quarta-feira, 7 de setembro de 2022

De Breno e Salustiano até nós

Parabéns Nação Xavante!

Cento e onze anos de fundação do G. E. Brasil. Data de grande importância conquistada sob o fogo de muitas batalhas. Vitórias e derrotas são acontecimentos diários no coração de todo Torcedor Xavante. E isto nos torna um Torcedor especial e digno representante do futebol raiz, apaixonante e universal.

Hoje são tempos de espera e apreensão. Lamber as feridas tem sido uma rotina desagradável para aqueles acostumados a festejar nas Arquibancadas do Estádio Bento Freitas.

A partir de vinte e um mais batemos cabeça do que acertamos na cúpula diretiva do nosso Clube e a cadeira do presidente teve diversos ocupantes. A consequência maior foi dois descensos no Campeonato Brasileiro e a contestação tomou assento em praticamente todas as rodas de Rubro Negro.

Agora estamos às vésperas de uma eleição no Brasil. Não confundam com o pleito do País, pois este acontecerá em outubro.

O Brasil que falo é o Rubro Negro, o Xavante, o Brasil/RS, o Brasil de Pelotas, mundialmente conhecido. Aquele consagrado como “Os Negrinhos da Estação”, “O Clube do Povo”, “A Raça do Interior” e tantas outras formas que a sabedoria popular tão acertadamente identifica o Clube fundado em sete de setembro de mil novecentos e onze por Breno Correa e Salustiano Brito.

Inúmeras são as vitórias conquistadas ao longo da História que começou com duas pessoas e hoje são milhares e milhares de Torcedores em todos os cantos do País.

Acontecimentos sobre-humanos como calar o Castelão lotado com mais de cem mil expectadores ou derrotar o Flamengo de Zico e Zagalo num Bento Freitas de noite memorável atestam a capacidade de superação de um Clube que tem como maior troféu a Torcida Xavante. Uma Massa capaz de transformar derrotas eminentes em triunfos gloriosos e eternos.

Aquela revolta, aquela gana, aquela vontade de se impor contra qualquer obstáculo continua até hoje e de certo sempre existirá. Não é mais o Breno. Não é mais o Salustiano. E sim milhares de Marcola, Andrézinho e outros tantos forjados sob o sol escaldante do verão ou as agruras do vento Minuano em noites geladas do estado gaúcho.

O próximo jogo é especial e decisivo. Mas não será no gramado do Bento Freitas e nem em outro estádio deste País grandioso tantas e tantas vezes cruzado pela Delegação Xavante.

Será no Salão de Honra. Sem atletas. Mas com um Time de Sócios que não arredam pé nem quando a fase é das brabas.

Não teremos gols, mas votos. Ali o gesto de fundação se repetirá na sagrada escolha de um novo presidente para o primeiro Campeão Gaúcho.

Brasil, Brasil, Brasil/ As tuas cores são nosso sangue nossa raça/ Brasil, Brasil, Brasil/ Força e vontade, cheio de graça/ Brasil, Brasil, Brasil/ Nós este ano, vamos vencer/ Salve o Brasil/ O campeão do bem-querer.

Para um clube que já percorreu a América na inigualável excursão de mil novecentos e cinquenta e seis as dificuldades de hoje são apenas mais uma etapa a vencer.

Dá-lhe Brasil!



Cartaz de 1978


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