quarta-feira, 29 de junho de 2016

CADÊ O MEU ESTÁDIO, PRESIDENTE?

Talvez ainda não tenha caído a minha ficha mas ter que jogar mais uma vez em Caxias do Sul bateu direto no meu fígado. Como sabem, estou enfeitiçado pelas Obras e, por isso mesmo, tenho relevado possíveis erros na tomada de decisão para montar as "temporárias". O tempo urge e precisamos da sinergia Torcida/Estádio/Time o quanto antes.

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O título deste tópico e o texto a seguir é de meu amigo Marcelo Barboza escrito no Blog Xavante e assino com letras maiúsculas.
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Grêmio Esportivo Brasil, clube da cidade de Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul, com 104 anos de muitas batalhas e consquistas. Conhecido como o clube do povo, dos negrinhos da estação, nunca teve regalias para se manter vivo. Nesses 104 anos muitas intempéries ocorreram, dentro e fora do campo. Mas a torcida do Brasil sempre manteve o clube vivo.
As últimas décadas foram de muito sofrimento, perdemos jogos imperdíveis, perdemos nossa honra e o pior, perdemos nossos ídolos. Mesmo assim o time da negrada se reergueu. Em 2012 chegou no clube um comandante que elevou o Brasil à patamares jamais imaginados em tão pouco tempo. Junto com um grupo de jogadores comprometidos com a raça que o torcedor do Brasil sempre pediu. A direção do clube teve seus acertos, correndo para fora do clube pessoas que só queriam aparecer e largando o futebol na mão de quem realmente entende de futebol, o treinador Rogério Zimmermann.
O Brasil foi bi campeão do interior no Gauchão e de time “sem Série” no Campeonato Brasileiro, conseguiu ser vice-campeão da Série D, terceiro colocado na Série C e chegou à Série B. Como time, o Brasil evoluiu muito além do imaginável. Mas como clube, ainda estamos atrasados em relação a nós mesmos.
Um novo estádio está sendo construído, com recursos da venda de um terreno que vários torcedores compraram no passado e cederam ao Brasil. Ou seja, um novo Bento Freitas está sendo erguido sem dinheiro algum sair dos cofres do clube. Chegamos à Série B, teremos um novo estádio e o time vai muito bem dentro do campo. Tudo certo? Não.
No início das obras da nova arquibancada do placar, já se sabia que a mesma ficaria pronta somente por meados de julho, sendo liberada para os jogos lá por agosto. Então a direção do Brasil conseguiu liberação junto à CBF para jogar os quatro primeiros jogos em casa com o estádio com capacidade reduzida para 7 mil pessoas. Essa liberação ocorreu no mês de Abril, ou seja, há mais de dois meses. Desde lá, a direção executiva do clube sabia que após o quarto jogo em casa, contra o Luverdense dia 03/06, o Brasil precisaria ter o estádio liberado para 10 mil pessoas, conforme regulamento da competição. O que a direção do Brasil fez nesse período? NADA. Ficaram esperando que a CBF prorrogasse o prazo de quatro jogos, o que até aconteceu. O jogo com o Tupi ainda foi realizado no Bento Freitas. E esperar algo de bom logo da CBF, entidade que nunca cooperou com o Brasil. Ou esperavam um milagre para que a obra ficasse pronta para o sexto jogo em casa, com o Náutico, em 21/06?
Por que não demoliram as arquibancadas da Neto e começaram lá em abril a montagem de novas arquibancadas móveis como estão fazendo hoje? Por que minha gente? POR QUÊ? É inexplicável.
A torcida do Brasil, que sempre carregou esse clube, que sempre sonhou com essa Série B, agora precisa viajar até Caxias do Sul para ver os jogos que seriam em casa. É inaceitável jogarmos contra Bahia e Náutico, por exemplo, dois grandes clubes, com 200 torcedores em Caxias do Sul, em um dia de semana. Era jogo para Baixada lotada. E a imprensa de Pelotas não questiona o motivo das arquibancadas móveis não estarem prontas e liberadas desde abril. Aceitam argumentos do presidente do clube como “mau tempo”, “chuvas”, como culpados pelo estádio não estar liberado. Conivência um tanto quanto estranha. Tenha paciência.
Agora o Brasil gasta o seu pouco dinheiro alugando o Estádio Centenário, hotel, deslocamento e alimentação. Depois dos jogos vão para as rádios choramingar que o clube passa dificuldades, que não tem dinheiro e aquele mimimi todo.
A incompetência para se administrar um clube de futebol na Série B do Campeonato Brasileiro é até compreensível, visto o histórico de erros. Mas burrice como essa, não tem como aceitar.
Portanto senhores Ricardo Fonseca e Armando Desessards, dia 16 de julho de 2016 queremos o estádio Bento Freitas liberado para a partida contra o Vila Nova-GO. É obrigação. Saibam que em um dos maiores momentos da história do clube, vocês cagaram com tudo.
A torcida do Brasil irá cobrar essa data. Portanto façam o que não fizeram até agora. Trabalhem.

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