quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Série B de 2021 - Campeonato Brasileiro

Está pronto e a disposição do público o passaporte para a Série B de 2021 do Campeonato Brasileiro.

Interessados retirá-lo no Estádio Bento Freitas.

Por motivos técnicos não adianta procurar na boca do lobo.

Maiores informações com o Xavante Munhoso ou qualquer outro Torcedor do Brasil.








terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Apaixonados pelo Xavante 29.12.20

Nossa! Esta análise é uma aula para todo o Estado do Rio Grande do Sul e em especial para a cidade de Pelotas. Para o Estado por este espírito grenalítico que só enxerga os times de Porto Alegre em detrimento de todo o Interior. E para Pelotas por motivos óbvios. Tantas e tantas vezes somos nossos maiores adversários. Eu já venho dizendo desde 2011 "Somos muito mais do que isto!".

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Transcrevo na íntegra a análise que a página do facebook Apaixonados pelo Xavante fez diante das recorrentes críticas que a campanha do G. E. Brasil no Campeonato Brasileiro – Série B de 2020 sofre a cada resultado não positivo. Realmente é um trabalho brilhante e oportuno o que veremos a seguir.

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POR FAVOR: ESQUEÇAM O REBAIXAMENTO!!!!! E PAREM DE TER MEDO DA GRANDEZA!!!!! A PARTIR E AGORA SÓ SE FALA DE BUSCAR O ACESSO OU, PELO MENOS, A MELHOR CAMPANHA DA HISTÓRIA DESDE O INGRESSO NA SÉRIE B, EM 2016!!!!
Insistir na propagação de um hipotético perigo de rebaixamento, por menor que seja, apenas coloca uma pressão negativa no grupo. Não serve para mais nada. E o lugar do que não serve para mais nada é a lata do lixo.
O Brasil já tem a pontuação para não cair, pois dependeria de uma combinação de resultados muito improvável de todos os adversários abaixo da tabela e de fazer 0 pontos em 07 jogos.
Se quiser apostar nisso, recomendamos a Megassena da virada. Dizem que pagará 300 milhões. É mais fácil do que acontecer um rebaixamento Xavante. E menos feio do que insistir em "número mágico dos 45 pontos", quando a história e a lógica apontam em outra direção.
O Brasil, no campeonato inteiro, perdeu somente um jogo na Baixada, e um jogo contra a líder, e o qual dominava, sendo surpreendido no final no que literalmente foi um gol achado.
Então, sendo bem pessimistas, podemos contar com 04 pontos mais nos 04 jogos em casa restantes.
Mas vamos além..... No segundo turno (que reflete o momento atual) o Brasil tem os seguintes números:
- 4º Lugar, 21 pontos no returno - apenas 1 ponto a menos do que no primeiro turno inteiro - com 07 jogos a jogar e 21 pontos em disputa. Aproveitamento de 58,33%.
- 4ª melhor defesa, com 10 gols sofridos em 12 jogos (1 gol tomado a mais que as 3 melhores). E nessa conta se retirarmos os 04 do atípico jogo contra o Cruzeiro, estaríamos, com folga, na primeira posição no quesito, com 06 gols sofridos nos demais 11 jogos - ou seja, o Brasil de hoje toma apenas um gol a cada dois jogos).
