Esta pergunta me é feita com
alguma persistência e já de algum tempo a gurizada em fase de TCC me procura em
busca de informações sobre a História do G. E. Brasil e não raramente querem
saber deste Torcedor louco, fanático e sem vergonha de ser Xavante.
A princípio eu ficava meio
sem jeito e sem saber o que responder. Mas depois o ego foi dando um jeitinho
de se manifestar e agora fica difícil domar o cruel de tanta vaidade que invade
o meu espaço. Mas eu luto. Claro que luto porque sei que se “um dia estamos por
cima no outro o tombo pode ser dos grandes”.
Não é fácil brigar com estas
coisas e meu espelho vive me dando uns puxões de orelha. Às vezes até debocho
dele, mas sei que ele está com a razão e ponho o rabinho entre as pernas e sigo
na minha.
Diante da pergunta tantas
vezes feita, descobri que sou um cara que tem dois casamentos sem ser bígamo. Surreal?
Não! Isto é mais comum do que possam imaginar porque no País do Futebol há
milhões de indivíduos como eu.
Com as bênçãos do Altar
recebi uma esposa que me completa resultando numa família unida onde os filhos
e neto são o tesouro maior. Não tenho o que me queixar e agradeço a Deus todos
os dias por tamanha graça. Dona de uma paciência muito acima da média ela encurta
ou solta a rédea na hora certa.
Já nos caminhos da vida fui
fisgado pelo G. E. Brasil e sua maravilhosa Torcida. Sem altar, mas com uma Arquibancada
humana e transformadora perdi-me num êxtase inexplicável para um simples
torcedor. Esta paixão praticamente cresceu comigo porque, ainda de calça-curta,
esperava ansiosamente o domingo para rumar em direção ao Estádio Bento Freitas.
Sol, chuva, frio, calor,
tanto faz, se tem jogo na Baixada lá estou eu. Mas amo minha mulher e criei
meus filhos com rigor, carinho e atenção. Daí vem a pergunta: a
família ou o Brasil? Putz! Por que a dúvida?
Nenhum comentário:
Postar um comentário