Tche! Essa eu li na
internet.
Em isto acontecendo eu
vejo os clubes de futebol guspindo no prato que os sustentou durante décadas.
Não tenho dúvidas em afirmar que, sem as rádios, o futebol brasileiro não seria
a metade do que se tornou em termos de “preferência nacional”. Soma-se a essa
força os jornais.
Agora a TV que hoje
banca as grandes competições futebolísticas, está dando um novo arranjo ao
esporte e trazendo à baila outros que outrora nem passava pelas nossas ideias
em assisti-los entre eles o vôlei para citar apenas um. É claro que não sou
contra ao advento de outros esportes e quanto mais oportunidades de assistir
competições de nível, melhor.
A questão está na
exclusividade, na possessão do “mercado” futebolístico como um todo, no
alijamento de muitos em benefício de poucos. Direitos são comprados e entidades
centenárias curvam-se como cordeirinhos no altar dos vendilhões. O lucro
imediato impede a maioria de enxergar o sacrifício que abraçará a muitos.
Soma-se a essa
avalanche televisiva o fato de que meia dúzia de clubes ganham centenas de
milhões a mais do que outros criando um buraco negro onde muitos sucumbirão
numa partilha desigual e discriminatória.
Sinal dos tempos, onde
penteados, tatuagens e chuteiras coloridas dão o ar da graça numa viagem sem
volta porque “o futebol moderno” realmente vai desbancar a garra, o improviso e
a paixão.
Ainda tem a questão do
torcedor. O verdadeiro motivo de tudo isso, aconchega-se mais e mais às
poltronas e camas residenciais perdendo a verdadeira emoção, o delírio e a
sensação de ser parte integrante do espetáculo. Submetem-se ao plin plin
enclausurados no apelo global de tudo ver e nada ser. Entregam-se a clubes de além-mar
enquanto equipes de sua própria cidade pede socorro nesta luta desigual. O
resultado disso sabemos desde aquele 7X1.
Escrevam aí: “o futebol
do futuro será holográfico e os resultados ditados por quem pagar mais”.
Imagens balançando daqui prá li enquanto os verdadeiros robots assistirão
hipnotizados até a alma.
E as rádios? Bem essas
que sustentaram o espetáculo narração a narração, entrevista a entrevista,
realmente tendem a desaparecer do cenário a vingar essa cobrança. Serão temas
de programas exibidos pela própria TV. Um troféu, um escalpo a confirmar a
vitória da telinha. Uma pena!
Em tempo: Este texto
foi inspirado pela matéria publicada na coluna de Flavio Ricco conforme o link
a seguir.