- 7º melhor ataque, o que contrasta bastante com esta estatística no primeiro turno. Somado à uma defesa sólida, é uma combinação que mostra equilíbrio e força. Embora com táticas diferentes, é a mesma estratégia e o mesmo resultado da Chapecoense, com a diferença que eles fizeram isso desde o início do Campeonato. Além disso, o nosso ataque nunca esteve tão forte quanto agora.
- Único invicto em casa no segundo turno. Além disso, apenas uma derrota no Bento Freitas em toda a Série B, liderando no quesito ao lado de Cuiabá e Chapecoense.
- Dos 07 jogos restantes, 04 em casa, 02 em viagens curtas para SC e apenas uma viagem longa para o Nordeste, já na penúltima rodada. Talvez a melhor logística nesta reta final dentre todos os 20 clubes. E em um momento de dificuldade para viajar, isso conta muito.
- A diferença a ser descontada para o G-4 em 07 rodadas é de 06 pontos. Sabiam que o Brasil já fez isso? E em 05 rodadas?
Pois é...... Foi em 2018 que o Brasil descontou 06 pontos de diferença para o G-4 entre a 34ª e a 38ª rodadas. E olha que o time estava em uma situação complicadíssima, com apenas 37 pontos na 33ª rodada, e não tendo o desempenho sólido de agora.
- A pontuação para o acesso em 2020 caminha para ser a menor da história da Série B de pontos corridos. E os adversários diretos tem vários confrontos entre si, o que necessariamente fará com que a cada destes jogos ao menos um não saia com 03 pontos. Isso irá baixar o aproveitamento da maioria.
Além disso, lembremos que devido à COVID-19 o Brasil foi o último dos 20 a começar os treinamentos. Nas 06 primeiras rodadas foram apenas 04 pontos de 24 disputados (16,67% de aproveitamento).
A partir de então, o time foi aos poucos entrando no campeonato. Nas demais 25 rodadas, um período significativo de amostragem, foram 39 pontos (52% de aproveitamento - que é atualmente o patamar do G-4), nessa conta considerado muitos empates, que são quase vitórias mas dão apenas 1/3 dos pontos, ao menos um momento de crise e troca de treinador, além de todos os pontos perdidos em bobeiras ou erros de arbitragem.
Portanto, temos fortes motivos para acreditar que, além da briga pelo acesso ser uma realidade, na pior as hipóteses, já pela pontuação alcançada, não existe mais risco de rebaixamento.
E combinado com o desempenho sólido do clube neste segundo turno, o máximo que pode acontecer é não alcançarmos o acesso.
Então, por favor, aliviem do grupo de jogadores a pressão de uma ameaça de queda, pois isso somente nos prejudica.
O grupo agora precisa da motivação positiva, de acreditar que pode atingir outros objetivos, como a melhor campanha da história, o acesso, se destacarem individualmente devido a estarem na briga para subir..... Em resumo, o combustível do grupo agora não deve ser o medo, mas sim a confiança.
Senhores da imprensa e torcedores ainda com lembranças do passado: O Brasil do final de 2020 já está garantido entre os 40 maiores do país em 2021. E ponto!
A única questão em aberto é se estará entre os 20 melhores! E este grupo não tem medo da grandeza!
Janeiro será o mês da vida deles, o mês para cada um subir de patamar no futebol profissional! Nada a perder, muito a ganhar! O dever quanto ao prejuízo já está cumprido! Agora é hora de mostrar uma capacidade profissional diferente, que é a de ir buscar novos patamares!
Ainda veremos muitas selfies da vitória!

