Isto tem a ver com a
cultura ao corpo, onde os músculos dão aos indivíduos a sensação de poderoso e
dominador. Torcer passa a ser um caminho para o futuro confronto com outros
torcedores de igual índole. Evidentemente que a ausência ou ineficiência do
Estado nestas verdadeiras contendas em que o futebol está se tornando aduba o
imaginário de brigões que cada vez mais se sentem em casa quando estão num
estádio de futebol ou excursionando pelas estradas da vida.
A cutucação internética
é outro pilar que somatiza as agressões de maneira assustadora. Livremente
“prometem-se” e arquitetam encontros e emboscadas às vezes esperadas muito mais
do que a partida de futebol em si. Tudo em nome de cores clubísticas tantas e
tantas vezes necessitadas da materialização dessa gana em obras e apoios
verdadeiros, capaz de sustentar e lançar seus times a vôos mais altos e
persistentes.
Cada país tem os seus
motivos para ver os cidadãos usando do subterfúgio de “torcer” por um clube de
futebol para passar a dar pedradas, socos, ponta-pés, pauladas e n formas de
agressão e aqui na República Tupiniquim não é diferente. Muito pelo contrário,
somos “campeões” e, para mim, o marasmo da justiça é o pior deles. Quando José
Genuíno e José Dirceu erguem o punho num ato de vitória após suas
“condenações”, vemos a esperança correr ralo a fora. Mas não vamos partidarizar
isto porque aqui a produção de joio está muito maior do que a de trigo e a
maioria de nossas siglas políticas está neste lamaçal até o pescoço.
Daí o Ministério
Público blindar a PM de Joinville é um passo*. "A ação do MP é contra a Felej, prefeitura, Joinville
Esporte Clube e Polícia Militar. É algo recente, mas que impede a PM de atuar
na parte interna do estádio. Eles vão patrulhar as imediações e garantir a
segurança da arbitragem. O restante será feito pelos seguranças particulares contratados
junto ao Atlético-PR, que alugou o espaço para mandar a partida", explicou
Kreeling ao UOL Esporte. Aconteceu pras bandas dos
barriga-verde mas poderia ser na terra dos pinheirais, da bombacha ou em
qualquer outro estado do País do Futebol.
Segundo a reportagem, cerca de 100 funcionários particulares
foram designados para a segurança num dos jogos mais importantes da rodada
final do campeonato. Uma vaga para a Libertadores e um descenso para a segundona
nacional estavam em jogo e a segurança falhou. Incapacidade, inocência ou interesses? Sei lá.
De real, o saldo da brutalidade que botou alguns torcedores no hospital com
lesões gravíssimas. Infelizmente, não é surpresa e as cenas mostradas
instantaneamente pela televisão representam apenas uma fagulha de tudo o que
acontece no mundo do futebol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário