Um nó na garganta é inevitável. Esta, a turma do PRN ajudou a
construir. Durante muitos anos eu batia no peito e dizia que a única vez que
entrei no Bento Freitas de graça levava comigo uma caçamba com 22 sacos de
cimento. Se a memória não está batendo biela foi numa noite em que o Brasil
jogou contra o Caxias. Que orgulho a gurizada estava lá pelos idos de 1977/78.
Eu, vendo esses destroços, rendo minha homenagem ao Julio
Poyo. Que Deus o tenha! O PRN tinha uns cinco ou seis líderes e
ele era o mais introvertido. Quieto, ponderado mas extremamente decisivo e
sabia fazer valer as suas ideias. O Paixão Rubro Negra foi um dos períodos mais
feliz de minha vida e talvez por isso mesmo eu vivo batendo nesta tecla. Tinha
o visionário (Xavante Munhoso), o comunicador (Sergio Amaral), o das encrencas
(Francisco Valente), o pau-prá-toda-a-obra (Nei), o poeta e assador (Julio
Poyo), o do jeitinho brasileiro (Airton) e outros fanáticos que me falha a
memória. Enfim, uma gurizada heterogênea temperada por uma única paixão; o
Paixão Rubro Negra - A Torcida do Coração como nos chamavam.
Estádio Índio Condá - Chapecó/SC 1979
Munhoso,conheci a PRN á distancia,estava em Brasilia,mas vivo como tu sonhndo com o futuro,embora tenha 57 anos,mas enquanto respirar quero o melhor para o Brasil.
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