domingo, 27 de dezembro de 2020

Lua 23.12.20

 Tchê!

Não importa tua fase. Não importa tua forma. Não importa nada. Tu serás sempre bela a meus olhos.








quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Reunião

A Onda Xavante, a Xasc, a Xapa, a Xavanrio e os outros Núcleos do Brasil tem algum representante aqui em Pelotas que pudesse entrar em contato comigo?

Estou organizando uma reunião para tratar de assuntos referentes ao G. E. Brasil.

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Xavante Munhoso

53 98415 2974

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Ah! É claro que as lideranças das Torcidas Organizadas da terrinha também estão convidadas a entrar em contato comigo.




sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Considerações de Emerson Novelini

O Grêmio Esportivo Brasil (GEB) ou Xavante... evoluiu... e quem o administra ficou um passo atrás.
Teremos para sempre uma divida de gratidão com o Ricardinho, com o capitão Leandro Leite, com o treinador e gestor de grupo Rogério Zimmermann. Esses três xavantes de coração transformaram um sonho de menino em realidade de adulto! Saímos de uma inóspita divisão de acesso de um campeonato Gaúcho para uma série B do brasileiro! Feito que que reservará lugar de destaque na história do GEB, para esses e outras pessoas importantes para essa gloriosa caminha.
Mas fato é que a vida é feita de ciclos, sejam dentro ou fora de campo! O Brasil de hoje é um clube que está na primeira divisão do campeonato Gaúcho, que está a cinco temporadas na série B do brasileiro e que participa da copa do Brasil via ranking. Infelizmente nossa direção não evolui fora de campo e isso trás reflexos dentro das quatro linhas.
A lista de dificuldade é vasta, mas os recursos financeiros também são de grande porte! O ct da base é alugado, o ct dos profissionais ainda é a granja Marini, contratações sem critérios, dívidas com jogadores e reclamações trabalhistas, são alguns dos exemplos que impedem o crescimento do Brasil como clube de futebol.
Temos um marketing muito acanhado, sabemos as dificuldades impostas pela pandemia, mas é na hora da crise que se sobressai o bom profissional! Uma idéia que a tempos eu saliento, seria a criação de um aplicativo, um canal direto com o torcedor, onde o associado poderia saber o dia a dia do clube diretamente no seu celular e que o não sócio pudesse ser contribuinte apenas com o aplicativo, com uma quantia mínima, mas que geraria mais uma fonte de recurso. Nesse aplicativo o torcedor poderia ter informações sobre: DM, contratações, cartões amarelos, suspensos, validade do contrato do jogador, especulações.... em fim, uma infinidade de opções! Sempre com atualizações diárias. Hoje o torcedor pena pará ter informações do xavante, a imprensa pelotense não ajuda muito, a acessoria de imprensa do clube ainda é acanhada.
Temos que pensar grande para nós tornar grandes! Esse discurso derrotista, a reclamação temporada pós temporada da qualidade do grupo, contratações com criterios duvidosos e falta de manutenção de uma base de grupo de uma temporada para a outra nos coloca sempre entre os coadjuvantes e nunca entre os protagonistas! A torcida que tem um time também precisa dar sua contribuição, mas o time que quer essa torcida tem que prover meios! Tá na hora de inverter os papéis! Em vez da torcida empurrar o time em campo o time trazer a torcida para junto dele! E isso amigo só com garra, empatia, bom futebol e resultado! Chega a hora de se encerrar um ciclo e abrir outro, saudadando os que nos alvancaram até aqui, mas identificando os erros e nos aprimorando fora e dentro de campo para dar novas alegrias a essa torcida apaixonada e que merece ser feliz.

Emerson Novelini torcedor xavante. 


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Antonio e João

Tchê! (Leia-se Joãozinho).

Será que daqui a vinte, trinta anos as pessoas vão poder sair a caminhar por ai? Com uma trilha rudemente traçada e atendendo apenas à vontade da própria mente e da batida do coração? Quase sem rumo, como nós mano véio?

Digo isto diante do uso cada vez maior do celular e das tecnologias da informática.

As pessoas não mais serão identificadas por nomes e sim por números e algoritmos.

Tudo, mas tudo que fizerem o governo instantaneamente saberá.

E, vai deixar ou não.

Talvez lá naquele tempo vindouro, o progresso esteja no auge e as doenças extintas.

Mas a liberdade que ora conhecemos, existirá?










segunda-feira, 25 de maio de 2020

UMA DAS MELHORES ANÁLISES SOBRE BOLSONARO


Texto escrito pelo professor Ivann Carlos Lago, sociólogo, mestre e doutor em Sociologia Política. É professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Atua nas áreas de Teoria Política, Instituições Políticas e Regimes de Governo, Cultura e Comportamento Político, Partidos e Eleições.
O JAIR QUE HÁ EM NÓS!
O Brasil levará décadas para compreender o que aconteceu naquele nebuloso ano de 2018, quando seus eleitores escolheram, para presidir o país, Jair Bolsonaro.

Capitão do Exército expulso da corporação por organização de ato terrorista; deputado de sete mandatos conhecido não pelos dois projetos de lei que conseguiu aprovar em 28 anos, mas pelas maquinações do submundo que incluem denúncias de “rachadinha”, contratação de parentes e envolvimento com milícias; ganhador do troféu de campeão nacional da escatologia, da falta de educação e das ofensas de todos os matizes de preconceito que se pode listar.

Embora seu discurso seja de negação da “velha política”, Bolsonaro, na verdade, representa não sua negação, mas o que há de pior nela. Ele é a materialização do lado mais nefasto, mais autoritário e mais inescrupuloso do sistema político brasileiro. Mas – e esse é o ponto que quero discutir hoje – ele está longe de ser algo surgido do nada ou brotado do chão pisoteado pela negação da política, alimentada nos anos que antecederam as eleições.

