sábado, 3 de março de 2018

A família ou o Brasil?


Esta pergunta me é feita com alguma persistência e já de algum tempo a gurizada em fase de TCC me procura em busca de informações sobre a História do G. E. Brasil e não raramente querem saber deste Torcedor louco, fanático e sem vergonha de ser Xavante.

A princípio eu ficava meio sem jeito e sem saber o que responder. Mas depois o ego foi dando um jeitinho de se manifestar e agora fica difícil domar o cruel de tanta vaidade que invade o meu espaço. Mas eu luto. Claro que luto porque sei que se “um dia estamos por cima no outro o tombo pode ser dos grandes”.

Não é fácil brigar com estas coisas e meu espelho vive me dando uns puxões de orelha. Às vezes até debocho dele, mas sei que ele está com a razão e ponho o rabinho entre as pernas e sigo na minha.

Diante da pergunta tantas vezes feita, descobri que sou um cara que tem dois casamentos sem ser bígamo. Surreal? Não! Isto é mais comum do que possam imaginar porque no País do Futebol há milhões de indivíduos como eu.

Com as bênçãos do Altar recebi uma esposa que me completa resultando numa família unida onde os filhos e neto são o tesouro maior. Não tenho o que me queixar e agradeço a Deus todos os dias por tamanha graça. Dona de uma paciência muito acima da média ela encurta ou solta a rédea na hora certa.

Já nos caminhos da vida fui fisgado pelo G. E. Brasil e sua maravilhosa Torcida. Sem altar, mas com uma Arquibancada humana e transformadora perdi-me num êxtase inexplicável para um simples torcedor. Esta paixão praticamente cresceu comigo porque, ainda de calça-curta, esperava ansiosamente o domingo para rumar em direção ao Estádio Bento Freitas.

Sol, chuva, frio, calor, tanto faz, se tem jogo na Baixada lá estou eu. Mas amo minha mulher e criei meus filhos com rigor, carinho e atenção. Daí vem a pergunta: a família ou o Brasil? Putz! Por que a dúvida?






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