quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Quebramos a gangorra


Tchê! A coisa estava ruim, muito ruim. Sete rodadas haviam transcorrido e nenhuma, nenhuminha vitória do Brasil.

Justo no ano do centenário do inédito título de Primeiro Campeão Gaúcho faríamos um fiasco sem tamanho?

A sina pelotense desenhava-se assustadoramente contra o Clube do Bento Freitas.

Daí jogadores que eu e tanta gente reprimimos encarnaram o Espírito Xavante e deram show no campo de plástico do São José.

Que segundo tempo! Que alegria! Que emoção!

Ver o G. E. Brasil estraçalhar o adversário é algo que não tem preço para mim.

Já sou macaco velho nesses embates gauchescos e até de Campeonato Brasileiro, mas cada jogo tem a sua história e esta do Passo d’Areia é mais uma que contarei sempre.

Falar da Torcida é chover no molhado. Novamente se fez presente. Vibrou, xingou, torceu como sempre.

Mesmo nos momentos mais incrédulos, empurrou o Time e praticamente estava dentro do gramado. Ops! Aquilo não é gramado não senhor.

De cara o E. C. São José jogava água para molhar uma “grama” que só na cabeça dos mais alienados existe ali. Muito provavelmente queriam obter alguma vantagem por conhecerem melhor o “terreno”.

Coincidência ou não o Zequinha abriu o placar logo aos cinco minutos arrebentando com os neurônios dos Xavantes ali presentes e de todos aqueles que assistiam o jogo pela tv ou escutavam nas ondas do rádio.

Um primeiro tempo dramático arrastando aquele um a zero amargo para nós Xavantes até os quarenta e cinco e tanto se somarmos os acréscimos torturantes de ontem.

Mas desta vez Tupã estava atento e Papa inspirado.

Sabe-se lá a mijada ou o afago que o novel treinador Xavante impôs no vestiário.

Foi outro jogo. Branquinho personificou Milar e Michel fez gol. Tudo deu certo.

Alívio, festa, samba e muita algazarra tomou conta daquela Massa que até pouco espiava pecados cometidos e outros tantos a cometer.

Ainda falta muito para acabar este sofrimento, mas uma vitória como a de ontem, além de dar um recado aos adversários, nos põe a mil pelo Brasil.

E todo o mundo sabe, quando o Time se junta à Torcida Xavante não há Cristo que nos segure.

“Vai dar trabalho/ Vai dar trabalho/ o Rubro Negro joga bola prá caralho”.

É isto sim.

Se até Zagalo teve que nos engolir, por que não socar todo o mundo que atravessar nosso caminho agora?

Xô Satanás! Te manda gangorra.

Campeonato Gaúcho, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e num futuro não muito longe, Libertadores, é este o nosso lugar.

Dá-lhe Brasil!

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E. C. São José 1 X 3 G. E. Brasil

Brasil: Carlos Eduardo, Ricardo Luz, Leandro Camilo, Nirley, Pará, Leandro Leite, Sousa, Diogo Oliveira, Daniel Cruz (Helder), Branquinho (Bruno Paulo) e Michel (Velicka). Técnico: Gutavo Papa.


Este é Damasceno,
antecipando os três gols que o Brasil faria no São José.
Outro que pressentia a grande Vitória Xavante.



















Nas fotos de Xavante Munhoso, XavanTur rumando a Porto Alegre em busca de mais uma grande vitória Rubro Negra. Graças a Deus, tudo deu certo e hoje o Campeonato voltou a ter o G. E. Brasil como postulante ao Título.


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