Pelo contrário, como pesquisador das relações entre cultura e comportamento político, estou cada vez mais convencido de que Bolsonaro é uma expressão bastante fiel do brasileiro médio, um retrato do modo de pensar o mundo, a sociedade e a política que caracteriza o típico cidadão do nosso país.

Quando me refiro ao “brasileiro médio”, obviamente não estou tratando da imagem romantizada pela mídia e pelo imaginário popular, do brasileiro receptivo, criativo, solidário, divertido e “malandro”. Refiro-me à sua versão mais obscura e, infelizmente, mais realista segundo o que minhas pesquisas e minha experiência têm demonstrado.
No “mundo real” o brasileiro é preconceituoso, violento, analfabeto (nas letras, na política, na ciência... em quase tudo). É racista, machista, autoritário, interesseiro, moralista, cínico, fofoqueiro, desonesto.
Os avanços civilizatórios que o mundo viveu, especialmente a partir da segunda metade do século XX, inevitavelmente chegaram ao país. Se materializaram em legislações, em políticas públicas (de inclusão, de combate ao racismo e ao machismo, de criminalização do preconceito), em diretrizes educacionais para escolas e universidades. Mas, quando se trata de valores arraigados, é preciso muito mais para mudar padrões culturais de comportamento.

O machismo foi tornado crime, o que lhe reduz as manifestações públicas e abertas. Mas ele sobrevive no imaginário da população, no cotidiano da vida privada, nas relações afetivas e nos ambientes de trabalho, nas redes sociais, nos grupos de whatsapp, nas piadas diárias, nos comentários entre os amigos “de confiança”, nos pequenos grupos onde há certa garantia de que ninguém irá denunciá-lo.
O mesmo ocorre com o racismo, com o preconceito em relação aos pobres, aos nordestinos, aos homossexuais. Proibido de se manifestar, ele sobrevive internalizado, reprimido não por convicção decorrente de mudança cultural, mas por medo do flagrante que pode levar a punição. É por isso que o politicamente correto, por aqui, nunca foi expressão de conscientização, mas algo mal visto por “tolher a naturalidade do cotidiano”.
Se houve avanços – e eles são, sim, reais – nas relações de gênero, na inclusão de negros e homossexuais, foi menos por superação cultural do preconceito do que pela pressão exercida pelos instrumentos jurídicos e policiais.

Mas, como sempre ocorre quando um sentimento humano é reprimido, ele é armazenado de algum modo. Ele se acumula, infla e, um dia, encontrará um modo de extravasar. Como aquele desejo do menino piromaníaco que era obcecado pelo fogo e pela ideia de queimar tudo a sua volta, reprimido pelo controle dos pais e da sociedade. Reprimido por anos, um dia ele se manifesta num projeto profissional que faz do homem adulto um bombeiro, permitindo-lhe estar perto do fogo de uma forma socialmente aceitável.
Foi algo parecido que aconteceu com o “brasileiro médio”, com todos os seus preconceitos reprimidos e, a duras penas, escondidos, que viu em um candidato a Presidência da República essa possibilidade de extravasamento. Eis que ele tinha a possibilidade de escolher, como seu representante e líder máximo do país, alguém que podia ser e dizer tudo o que ele também pensa, mas que não pode expressar por ser um “cidadão comum”.
Agora esse “cidadão comum” tem voz. Ele de fato se sente representado pelo Presidente que ofende as mulheres, os homossexuais, os índios, os nordestinos. Ele tem a sensação de estar pessoalmente no poder quando vê o líder máximo da nação usar palavreado vulgar, frases mal formuladas, palavrões e ofensas para atacar quem pensa diferente. Ele se sente importante quando seu “mito” enaltece a ignorância, a falta de conhecimento, o senso comum e a violência verbal para difamar os cientistas, os professores, os artistas, os intelectuais, pois eles representam uma forma de ver o mundo que sua própria ignorância não permite compreender.
Esse cidadão se vê empoderado quando as lideranças políticas que ele elegeu negam os problemas ambientais, pois eles são anunciados por cientistas que ele próprio vê como inúteis e contrários às suas crenças religiosas. Sente um prazer profundo quando seu governante maior faz acusações moralistas contra desafetos, e quando prega a morte de “bandidos” e a destruição de todos os opositores.

