Tchê! Para mim, falar do
Bento Freitas é falar de minha casa. Quem sabe de minha alma até. Torço e vibro
em suas Arquibancadas desde os anos sessenta e pouco. De mil novecentos e
sessenta e três para cá é certo que sempre estive Lá. Mas de repente antes
disso eu já sentia o impacto deste monumento da Princesa do Sul.
Daí eu digo que é justo,
verdadeiro e célebre o que o consagrado Ruy Carlos Ostermann escreveu nas
páginas de Zero Hora: “Se pudesse e não parecesse um incômodo ou impertinência,
estaria no Bento Freitas esta tarde. Foi lá que tive as mais profundas
experiências de um estádio de futebol. Já os vi (estádios) de todos os tamanhos
e os senti. Wembley é o mais solene, grandeza como a do Maracanã não há outra,
em Turim cravaram no meu coração o Delle Alpi de Maradona e Caniggia, o Sarriá
ainda dói, e o estádio do Everton, em Liverpool, será sempre a minha maior
vergonha. Mas o Bento Freitas é uma experiência de elevação, dor e alegria, de
superação dos indivíduos convertidos numa massa se movendo para cima e para
baixo, para os lados, ao som dos trompetes e dos tambores, com todos os gestos,
como na noite do jogo contra o Flamengo, ou tantas outras, bem menos
glamorosas, mas de febre alta e tensão de pele. É ISSO, NÃO HÁ ESTÁDIO MAIS
HUMANO!!”.
Quantas emoções a Torcida Xavante teve neste
Caldeirão que a todos irmana independente de cor, credo, política, seja lá o
que for. Ali o que vale é a paixão pelo G. E. Brasil. O “Clube do Povo” tem um
histórico comprometido com a massa sofrida. Aquela que, faça chuva ou faça sol,
está lá nas eletrizantes Arquibancadas.
Estádio, Torcida, Brasil, um trio único que
atravessa gerações sempre na mesma batida. Batida de luta, sofrimento até, mas
nunca desistência. Enfrentamentos heroicos seja contra um Riopardense ou contra
um Flamengo de Zico, Zagalo e companhia.
Enfim setenta e sete anos. Momentaneamente
calado por esta pandemia que se alastrou mundo afora. Mas que ressurgirá tão
belo e vibrante como antigamente.
Estádio Bento Freitas, palco onde a alegria do
Torcedor Xavante é ver o G. E. Brasil jogar. Não o importa o adversário, o que
conta é a massa fervorosa que jogo a jogo sempre se faz presente.
Muito bom, uma viagem à alma do Bento Freitas!
ResponderExcluirSalve Alexandre!
ResponderExcluirViagem esta que às vezes fica confusa porque a trindade Bento Freitas, G. E. Brasil e Torcida Xavante são uma só ser. Paixão, pura paixão.