Tche! Eu não fui para este
jogo questionando a superioridade técnica do Grêmio de Porto Alegre, mas
acreditava sim que poderíamos trazer um bom resultado de lá e vir a decidir o
Campeonato Gaúcho no Estádio Bento Freitas.
Mas interpretações
recorrentes a favor de Grêmio ou Internacional e que, não raramente, tiram um
atleta de campo deixando o time adversário em grande desvantagem dão um
desfecho absolutamente previsível tendo em vista a total desestabilização das
equipes do Interior.
Foi uma derrota desgraçada,
alavancada no apito de um juiz tendencioso. Abraçado ao status quo federativo e
com o beneplácito da imprensa porto-alegrense que eternamente aquinhoa seus
queridinhos com um espaço cada vez maior em detrimento de todos os outros
participantes de nosso regional.
Será que ninguém nunca vai
questionar a construção do disparate técnico e patrimonial existente entre
Grêmio e Internacional ante as dezenas de outros clubes do Rio Grande do Sul?
Atente-se que não falo só por agora, mas por um século de futebol praticado de
mil novecentos e dezenove até este ano de dois mil e dezoito. Ah! Só no ano que
vem teremos realmente cem anos de competições.
Tudo bem, mas o máximo que
um clube do Interior conseguirá é igualar o record do Guarany da cidade de Bagé
que tem a façanha de um bi-campeonato. Foi campeão em mil novecentos e vinte e
repetiu a conquista em mil novecentos e trinta e oito.
Há oitenta anos o clube da
Rainha da Fronteira conseguiu ser bi-campeão e de lá para cá nenhum outro clube
conseguiu ganhar a competição por mais de uma vez. A não ser, claro, os
rapineiros da Capital que esmagam a tudo e a todos com o seu poderio econômico
e decisões dúbias e cheias de controvérsias.
Brasil, Bagé, Americano,
Cruzeiro, Pelotas, São Paulo, Farroupilha (9º Regimento), Rio Grande, Grêmio
Santanense, Riograndense-RG, Renner, Juventude, Caxias e Novo Hamburgo têm seus
nomes na lista dos que tiveram a graça de superar a dupla porto-alegrense. São
quatorze conquistas que, somadas ao bi do Guarany-BG chegam a dezesseis taças
guardadas em armários outros que não os de gremistas ou colorados.
As trinta e seis (virtuais
trinta e sete) vezes em que o Grêmio foi o grande campeão, somadas às quarenta
e cinco conquistas do Internacional atestam que algo está errado e muito
possivelmente a “interpretação” de lances de jogo como o ocorrido na partida
ocorrida na arena gremista no dia “primeiro” de abril de dois mil e dezoito podem
ter sido o papel preponderante para tal disparate.
A cada ano estes números
aumentam o peso nos ombros daqueles que têm o dever de apitar segundo regras
nem sempre fáceis de aplicar porque a interpretação dada ao lance vem carregada
de um histórico protecionista descabido.
A Justiça prega que, na
dúvida, pró-réu. Mas no futebol gaúcho a dúvida é substituída pela interpretação
e esta não raramente é pró-dupla grenal. São umas marionetes repetindo decisões
em favor de Grêmio ou Internacional; Internacional ou Grêmio num rosário
profano sem igual.
Num “sistema” descaradamente
protetor de quem não precisa proteção e que, na hora H, acalca qualquer
emergente que se ponha no caminho de eternos postulantes ao título máximo só
nos resta a indignação embora esta não possa perdurar por muito tempo.
Domingo tem jogo de novo e o
G. E. Brasil terá (teoricamente) noventa minutos para neutralizar a espetacular
vantagem que a expulsão de seu atleta Sciola deu ao Grêmio de Porto Alegre.
Reverter um quatro a zero a favor de gremistas ou colorados é algo extremamente
difícil principalmente por tudo o que normalmente acontece em campos gaúchos na
hora do pega prá capa.
Refeito de minha tristeza ou
não, estarei no Estádio Bento Freitas como todo e qualquer Xavante para mais
esta batalha. O juiz não será o Daronco, mas faz diferença?
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