Ao assistir o show de horrores diário produzido pelo “mito”, esse cidadão não é tocado pela aversão, pela vergonha alheia ou pela rejeição do que vê. Ao contrário, ele sente aflorar em si mesmo o Jair que vive dentro de cada um, que fala exatamente aquilo que ele próprio gostaria de dizer, que extravasa sua versão reprimida e escondida no submundo do seu eu mais profundo e mais verdadeiro.

O “brasileiro médio” não entende patavinas do sistema democrático e de como ele funciona, da independência e autonomia entre os poderes, da necessidade de isonomia do judiciário, da importância dos partidos políticos e do debate de ideias e projetos que é responsabilidade do Congresso Nacional. É essa ignorância política que lhe faz ter orgasmos quando o Presidente incentiva ataques ao Parlamento e ao STF, instâncias vistas pelo “cidadão comum” como lentas, burocráticas, corrompidas e desnecessárias. Destruí-las, portanto, em sua visão, não é ameaçar todo o sistema democrático, mas condição necessária para fazê-lo funcionar.
Esse brasileiro não vai pra rua para defender um governante lunático e medíocre; ele vai gritar para que sua própria mediocridade seja reconhecida e valorizada, e para sentir-se acolhido por outros lunáticos e medíocres que formam um exército de fantoches cuja força dá sustentação ao governo que o representa.

O “brasileiro médio” gosta de hierarquia, ama a autoridade e a família patriarcal, condena a homossexualidade, vê mulheres, negros e índios como inferiores e menos capazes, tem nojo de pobre, embora seja incapaz de perceber que é tão pobre quanto os que condena. Vê a pobreza e o desemprego dos outros como falta de fibra moral, mas percebe a própria miséria e falta de dinheiro como culpa dos outros e falta de oportunidade. Exige do governo benefícios de toda ordem que a lei lhe assegura, mas acha absurdo quando outros, principalmente mais pobres, têm o mesmo benefício.

Poucas vezes na nossa história o povo brasileiro esteve tão bem representado por seus governantes. Por isso não basta perguntar como é possível que um Presidente da República consiga ser tão indigno do cargo e ainda assim manter o apoio incondicional de um terço da população. A questão a ser respondida é como milhões de brasileiros mantêm vivos padrões tão altos de mediocridade, intolerância, preconceito e falta de senso crítico ao ponto de sentirem-se representados por tal governo.

sábado, 23 de maio de 2020

Estádio Bento Freitas 77


Tchê! Para mim, falar do Bento Freitas é falar de minha casa. Quem sabe de minha alma até. Torço e vibro em suas Arquibancadas desde os anos sessenta e pouco. De mil novecentos e sessenta e três para cá é certo que sempre estive Lá. Mas de repente antes disso eu já sentia o impacto deste monumento da Princesa do Sul.

Daí eu digo que é justo, verdadeiro e célebre o que o consagrado Ruy Carlos Ostermann escreveu nas páginas de Zero Hora: “Se pudesse e não parecesse um incômodo ou impertinência, estaria no Bento Freitas esta tarde. Foi lá que tive as mais profundas experiências de um estádio de futebol. Já os vi (estádios) de todos os tamanhos e os senti. Wembley é o mais solene, grandeza como a do Maracanã não há outra, em Turim cravaram no meu coração o Delle Alpi de Maradona e Caniggia, o Sarriá ainda dói, e o estádio do Everton, em Liverpool, será sempre a minha maior vergonha. Mas o Bento Freitas é uma experiência de elevação, dor e alegria, de superação dos indivíduos convertidos numa massa se movendo para cima e para baixo, para os lados, ao som dos trompetes e dos tambores, com todos os gestos, como na noite do jogo contra o Flamengo, ou tantas outras, bem menos glamorosas, mas de febre alta e tensão de pele. É ISSO, NÃO HÁ ESTÁDIO MAIS HUMANO!!”.

