Saí
de casa em cima da hora (5h30) estrategicamente tentando driblar o sol. Mas não
adiantou porque o astro rei estava a fuder hoje e quase torrei na grande
arquibancada. Quase implorei para o meu filho ir comigo mas o guri preferiu corretiar
as gurias (escolher mulher em vez do Brasil não deve bater muito bem da
cabeça). No fundo estava preocupado era comigo mesmo mas o véinho aqui aguentou
o tranco. Curtir aquela "lua" com 6.0 não é para qualquer um. Quando
pisei nas arquibancadas me passou uma pontinha de raiva por ver que ainda tinha
muito espaço para o meu gosto. Não demorou para eu entender e a ambulância
levou o primeiro para ouvir o jogo em algum hospital. Depois mais um e eu ali,
suando como um porco na hora do aperto. Olhava para a nossa Torcida e ela nem
aí, torcendo atentamente e mais uma vez apoiando o Time. Quase mudei de lugar,
pois percebi que o portãozinho da tela estava à espera de quem bambeasse as
pernas. Nessas alturas já não lamentava pelos que não foram e sentia um baita
orgulho daqueles que estavam lá. Um jogo como eu gosto. Prá matar mesmo e cheio
de emoção. Foi o primeiro desse ano que vem em resgate de nossas tradições. Um
adversário leve, rápido, esperto que sabe jogar bola, mas que não foi páreo
para nós. Afora aquela Torcida doida, quatro destaques que valeram o ingresso a
R$ 40,00. Alex Amado, Luiz Muller, Cirilo e Cleiton. Bem que poderiam chamar
Alex Amado de "Diabo Loiro" porque ele desgraça os defensores
adversários. Luiz Muller já faz parte dos grandes goleiros do Brasil e mais uma
vez assinou um jogo brilhantemente. Cirilo deve ter alguma clínica cardiológica
porque nos leva do Céu ao Inferno à cada partida que veste este Manto Sagrado.
Mais uma vez mostrou que tem grande personalidade e, assim como não sucumbe nos
erros, não se emascara com o sucesso. Mas o nome do jogo foi Cleiton. Poucas
vezes o vi jogar como hoje. Se marcasse aquele gol, teria placa no Estádio.
Desculpem este verdadeiro desabafo, mas desde março do ano passado eu não
assistia a uma partida inteira na Baixada. Daí a minha teimosia em ficar na
grande e velha arquibancada e, num último manifesto, um agradecimento especial
para meus miolos que, acredito sem seqüelas, aguentou a temperatura imposta a
todos que lá estavam. Brasil 2 X 0 Cruzeiro em 19.01.14. Amém!
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