos. Uma proposta de parceria para os próximos anos foi apresentada ao Conselho Deliberativo. Ainda está sob uma análise mais apurada e, se aprovada, somará em muito a esta brilhante caminhada do Brasil.



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