Tchê! Eu não tive culpa. Eu
juro.
Foi a pandemia dum tal
corona vírus a responsável. Oficialmente Covid-19 é o nome do bicho, mas isto
pouco importa diante do poder letal da fera.
Também, vinte e quatro horas
a dizerem que os “maiores de sessenta anos” tinham que se recolher em suas
casas e não poderiam mais andar na rua.
Tchau praça! Tchau bar!
Tchau mulheres do Calçadão!
Até os jogos do G. E. Brasil
foi suspenso!
Hoje, com sessenta e seis
anos, passo a viver um dia de cada vez.
É melhor respeitar e contar com a felicidade de brevemente poder abraçar e beijar meu neto, filha e
filhos. Quanto a nega véia, vida que segue e de dormir abraçadinho eu não abro
mão.
O título destas linhas tem
muito a ver com Raul Seixas. Cantor, poeta ou profeta sei lá, mas prestem
atenção na música dele em que relata “O dia em que a Terra parou”.
A profecia dele não é
restrita aos velhos não. Tu jovem, sai da rua, sai da noite e passa a viver
direto com pai e mãe, irmão e irmã enquanto é tempo. Isto passará e, queira
Deus, daqui a pouco a Terra voltará a ter aquele balanço, aquele swing
característico da raça humana.
Do estrago que está
acontecendo mundo afora preciso nem falar. Tá na cara!
China, Itália, França e,
pasmem, até a poderosa nação americana acusou o golpe. Não escapa pobre, não
escapa rico. Vai tudo para a mesma vala se não se cuidarem.
É, “O dia em que a Terra
parou”, eu acordei velho. Mas vivo! Que assim seja por muitos anos porque não
tenho pressa de encontrar o povo lá de cima.
Ti amo família!
Ti amo alma nova!
Parabéns pelo post, amigo xavante, com saudações tricolores desde Niterói, RJ.
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