Parabéns Nação Xavante!
Cento e onze anos de
fundação do G. E. Brasil. Data de grande importância conquistada sob o fogo de
muitas batalhas. Vitórias e derrotas são acontecimentos diários no coração de
todo Torcedor Xavante. E isto nos torna um Torcedor especial e digno
representante do futebol raiz, apaixonante e universal.
Hoje são tempos de espera e
apreensão. Lamber as feridas tem sido uma rotina desagradável para aqueles
acostumados a festejar nas Arquibancadas do Estádio Bento Freitas.
A partir de vinte e um mais
batemos cabeça do que acertamos na cúpula diretiva do nosso Clube e a cadeira
do presidente teve diversos ocupantes. A consequência maior foi dois descensos
no Campeonato Brasileiro e a contestação tomou assento em praticamente todas as
rodas de Rubro Negro.
Agora estamos às vésperas de
uma eleição no Brasil. Não confundam com o pleito do País, pois este acontecerá
em outubro.
O Brasil que falo é o Rubro
Negro, o Xavante, o Brasil/RS, o Brasil de Pelotas, mundialmente conhecido.
Aquele consagrado como “Os Negrinhos da Estação”, “O Clube do Povo”, “A Raça do
Interior” e tantas outras formas que a sabedoria popular tão acertadamente
identifica o Clube fundado em sete de setembro de mil novecentos e onze por
Breno Correa e Salustiano Brito.
Inúmeras são as vitórias
conquistadas ao longo da História que começou com duas pessoas e hoje são
milhares e milhares de Torcedores em todos os cantos do País.
Acontecimentos sobre-humanos
como calar o Castelão lotado com mais de cem mil expectadores ou derrotar o
Flamengo de Zico e Zagalo num Bento Freitas de noite memorável atestam a
capacidade de superação de um Clube que tem como maior troféu a Torcida
Xavante. Uma Massa capaz de transformar derrotas eminentes em triunfos
gloriosos e eternos.
Aquela revolta, aquela gana,
aquela vontade de se impor contra qualquer obstáculo continua até hoje e de
certo sempre existirá. Não é mais o Breno. Não é mais o Salustiano. E sim milhares
de Marcola, Andrézinho e outros tantos forjados sob o sol escaldante do verão
ou as agruras do vento Minuano em noites geladas do estado gaúcho.
O próximo jogo é especial e decisivo.
Mas não será no gramado do Bento Freitas e nem em outro estádio deste País
grandioso tantas e tantas vezes cruzado pela Delegação Xavante.
Será no Salão de Honra. Sem
atletas. Mas com um Time de Sócios que não arredam pé nem quando a fase é das
brabas.
Não teremos gols, mas votos.
Ali o gesto de fundação se repetirá na sagrada escolha de um novo presidente
para o primeiro Campeão Gaúcho.
Brasil, Brasil, Brasil/ As
tuas cores são nosso sangue nossa raça/ Brasil, Brasil, Brasil/ Força e vontade,
cheio de graça/ Brasil, Brasil, Brasil/ Nós este ano, vamos vencer/ Salve o
Brasil/ O campeão do bem-querer.
Para um clube que já
percorreu a América na inigualável excursão de mil novecentos e cinquenta e
seis as dificuldades de hoje são apenas mais uma etapa a vencer.
Dá-lhe Brasil!
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