Quantas emoções a Torcida Xavante teve neste Caldeirão que a todos irmana independente de cor, credo, política, seja lá o que for. Ali o que vale é a paixão pelo G. E. Brasil. O “Clube do Povo” tem um histórico comprometido com a massa sofrida. Aquela que, faça chuva ou faça sol, está lá nas eletrizantes Arquibancadas.

Estádio, Torcida, Brasil, um trio único que atravessa gerações sempre na mesma batida. Batida de luta, sofrimento até, mas nunca desistência. Enfrentamentos heroicos seja contra um Riopardense ou contra um Flamengo de Zico, Zagalo e companhia.

Enfim setenta e sete anos. Momentaneamente calado por esta pandemia que se alastrou mundo afora. Mas que ressurgirá tão belo e vibrante como antigamente.

Estádio Bento Freitas, palco onde a alegria do Torcedor Xavante é ver o G. E. Brasil jogar. Não o importa o adversário, o que conta é a massa fervorosa que jogo a jogo sempre se faz presente.

Dá-lhe Brasil!

Bento Freitas - sinônimo de Torcida Xavante

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Cabungo

"... vou interferir..." e dá uma olhadinha clássica para o lado para ver a reação do seu par à esquerda que está ali, quietinho, sabendo que o tiro vai sair pela culatra. Putz! Fedeu! #forabolsonaro



terça-feira, 12 de maio de 2020

Não assina


Tchê! É matemática pura! Concordar com a sequência do Gauchão sem descenso e somar os dois que cairiam este ano no ano que vem é assinar noventa e tantos por cento de queda para Nós.

Não assina isto Ricardinho!


domingo, 10 de maio de 2020

Minha mãe tem um coração enorme

Na minha aula de sexta-feira, pedi aos meus alunos que escrevessem um depoimento sobre a mãe deles... Então, resolvi fazer o meu depoimento também, prepara que lá vai o textão:
Minha mãe tem um coração enorme... ❤️
Se eu tivesse que escolher uma palavra para descrevê-la seria "doação".
Ela se doa, se preocupa com todos, está sempre "disponível", tentando ajudar, muitas vezes parece que tenta abraçar o mundo...

Ela é uma avó maravilhosa... Os dois (avó e neto) se falam com os olhos, por telepatia... Chegam a rir de algo sem nenhuma palavra, como se tivessem um "código secreto"... Quando penso na relação dela com o Gabi, lembro da minha avó, que me paparicava com comidinhas e laranjinhas do céu... Eu lembro do sabor da comida da minha avó até hoje pq com certeza, "comida de vó", tem um sabor diferente...
Um dia desses de quarentena, na hora do almoço, Gabi disse: -Mãe, tu pode fazer um arroz que nem o da vó? Quando eu ouvi isso, tive vontade de chorar... Morri de saudades desse "arroz" também.
Saudade da comida, dos abraços e do nosso contexto diário, pois sim, fazia parte da minha rotina ir na casa da minha mãe 2x ao dia.
Minha mãe também tem grandes habilidades... Costura, faz artesanatos, tricô, crochê, bonecos de feltro, etc... Aprende de um dia para o outro alguma técnica diferente, principalmente se eu falar alguma coisa que tenha vontade de ter... Tem toda essa flexibilidade para aprender coisas diferentes, mas tem problemas com controles de televisão e ar condicionado... Olha a "resistente" aí... kkkkk
Minha mãe adora uma novela, pode ser nova ou reprisada... Ela adora, se envolve, senta do ladinho da TV... Também gosta de criar "novelas" imaginárias, quando está preocupada com alguém, ou com alguma coisa... kkkk
Minha mãe adora livros, gosta de crônicas, histórias de vida real... E, de vez em quando, gosta de escrever textos lindos de se ler, espelhando através deles, toda a sua verdade, empatia e doçura...
Minha mãe é meu exemplo! Exemplo de mãe, trabalhadora, independente, humilde e amorosa... Exemplo de pessoa que sabe dar valor ao que realmente importa na vida!
Te amo mãe!
Obrigada por ser a minha mãe!
Obrigada pela presença, pelo cuidado e por todos os ensinamentos de vida...
Feliz dia das Mães!

❤️❤️❤️
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Báh! Eu nunca vi minha filha escrever um textão. E já chegou solando. Mas, claro, o tema era fácil. Ana Paula, só não vou dar nota mil porque tu pulou a fase da tua adolescência. Ali sim, foi a maior prova do quanto a tua mãe é especial.


quinta-feira, 7 de maio de 2020

domingo, 19 de abril de 2020

Moeda


Tchê!
O Povo! Ingrediente fundamental para um bom suco. Manuseado adequadamente na mão de um "bom" político rende frutos que passam de geração para geração. Não acredita? Dá uma olhada nos nossos representantes no Congresso Nacional. Tem Deputado, tem Senador que já estão lá há dezenas de anos. Alguns sobrevivem das regalias palacianas desde os tempos do Império. E nós aqui, a espera de um respirador... Ah! O Povo! Chutado ora pela esquerda, ora pela direita. E quando chega o centrão? Aí é que o caldo engrossa porque muitas vezes neste grupo estão os mais espertinhos. Ávidos por uma boa mamata apoiam cada besta mais cruel que até o Diabo duvida. "Eeeeeeê vida de gado" diz o verso perfeito. Povo! Povo! Povo! Faz arminha. Se aquele que embolsou a família numa tremenda corrupção estava ruim, o que dizer deste psicopata da vez que se diverte com uma simples caneta Bic? Povo! Povo! Povo! Que Deus te acuda! O verdadeiro Deus. Não este do Jair “messias” Bolsonaro e seu grupo de falsos profetas.



Foto de Xavante Munhoso


sábado, 11 de abril de 2020

Flor de Maracujá

Tchê!
O que dizer se as palavras não chegam perto dessa beleza?
Ah! Essa abelha que sorve cada cantinho deste pólen sedutor.
Taí a felicidade.

Foto de Xavante Munhoso



O tempo


Este que por mim passou
De certo é maior do que
Aquele que ainda virá.
Dor?
Não.
Hora de aproveitar
Relembrar o bom
Corrigir o erro
Enfrentar
Arrojar
Viver
O que me restar
Tempo, tempo, tempo
O que será?




sexta-feira, 10 de abril de 2020

Clic


Sob minha lente
Rainha, sonho, o que for
Sob minha lente
Futuro, presente, fulgor
Sob minha lente
Realidade, desafio, amor
Sob minha lente
Abraço, aconchego, vida
Sob minha lente
Suspiro, esperança
Sob minha lente
Viagem bem-vinda.
Sob minha lente...
Flor



quarta-feira, 8 de abril de 2020

Olha aqui

Hoje não tem jogo do Brasil no Estádio Bento Freitas.
#Fiqueemcasa

Torcedora Eliz - Foto: Xavante Munhoso

terça-feira, 7 de abril de 2020

Olha ela

Alheia a esta pandemia
Posa cada vez mais bela.
Alheia a esta pandemia
Usa a Terra como passarela.
Alheia a esta pandemia
Ilumina esta vida quimera.
Alheia a esta pandemia
Desfila como sonho ou como fera.
Alhea a esta pandemia
Continua a vida dela.



sábado, 4 de abril de 2020

Quanto vale um trabalhador


Tchê!

Nunca vi tanto patrão querendo que seus empregados larguem a segurança de seus lares para irem trabalhar.

Foi show ver aqueles carrões todos desfilando numa imploração absurda e sem cabimento.

O mundo todo clamando para que as pessoas fiquem em casa e meia dúzia de abonados buzinando em seus veículos dotados de ar condicionado na contra-mão. No interior, madonas de máscaras último modelo. Talvez até importadas de alguma viagem ao exterior.

Mas o trabalhador decerto terá que “pegar” ônibus, metrô, ou barca lotado de gente. Todos pobres em busca do pão de cada dia.

“Voltem ao trabalho!”

Óh súplica cruel. E a vida? Onde fica?

“Se não trabalhar não ganham o sustento”, dirão.

Mas o que pagam por este trabalho é o justo?

Quanto ganha um professor, um mecânico, um policial, um atendente de qualquer balcão dessas lojas que rogam pela volta ao trabalho?

É minha gente. Pense nisto. Esse Covid-19 veio por as cartas na mesa.

Corrijam-se enquanto é tempo.